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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Protestantes contra a Copa, porque não se esfumaçam?

Não existe nada mais imbecil do que o movimento #NãoVaiTerCopa. Quanto mais se aproxima a Copa do Mundo, mais se intensificam essas “manifestações”. Gostaria de ir ao encontro desses grupos para entender que tipo de pessoa é tão imbecil ao ponto de acreditar que depois que tudo já foi feito, cancelar o evento seria uma vitória para o povo brasileiro.

Ao que me parece, os queimadores de álbuns de figurinha tem o perfil daqueles que odeiam grandes corporações como o McDonalds e Coca-Cola. Compram suas camisetas de “protesto” na galeria do Rock, ou no shopping Iguatemi, usam camiseta do Sex Pistols sem saber que eles eram nazistas e fascistas, e acreditam que a FIFA está vindo aqui escravizar pessoas e tirar dos pobres um monte de grana pra levar pra Suíça. A verdade é que a mentalidade desse povo que vai fazer bagunça agora é muito limitada. O protesto contra a CORRUPÇÃO e os absurdos feitos para a realização do evento deveriam ter começado assim que o Brasil foi escolhido sede. Ou ninguém sabia que o Estádio de Brasília seria um elefante branco?

Com corrupção ou não, o Brasil teria tudo para ganhar muito dinheiro com a Copa, a  longo prazo. O maior legado que um grande evento pode deixar para um local é o aumento do turismo posterior a grande visibilidade que teremos ao redor do mundo. Bilhões de pessoas estarão com os olhos voltados para cá, e se fossemos um país competente, teríamos nos estruturado para mostrar um país pronto para receber o mundo, que viria para cá gastaria sem dó para se divertir.

Vou te apresentar alguns números, meu amiguinho queimador de figurinhas. Em 2013 o Brasil, com Copa das Confederações e tudo, recebeu 5,67 milhões de turistas, número recorde, divulgado pelo Ministério do Turismo. Para você ter uma idéia de como somos amadores nesse negócio chamado turismo, Cancún, uma cidade com praia no México, recebe 3 milhões de turistas ao ano. Londres sediou as Olímpiadas de 2012, e no último ano teve 16,7 milhões de turistas. Só Londres, uma cidade. Outro caso de sucesso de um legado deixado por um grande evento foi a cidade de Barcelona. O número de pessoas que visitam seus museus e também a estrutura montada para os jogos de 1992 crescem ano após ano. Durante os jogos de 1992 o governo Espanhol soube como vender ao mundo aquele local.

Infelizmente, no único grande evento recente que tivemos, o Pan de 2007, só podemos nos comparar ao que aconteceu em Atenas 2004, onde estruturas milionárias foram montadas e hoje estão abandonadas. Nem a população local aproveitou, nem a indústria do Turismo soube aproveitar, não é a toa que a Grécia se encontra em uma situação tão complicada. Alguém pode me explicar como o Engenhão vai ser Estádio Olímpico se está interditado e abandonado há 1 ano, sem ninguém fazendo absolutamente nada por ele?



Então amiguinhos que não gostam de futebol, não sejam estúpidos. O que tinha pra ser surrupiado já foi. A FIFA já ganhou  o dinheiro que tinha que ganhar. Tudo o que vocês vão conseguir agora serão borrachadas e spray de pimenta, para depois colocarem a nossa polícia como o demônio da máquina repressora e etc. Mas você é santo! Ao invés de ficar em casa tomando uma cerveja, vai lá protestar contra algo que a grande maioria vai estar curtindo. E não ! Não somos idiotas, sabemos que fomos muito roubados, mas que tal votar ou protestar de maneira correta da próxima vez?  Não seja tolo, proteste em favor da reforma política, de um governo que tenha como prioridades educação, segurança e que dê liberdade econômica pra nós.


O maior protesto, e trabalho duro, que temos que fazer,  é para que o Turismo no Brasil seja levado a sério como uma indústria, e num país com tantas paisagens naturais e com dimensões continentais, nossos números sejam no mínimo maiores que cidades Europeias! Ou então, para serem um pouco mais coerentes, protestem contra a Olimpíada de 2016! Já sabemos há 7 anos que seríamos sede e não temos absolutamente nada pronto, nenhuma promessa foi cumprida... essa sim, ainda dá tempo de protestar para que tenhamos algum legado! 


