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sábado, 30 de janeiro de 2010

Questionando o inquestionável.

Antes de qualquer coisa, gostaria de deixar bem claro que eu sou um são paulino devoto, vou ao templo tricolor em mais de 90% dos jogos, compro produtos oficiais e licenciados, acompanho o time, sei a escalação de cor e isso me dá gabarito e moral para poder falar e dar a minha opinião, não sou um modinha, um cara que não entende de futebol ou ainda que não saiba da história de seu clube. Eu sei. E muito bem.


Gosto muito do Rogério Ceni, acho ele um cara fora de série, sou fã. O cara simplesmente venceu tudo dentro do São Paulo F.C. e tem sua história marcada na história do clube das 3 cores. Foi o grande responsável por um dos dias mais felizes da minha vida, quando o São Paulo abraçou o mundo pela 3ª. vez, isso já no distante ano de 2005.


Porém acho que no atual momento é melhor pensar no reposicionamento dele, como sair de cena e deixar as luvas de lado. Não pela capacidade dele, porque mesmo com 37 anos, ainda é um ótimo profissional e acredito que tenha condições físicas para atuar até os 41, 42 anos sem maiores problemas. Sempre foi disciplinado e lutador.


O que me preocupa é que Rogério Ceni se tornou uma figura muito acima do bem e do mal, com muitos méritos, se diga de passagem. Porém isso é ruim quando se trata de um período no clube onde o processo de renovação se faz necessário.


Pela sua capacidade ímpar de retórica, ele tem muita influência e liderança sobre todo o grupo, o que dificulta muito o início e o desenvolvimento de novas lideranças. É bastante claro que lá dentro quem tem a palavra final é ele e que qualquer outro que queira tomar este papel não é aceito.

Acho que foi assim quando Ricardinho veio para o SPFC e que isso acontece até hoje. Rogério simplesmente não larga o osso e quando cede em algum momento, mostra claramente sua insatisfação. Ficou muito claro o mal estar que ele sentiu quando deixou de ser o cobrador oficial do time, perdendo a vaga para Marcelinho Paraíba. E temo exatamente que esta obsessão por ser o líder em todos os momentos possa atrapalhar o time em momentos de renovação. Afinal, ele não é eterno e o tempo passa para todos.


Há uma falta clara de oportunidades para novos goleiros, novas lideranças e acredito que ninguém quer ser reserva para sempre. Resumindo, o andamento do Tricolor não precisa ser um livro conectado à edição de Rogério Ceni, mesmo ele sendo um capítulo importante de nossa história.


Além disso, também sempre fui um cara desconfiado, observador e sei muito bem verificar onde há falsidade ou certo sentimento de plasticidade nas pessoas. E às vezes acho alguns comentários do Rogério dissimulados, meio forçados e treinados. Não há dúvidas que ele ama o São Paulo e que isso é inquestionável. Mas será que se não houvesse a volta por cima dele a partir de 2004, este amor seria assim tão grande e verdadeiro? Levanto este questionamento porque no começo da década de 2000, quase houve uma transferência dele para o Arsenal da Inglaterra. Chegou até a ficar afastado das redes por um curto período. E isso foi muito antes dos trunfos maiores e das glórias que o transformaram no ídolo que é hoje.


Por isso convido a todos os irmãos tricolores a refletirem sobre o mito. Refletir sobre o fato de este ídolo ter se tornado intocável e quanto isso pode nos prejudicar para vôos futuros e para nossa renovação. Insisto na formação de lideranças dentro de campo, além da sempre presente do nosso número 1.

Jogar a pulga é sempre difícil, perigoso e desconfortável. Mas nos faz refletir sobre aquilo que queremos para nós. E o que eu quero é o sucesso do clube que tanto amo.

Abs,


Petrescu

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Clichê mas verdade: o avião.

Confesso que desde que deixei de ser vagal e voltei pro trabalho, estava um pouco difícil de definir um tema e arranjar tempo para desenvolvê-lo até um post. Algumas idéias me vieram à cabeça que mais tarde, se tudo der certo, virão a se tornar posts também, mas essa semana escreverei de algo mais recente.. algo que me instigou a vontade de borrifar de verdade: o avião.
Sempre fui do tipo que acredita que o mundo precisa é de mais amor. Pode não parecer (imaginei algumas pessoas que me conhecem lendo essa frase e rindo muito), mas é verdade. Eu realmente acredito nisso.. só não consigo por em prática. Algumas pessoas simplesmente merecem uma borrifada, sem dó, nem piedade.

Ontem, voltando da Bahia, vivenciei novamente o desprazer que é voar. Me lembro nitidamente de como A-DO-RA-VA viajar de avião quando era pequena! Aquele espaço enorme, o som das turbinas, o conforto da minha cadeira na qual eu cabia deitada (!!!!!) com a cabeça no colo da minha mãe.. puxa, era muito legal. Quase mágico. E como é que passa disso para algo beirando o torturante?!

Como já disse, estava voltando da Bahia ontem, mais precisamente, de Trancoso. Para ir, tive que fazer o esperto caminho São Paulo – BH – Porto Seguro e depois até Trancoso via carro. Para voltar, nada muito melhor: Trancoso a Porto Seguro de carro, daí Porto Seguro –Salvador – São Paulo. Para melhorar, voltei da praia a 1 da tarde, com o sol de rachar na cabeça, tomei um banho rápido e comi o que? Uma lasanha. Uma lasanha, no calor da Bahia, seguida de um caminho não-tão-reto de 1 hora até Porto Seguro. Imaginem o estado da pessoa quando consegui subir no primeiro (sim, primeiro.. tivemos que trocar de avião em Salvador) avião. Enfim, aqui entro na minha borrifada da semana.

