terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Rebolation tion...
O carnaval surgiu na Grécia, antes mesmo do nascimento do menino Jesus (que agora, pra tirar o atraso, acompanha tudo na Sapucaí junto com a Madonna), para agradecer aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.
Foram os próprios gregos e romanos que, mais tarde, começaram a fazer putaria e encher a cara nessas festas carnavalescas (nada mais justo do que agradecer a fertilidade fazendo putaria), o que as tornaram um fardo pra Igreja por muito tempo.
Depois de muito tempo, as festas passaram a ser toleradas pela Igreja e, para meu azar, vieram junto com os colonizadores europeus para as terras tupiniquins.
Desde então, os brasileiros preguiçosos e semi-nus que os portugueses encontraram aqui passam uma semana do ano fazendo putaria e enchendo a cara, como na Grécia antiga, como se essa fosse a última semana de suas vidas.
E agora, o carnaval acabou e o ano começa de fato para o brasileiro, embora já esteja acabando pra Ângela Bismarchi, Nana Gouvêa, e cia (borrifadinha copiada pelo Rafinha Bastos).
Até hoje não encontro sentido nessa forma que encaramos o carnaval, ouvindo músicas que não gostamos e sequer ouvimos ao longo do ano, olhando bundas e peitos, tentando traçar o máximo de mulheres/homens que pudermos e trocando o banho de água e sabão por banhos de cerveja ou qualquer outra bebida alcoolica arremessada pro alto por outro folião breaco.
Tão ruim quanto o carnaval é o resto da semana que o sucede (quinta e sexta-feira pós quarta-feira de cinzas), quando estão todos se recuperando do porre, tirando o atraso do sono, fazendo as contas de quantas pessoas você conseguiu pegar, tentando lembrar o nome daquela mina que te deu o numero de celular e, o pior de tudo, cantando o hit do verão do respectivo ano (no caso de 2010, o tal Rebolation).
Foi nesse cenário que eu acabei mencionando a alguns colegas que nunca tinha ouvido a música Rebolation inteira, só seu refrão “Rebolation tion, Rebolation...”, e então me responderam: “Mas a música é só isso mesmo!”
E agora, cá estou eu, mal conseguindo me segurar para a próxima folia e brindar à fertilidade do solo e produção.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Qual é o sentido da vida ?
Ao contrário de qualquer integrante do BBB ou das mulheres fruta que dançam funk. O objetivo de vida que tem é exatamente aquele desprezado pelo Piquetzinho, o objetivo de vida é aparecer para o público não importa como! E qual é o problema? Ao mesmo tempo que ela ficará satisfeita, um monte de gente com o objetivo de seguir a vida dos “famosos” também ficará. Já o objetivo do João Gordo, é apenas ganhar dinheiro suficiente para que seu filho tenha um futuro mais garantido e com algum conforto, para que ele não chegue nem perto das drogas que ele tanto usou. Logo o João Gordo! Aquele que era punk e pregava a anarquia, e qual é o problema? A sua história o fez buscar esse objetivo!
A tolerância quanto a isso é primordial para que o mundo comece a se entender. Antes de julgar o que alguém está fazendo, tente pensar na sua história ou que talvez, aquilo que não é importante para você, seja muito importante pra ela. Por exemplo? BACON IS GOOD FOR ME!!!!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Festa é Festa
Não é pela questão dos 4 dias, mas pela espírito que as pessoas criam. No Carnaval todas as propostas de diversão são válidas, afinal a resposta vem rápida na ponta da língua: “vamo, é Carnaval.”
Qual a dificuldade de dizer “vamo, é festa” em outras ocasiões?
No Carnaval ninguém pensa “será que devo fazer isso?”, quer mais é ser espontâneo e se divertir. São pouquíssimas as pessoas que se divertem por aí em qualquer ocasião, e nunca precisam do Carnaval para realmente se divertir.
Ou você não tem aqueles amigos que não são lá uma animação em bar balada, mas deu pra eles uma lata de espuma e uma música de axé só com vogal (ae ae ae ae ôÔôÔ) pra eles se soltarem? Imagie que coisa terrível dizer para uma pessoa sentada num bar de cara feia "Divirta-se".