E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO!?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Vocè é de Direita. Só não descobriu, ainda.

É triste saber que vivemos em um país em que a ínfima minoria que se propõe a discutir política não tem a menor noção da diferença entre “esquerda” e “direita”. O filósofo Luiz Felipe Pondé foi bombardeado hoje com críticas e ironias sobre um texto que fez, de tom totalmente irônico,falando sobre como hoje parece ser “careta” ser direita no Brasil.

A canhotada, que possui enorme força nas redes sociais, por serem, em sua maioria redatores publicitários, atores e artistas em geral, adeptos à moda Che, se deliciou com a brincadeira de que quem é “Direita” não consegue pegar mulher e etc. Eu realmente não consigo entender a lógica dessas pessoas. Elas possuem uma orientação política voltada para as teorias de Marx e Foucault, mas trabalham em agências de publicidade, ficam ricos e ganham o dinheiro para usar suas drogas por meio de dinheiro de grandes multinacionais que pagam para a agência fazer suas campanhas de publicidade que influenciarão o consumo.

O que me incomoda é que, esse tipo de gente tem estigmatizado na cabeça que a Direita, ou, pessoas com pensamento de Direita, tem as seguintes características:

- Favoráveis à ditadura e à censura; favoráveis à pena de morte; São ricos e bancados pelos pais; Frequentam baladas caras e gastam todo o dinheiro em vodcas e camarotes; Se lixam para os pobres e concentram-se em enxergar apenas o mundo da “elite” em que vivem em seus condomínios; Higienópolis; Viagens para Miami e Disney; Homofóbicos; Não são negros; Odeiam negros; Tem medo de ir a regiões mais pobres.

Pois bem. Devem mesmo existir pessoas com todas as características acima listadas, mas definitivamente, não é esse o pensamento de Direita Liberal defendido por Pondé, Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e tantos outros “capetas” que ousam se levantar contra o pensamento de centro-esquerda comum e clichê.

Pessoas de direita não são estúpidas e acreditam que, para uma sociedade melhor, deve-se diminuir o abismo da distribuição de renda no brasil, por meio da disciplina. Disciplina é liberdade. Disciplina não é sair prendendo todo mundo, disciplina é simplesmente fazer valer a nossa constituição e as milhares de leis que temos, sem o “jeitinho brasileiro” para se levar vantagem em tudo.

Pessoas de direita se inspiram em políticas de países de primeiro mundo que conseguiram fazer com que a economia prosperasse por meio da iniciativa privada e trouxesse mais oportunidades para aqueles que dependiam de esmola do governo já que não tinham nenhuma chance na vida.

Pessoas de direita acreditam em um princípio básico: A MERITOCRACIA.

Pessoas de direita acreditam que não se deve fazer exceções, pessoas de direita acreditam que negros, gays, velhos, pobres, ricos, jovens de 14 anos devem ser tratados da mesma maneira, com os mesmo direitos, e as mesmas obrigações. Pessoas de direita acreditam que a carga tributária deve ser maior para quem arrecada mais e muito menor para quem arrecada pouco. Pessoas de direita são contra a censura, mas acreditam na organização e nas pessoas de bem, na família e no progresso por meio do desenvolvimento estrutural como a melhor forma de pobres e ricos conseguirem viver em um ambiente melhor e com maiores oportunidades.

Vamos lá, porque é que nenhum esquerdista leva em conta os índices do IDH, que mostram que os países com governos historicamente direitistas hoje possuem as melhores condições de vida para se morar, e não, não é por interesses das elites, e sim pelo bem geral dessas nações, com igualdade para pobres e ricos.


Liberalismo é LIBERDADE de escolha, facilidade para o empreendedorismo, geração de empregos e fomentação da indústria local, sem a intervenção suja das mãos do governo sujo e corrupto. Nada é mais “Popular” do que a direita, você é que não sabe disso e precisa ler um pouco mais. Ou assista ao vídeo abaixo:




E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO!?

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Faixa-a-Faixa: Jean Willys avalia Mamonas Assassinas

Para demonstrar como o Brasil ficou “mais chato” e "extremista" de uns anos para cá, vamos falar sobre como seria recebida em 2014 uma banda totalmente politicamente incorreta, que no meio da década de 90 percebeu que suas piadas e gravações de erros faziam mais sucesso do que o rock de altíssima qualidade que se propunham a tocar com o “Utopia”. Assessorados por Rick Bonadio, a banda se tornou o Mamonas Assassinas, que teve final trágico, mas jamais será esquecida por quem viveu aquela febre entre jovens, mulheres, adultos, crianças, negros, brancos, gays, heteros, avós, etc.