Fiquei na última fileira, aquela que não reclina, com um casal e uma mini-criança na minha frente que aparentemente queriam desfrutar ao máximo da experiência que é o avião. Mesmo com o menino relutando muito e dizendo que não queria, o pai obrigou a criança que, juro, não tinha 4 anos, a reclinar sua cadeira até que meu ínfimo espaço estivesse reduzido pela metade. Com as aeromoças – ah, desculpa, comissárias de bordo – passando sem parar, realmente ficou complicado tentar melhorar do meu never ending enjôo.

Na esperança de que o serviço de bordo pudesse me oferecer algo que colaborasse para a minha melhora, olhei com felicidade para o carrinho que se aproximava. Recebi um saquinho com cinco – CINCO – amendoins e um copo d’agua.

Sério, quando foi que ficou tudo bem tratar a gente com esse descaso? Ninguém está pagando pouco pra viajar, não. Bem pelo contrário. Se a questão é diminuir custos para melhorar os preços, então vamos fazer posicionamento direito. Tem que ter as JetBlue da vida pra gente viajar a preço de banana e que nem macaco na jaula, e tem que ter as que a gente paga um pouco a mais (como já pagamos!) e consegue viajar de uma maneira minimamente decente.

Acho realmente um absurdo termos que nos contentar com essas condições e aceitá-las por falta de solução melhor. Espero que nossa revolta seja tanta que incentive um mudança nas companhias. E, para fechar, termino a minha borrifada com a indignação que uma verdadeira borrifada merece:
E O MUNDO?! O QUE ACHA DISSO??

domingo, 10 de janeiro de 2010

Seguidores sempre serão seguidores

A gente os conhece. Estão por aí, estão em todo lugar que freqüentamos. Desde pequeno quando você estava na escola, também estavam lá quando você cursou a faculdade (ou ainda cursa no caso de alguns) e persistem no trabalho e na vida. São os seguidores.


Seguidores são aquelas pessoas que sempre gostarão do que está na modinha ou no modismo. O cara não tem personalidade a ponto de botar um toque pessoal em sua biografia, nos seus gostos, na suas músicas. São pessoas que tem gostos extremamente voláteis para tudo: roupas, música, carros e viagens. Mudam tão rápido de opinião quanto o planeta gira para mais um dia.


Ultimamente ando impressionado como as pessoas que até três, quatro anos atrás freqüentavam raves e adoravam se acabar em uma “balinha”, aderiram neste último ano e meio à modinha do sertanejo. Eles anteriormente iam até o interior de São Paulo com seus Fiat Stilo ficar sem camisa e ouvir aqueles DJ israelenses. Hoje usam chapéus de caubói e se acabam no Vila Country. Agora eis a pergunta que eu faço a todos. Será que estes caras realmente gostam dessas musicas caipiras ou é apenas porque isso está tocando em toda rádio que não seja a Kiss FM?

Aí vem, lógico, à minha cabeça último texto do Paulo, dizendo que não, eles não gostam. Ninguém muda de opinião tão rápido assim. Apenas os seguidores. Eles já usaram Oakley quando eles eram moda, usariam hoje se fosse novamente, mas agora preferem, por hora, cantar “Chora, me liga e sei lá mais o que”.


Esses são os mesmos caras que também há uns três, quatro anos se acabavam na micareta com aqueles abadas horríveis. E sim, sem nenhum pudor iam na semana seguinte para Indaiatuba para outra Rave.

Aí se você entrar no Orkut do Caco, apenas para ilustrar o nome de algum desses caras, vai estar lá aquela frase do Raul Seixas “Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, apenas para parecer inteligente. Tão profundo quanto um pires.


Sim, as opiniões mudam, os conceitos mudam, as idéias mudam, mas a essência sempre será a mesma, se gostamos de uma coisa de verdade, provavelmente isso não mudará na próxima estação. Provavelmente não será rasgado e subestimado como “coisa do passado”. Não faço aqui juízo de valor sobre gosto musical ou estilo de roupa, e apenas para lembrar, se hoje os seguidores usam Abercrombie & Fitch, no passado usavam com orgulho Quicksilver. Apenas faço juízo de valor sobre a falta de critério e personalidade.


São esses caras que jamais utilizarão uma roupa com personalidade, que comprarão e subsidiarão para sempre as chamadas “roupas outdoor” onde você parece um daqueles jogadores de futebol patrocinados.

Ou você já conheceu alguém de conteúdo e interessante que estivesse usando ao mesmo tempo uma camisa A/X, uma calça Diesel e um Nike Shox?

É tanto dinheiro e tão ínfima personalidade que eles ficam parecendo um robô da indústria. Lógico, para alegria geral das marcas, que criam a tendência que quiser, afinal sempre estarão lá os seguidores, garantindo o fechamento do mês. E no caso, pagar o meu salário.


E apenas para dar uma resposta contrária a tudo isso e mesmo parecendo uma contradição, afinal se trata de um filme da indústria, deixo um link para vocês refletirem sobre a essência, sobre aquilo que realmente importa. O valor das idéias e das tradições ante os modismos.