Aposto que todos gostariam de ter mais Carnavais no ano, não pela questão de descanso, afinal quem volta descansado de Carnaval não festejou nada. Mas, as pessoas querem mais é se divertirem a valer. Alguém avisa elas que não precisa esperar fevereiro para se soltar!
As pessoas precisam parar com essa frescura de se programar para se divertir e ficar pensando no amanhã. Para diversão não tem amanhã. Vai lá faz o que quer fazer e se diverte. É um grande desperdício hipócrita não fazer isso fora do Carnaval. É como casados que só transam nas bodas.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Sassaricando
Se tem algo que me irrita na vida e me faz perder meus costumeiros bons modos é gente sassaricando na minha frente! Pra quem não sabe ou ficou na dúvida, o significado oficial de sassaricar é 'tremer com o corpo ao dançar ou aborrecer alguém com gracejos de mau gosto', mas no popular, sassaricar significa 'ficar pesando na frente de alguém atrapalhando seu caminho'.
Não que eu seja do tipo estressadinha, que acha que tudo é pra ontem e que não existe tempo suficiente na vida. Nada disso. Adoro tomar meu tempo e fazer as coisas que gosto com calma, mas tem limite. E tem também o limite dos outros.. Isso é, sei que meu direito de fazer as coisas com calma e devagar acaba quando começo a interferir na vida do outro e é exatamente disso que o resto do mundo, ou sua maioria, parece esquecer.
Existem muitas oportunidades para essas pessoas nos deixarem loucos. Loucos com sua calma ou, como prefiro ver, falta de bom senso. Dá vontade de chacoalhar! "Acorda e sente o cheiro do café, meu filho!" Alguns dos meus preferidos - por "preferidos" entenda-se "situações que mais me enlouquecem" - são o trânsito (clássico), o shopping e a fila do buffet.
No trânsito, a estória é óbvia. A pessoa sassarica na sua frente, feito uma lesma anda pela faixa da esquerda e você, que quer tantooo chegar em casa depois de um longo dia, tem que esperar pacientemente enquanto observa o oasis que se forma entre os carros mais a frente e a lesma, ela própria.
No shopping, os casais apaixonados que passeiam de mãos dadas, as famílias com suas 10 crianças que ocupam todo o corredor e madames com múltiplas sacolas que te impedem uma ultrapassagem me tiram do sério. Por incrível que pareça, a maioria dos frenquentadores dos shoppings centers, mesmo que no final de semana, estão vagando os corredores com um objetivo em mente. Seja ele chegar a tempo no cinema, alcançar logo um restaurante porque a fome está grande ou achar rapidamente uma loja, enfim.. poucos vagam a toa, mas os que o fazem, atrapalham a vida de todo o resto.
No entanto, o pior de todos os sassaricadores é o sassaricador da fila do buffet self service. Em geral, num self service você está com bastante fome.. sendo um self service, é um lugar que você vai para comer rápido.. e sendo uma pessoa objetiva e eficiente, você, ao entrar no restaurante já olhou todo o buffet e selecionou por cima o que você vai e o que não vai pegar. No entanto, a pessoa na sua frente - o sassaricador - insiste em parar em cada prato, mesmo no prato de mini-milho com vagem, e pensar profundamente sobre a opção "pegar" e a opção "não pegar".
Sim, são situações de estresse mas que podem ser superadas. Termino meu post de hoje com uma dica. Algo que talvez te ajude, caso você seja como eu e se irrite além do imaginável com esse tipo de situação. Para superar a sassaricação (isso existe?), criei um método que parece funcionar e que possibilita a minha convivência em sociedade. No momento de ódio profundo e total falta de paciência, abro um sorriso meigo para o sassaricador enquanto vocalizo um alto e sonoro SAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!! na minha cabeça. Isso te aliviará o impulso de agredí-lo, mas não te causará problema algum!
Funciona que é uma maravilha!