Com vocês, uma resenha (fictícia) do álbum dos Mamonas feita pelo Deputado Jean Willys, do PSOL, para a revista Rolling Stone (que adora esses tipos) caso os Mamonas Assassinas tivessem aparecido no Brasil apenas em 2014:

1 – 1406
Já foi difícil ouvir esse começo pesado e tenebroso, beirando ao macabro com essas guitarras pesadas, mas depois, só piorou. O grupo é formado por meninos bem nascidos em seus apartamentos de classe média de Guarulhos, região onde a grande maioria da população não vive a “realidade” desses garotos. A letra debochada, e de extremo mal gosto, é um ode ao capitalismo segregacionalista em que vivemos. Além da propaganda subliminar gratuita de vários produtos “gringos”, o grupo pela primeira vez no álbum demonstra o seu lado machista afirmando que “a pior de todas é a mulher”, que supostamente se aproveita do homem para conseguir comprar seus objetos de desejo. Tenho ojeriza a bandas brasileiras que utilizam palavras em inglês. Um assassinato à nossa cultura.

2 – Vira-Vira
Homofobia, ódio, racismo e violência contra as mulheres. Tudo isso parece fazer parte do cotidiano da burguesia de Guarulhos, como notamos nessa “música”. Em primeiro lugar, porque na suruba só há referências sobre sexo entre heterossexuais? Claramente a banda ignora a força  e a existência do movimento LGBT. “Manuel”, uma sátira depravada do honrado e respeitado povo português, afirma em uma das estrofes que “dá graças a Deus” porque a Maria foi em seu lugar. Mais uma vez a religião toma a frente da discussão sexual, e coloca a mulher abaixo do homem, como um pedaço de carne que pode ter pedaços arrancados a bel-prazer. Não bastasse isso, a banda incrimina um afro-descendente por ter arrancado o seio de Maria. Logo Maria, que dá nome à nossa lei Maria da Penha.

3 – Pelados em Santos
Na letra dessa canção podemos notar a péssima utilização da língua portuguesa pelos paulistas, justamente eles que zombam tanto do sotaque de outras regiões do Brasil, além, é claro, da utilização constante de palavras em inglês. Além disso, novamente encontramos: depreciação da figura da mulher brasileira, com a insinuação de que um homem humilde jamais terá chances com uma mulher que se recusaria a andar de Brasília e que não viajaria para a República do Paraguai. Os gritos exagerados de desespero marcam o ódio que o grupo tem ao direito da mulher de se vestir da maneira como bem entender sem que sofra o assédio masculino machista.

4 – Chopis Centis
Uma música nojenta. Toda a letra pode ser simbolizada pelos barulhos escatológicos de cuspe no início da música, que representam toda a ideologia elitista e capitalista da banda, que, além de novamente fazer propagandas subliminares a impérios do capitalismo como o McDonalds, debocha do manifesto cultural da periferia, intitulado de “Rolezinho”. Falta maturidade e cuidado da banda com a desinformação da população explorada pela máquina capitalista do sistema brasileiro, uma vez que eles incitam o povo a se endividar por meio de crediários com juros exorbitantes das Casas Bahia.

5 – Jumento Celestino
O preconceito contra o povo nordestino não é de hoje. A música do grupo burguês de Guarulhos tira sarro de uma história de dor, esforço e superação de milhares de nordestinos que abandonaram sua família para ganhar a vida em São Paulo. Hoje eles são cidadão alijados de direitos e tratados como pessoas de segunda categoria. Na letra de “Jumento Celestino” os nordestinos são acusados de “dar peidos fedorentos”, consumistas por instalarem rádios americanos em animais, cabeçudos, desrespeitosos quanto às regras de trânsito, brigões e é claro, para o paulista, todo nordestino é “Baiano”, o que ignora toda a diversidade cultural do nordeste brasileiro. Naturaliza-se a ideia de que uma pessoa negra, pobre e nordestina, eaí homossexual, é subalterna e suas chances de participar da sociedade são inexistentes.

