Sempre fui do tipo que acredita que o mundo precisa é de mais amor. Pode não parecer (imaginei algumas pessoas que me conhecem lendo essa frase e rindo muito), mas é verdade. Eu realmente acredito nisso.. só não consigo por em prática. Algumas pessoas simplesmente merecem uma borrifada, sem dó, nem piedade.
Ontem, voltando da Bahia, vivenciei novamente o desprazer que é voar. Me lembro nitidamente de como A-DO-RA-VA viajar de avião quando era pequena! Aquele espaço enorme, o som das turbinas, o conforto da minha cadeira na qual eu cabia deitada (!!!!!) com a cabeça no colo da minha mãe.. puxa, era muito legal. Quase mágico. E como é que passa disso para algo beirando o torturante?!
Como já disse, estava voltando da Bahia ontem, mais precisamente, de Trancoso. Para ir, tive que fazer o esperto caminho São Paulo – BH – Porto Seguro e depois até Trancoso via carro. Para voltar, nada muito melhor: Trancoso a Porto Seguro de carro, daí Porto Seguro –Salvador – São Paulo. Para melhorar, voltei da praia a 1 da tarde, com o sol de rachar na cabeça, tomei um banho rápido e comi o que? Uma lasanha. Uma lasanha, no calor da Bahia, seguida de um caminho não-tão-reto de 1 hora até Porto Seguro. Imaginem o estado da pessoa quando consegui subir no primeiro (sim, primeiro.. tivemos que trocar de avião em Salvador) avião. Enfim, aqui entro na minha borrifada da semana.
Fiquei na última fileira, aquela que não reclina, com um casal e uma mini-criança na minha frente que aparentemente queriam desfrutar ao máximo da experiência que é o avião. Mesmo com o menino relutando muito e dizendo que não queria, o pai obrigou a criança que, juro, não tinha 4 anos, a reclinar sua cadeira até que meu ínfimo espaço estivesse reduzido pela metade. Com as aeromoças – ah, desculpa, comissárias de bordo – passando sem parar, realmente ficou complicado tentar melhorar do meu never ending enjôo.
Na esperança de que o serviço de bordo pudesse me oferecer algo que colaborasse para a minha melhora, olhei com felicidade para o carrinho que se aproximava. Recebi um saquinho com cinco – CINCO – amendoins e um copo d’agua.
Sério, quando foi que ficou tudo bem tratar a gente com esse descaso? Ninguém está pagando pouco pra viajar, não. Bem pelo contrário. Se a questão é diminuir custos para melhorar os preços, então vamos fazer posicionamento direito. Tem que ter as JetBlue da vida pra gente viajar a preço de banana e que nem macaco na jaula, e tem que ter as que a gente paga um pouco a mais (como já pagamos!) e consegue viajar de uma maneira minimamente decente.
Acho realmente um absurdo termos que nos contentar com essas condições e aceitá-las por falta de solução melhor. Espero que nossa revolta seja tanta que incentive um mudança nas companhias. E, para fechar, termino a minha borrifada com a indignação que uma verdadeira borrifada merece:
E O MUNDO?! O QUE ACHA DISSO??
E O MUNDO?! O QUE ACHA DISSO??
1 Comentário:
Ouvi há pouco tempo que pessoas obesas terão que pagar um assento e meio para poder desfrutar de um lugar maior, algumas empresas eurpéias estão praticando isto. Hoje, por coincidência, ouvi que uma empresa ofertará a possibilidade de casais comprarem 3 lugares (1 e 1/2 p/ cada) e essas 3 poltronas se tornarem camas...acho que já rola uma manifestação das empresas e clientes nesse sentido...viagens curtas como SP-BA ou BA-SP, vale a pena o baratinho...
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