 6 – Sabão Crá-Crá
A única música de qualidade do disco. Sabão Crá-Crá tem referências da tropicália, de Tom Zé, e de antigas cantigas de roda. Poucos realmente entendem a crítica presente nessa melodia, falando sobre como a nossa sociedade ainda vive em “castas” que não se misturam.

7 – Uma Arlinda Mulher
A discussão sobre prostituição é tratada pelos Mamonas Assassinas de maneira subjetiva, leviana e banal, com requintes de incitação à violência da mulher. A música supõe que a “mulher retirada das ruas” é extremamente ignorante um fardo para a sociedade, que jamais conseguirá exercer nenhuma função intelectual. A música ainda abre espaço para a violência contra os animais, afirmando de forma irresponsável que é legal deixar dois tigres com fome para depois dar um prato de comida e vê-los em uma luta selvagem pela sobrevivência.

8 – Cabeça de Bagre II
Um ritmo americanizado e metalizado traz uma letra idiota, onde a burguesia coloca miséria e incompreensão em segundo plano, fazendo piadas e relembrando a todo momento que o Brasil é “Tetracampeão”. Mistura frases sérias como “a política é o futuro de um país” com “cala a boca e tira o dedo do nariz”, praticamente convidando o povo a se divertir com o circo de suas músicas e do futebol ao invés de encarar discussões políticas e filosóficas. A justiça social que precisamos passa longe dos interesses dos jovens burgueses, que preferem a alienação conveniente da massa.

9 – Mundo Animal
O ódio e a violência aos animais, já encontrados em pílulas da machista “Uma Arlinda Mulher”, são regurgitados em uma música que defende com naturalidade o estupro de animais e o incesto. É necessário deixar bem claro que a liberdade sexual é muito importante, mas mesmo com animais, é preciso ter a certeza de que os bichos não estão alcoolizados e portanto o coito é consensual. O grupo se mostra preocupado com a matança desenfreada das baleias, mas se mostra conservador e reacionário ao afirmar que as baleias são melhores do que humanos, já que não traem seus parceiros, o que se trata de desinformação por parte dos músicos.

10 - Robocop Gay
Mais uma vez, o grupo se mostra imaturo e desconhecedor da sociedade homofóbica em que vivemos, que passa pela família, pelas escolas e pelo congresso nacional. Trata-se de uma música que satiriza e rebaixa a luta do movimento LGBT, mostrando os gays como verdadeiros idiotas cafonas desprovidos do mínimo de educação. A banda não se sensibiliza pela causa homossexual impedindo um avanço da cidadania. A música além de afirmar em tom de ironia que “Gay também é gente”, ataca novamente os baianos e depois caçoa do povo gaúcho, ao afirmar que eles também podem se mostrar para o Brasil com essa coisa chamada homossexualismo, que mais parece uma doença aos olhos deles. Para resumir, a música é enfraquecimento da pauta dos direitos homossexuais e dos direitos humanos.

11 – Bois Don´t Cry
Uma música brega de amor, sem nada a acrescentar na discussão ao respeito à diversidade e à pluralidade dos homens. Além disso, a letra se mostra defensora das instituições arcaicas da igreja onde um homem e uma mulher devem se manter parceiros para sempre, sem admitir a traição ou a troca de parceiros, muito menos do mesmo sexo. A falta de respeito à mulher é nítida e desagradável.

12 – Débil Metal
Uma música escabrosa, tumultuada, tenebrosa e sombria. Para jorrar o seu ódio à população brasileira o grupo se vale da língua inglesa e nas poucas palavras decifráveis é possível entender uma tentativa de manipulação da massa, ao proferir palavras de ordem para que se façam “shakes de cabeças humanas, chupadores.” Uma ideologia nazista pregando o extermínio completo dos homossexuais, gritados em palavras odiosas na língua inglesa, para que crianças e jovens aprendam desde cedo como devem tratar as diferenças.

13 – Sábado de Sol
A intolerância do grupo na faixa 13 é contra os dependentes químicos. Pessoas que sofrem diariamente com o abuso de poder das forças policiais e a falta de oportunidades em um mercado de trabalho preconceituoso e impiedoso que não dá igual acesso ao direito. Os “maconheiros” são citados de forma debochada na música.

14 – Lá vem o Alemão
A última faixa da perigosa banda paulista esculacha a estilo de música que traz alegria aos milhões de brasileiros pobres e oprimidos, o pagode. A letra faz propagandas para as marcas Sazón e Volkswagen (assim como na arte do CD). De resto, conta a história (para eles engraçada) racista de um negro pobre, que foi humilhado por uma mulher que o abandonou e preferiu ficar com um rapaz, loiro, rico e proprietário de um veículo da moda. Além disso, o grupo trata o boqueirão, bairro da cidade de Santos como uma verdadeira “merda”.

Resumo:

Como deputado, professor e militante, digo que podemos até perder a luta pelos fracos, negros, oprimidos, gays, lésbicas e excluídos, mas jamais deixarei de levantar a bandeira contra um grupo que trará tanta violência e tanto ódio para a cabeça dos jovens brasileiros. Que fará tanta gente chorar e pensar com descaso sobre pautas tão importantes no cenário homofóbico e preconceituoso em que vivemos.


* Não seja idiota, esse texto não foi escrito pelo Deputado Jean Willys, mas você acha que, se os Mamonas tivessem surgido em 2014, não teriam sofrido críticas extremistas parecidas com a do nosso excelentíssimo deputado?

domingo, 30 de março de 2014

Não importa

Vivemos na terra do nunca. No país da propaganda política, no país dos comerciais onde parece que realmente estamos evoluindo. Ah, como estamos, viu. Antes disso queria dizer que somos um país bem complexo. Daqueles que dá vontade de estudar a fundo, mas que no fim das contas você nunca será capaz de entender. Mas voltando, somos o país onde a terra da fantasia se vê pela TV, onde o governo gasta mais em publicidade do que qualquer coisa para mostrar os "avanços". Queria realmente entender para onde avançamos. Eu não vejo nada de melhor no Brasil desde 2010. O Lula da Silva foi o maior câncer da história deste país.

Ok, houve atos positivos como a retirada de brasileiros da miséria, mas a que preço? O preço que pagamos até hoje é de inflação, de jovens sem um pingo de educação. Um país perdido. Lula também foi um câncer porque simplesmente acabou com a oposição. A esquerda brasileira tomou para si as universidades, as escolas. O debate político não existe. Se você não concorda com esse “socialismo” barato, sem plano sustentável para a galera que saiu da pobreza, você é um reaça. Aliás, esse modelo de neo-socialismo, Estado mãe inchado e ineficiente é bancado por impostos de empresas e cidadãos que produzem e geram riqueza, não existe divisão de riqueza se não existe quem a produza. E quem bota a mão na massa, gera empregos e desenvolvimento, ah meus amigos, é a iniciativa privada, ambiente de negócios, cérebro, país produtivo, competitivo e eficiente. Chegamos num ponto onde não há estrutura para gerar mais riqueza. E criançada... se não se gera riqueza, não se tira país nenhum da pobreza. Posso dizer que o neo-liberalismo, a livre iniciativa é o que mais tirou gente da pobreza. Muito mais que esses esquerdistas. 
Voltando ao câncer Lula, além de acabar com o debate político, ele plantou, com um trabalho enorme de militância destes partidos como PT a ideia de que se você é de direita, você é automaticamente a favor da ditadura, de borrachada, de censura e repressão. Isso é uma mentira. Aliás, e a Venezuela e sua ditadura de esquerda? E Cuba? Então ditadura é só de direita? Ah... entendi.
Outra mentira que foi muito bem produzida pelo câncer Lula foi a de acharem que o PT e os partidos de esquerda são os grandes responsáveis pela volta da democracia ao Brasil.  Como FHC, Serra e os falecidos Covas e Montoro, caras que hoje essa galera chama de “coxinha” e que fundaram partidos que não são de esquerda, mas mais voltados à social democracia, não tivessem participado das Diretas, da luta contra a ditadura. Que eu me lembre o Serra teve que se exilar no Chile.
Mas no Brasil há a ideia de só Dilma e outros esquerdistas é que foram os grandes mártires do país na época da repressão. Tem até esse vídeo patético do PT claramente associando a imagem desse câncer de partido à luta contra a ditadura, novamente insisto... como fossem só eles os responsáveis pela volta da democracia ao Brasil. Confiram:
O mais patético desse vídeo foi um comentário de um petista militante: “Força presidente. #naovaitersegundoturno”.
Então o cara é tão ameba, tão pouco inteligente, tão incapaz de raciocinar, tão burro, tão imbecil que associa o fato da Dilma ter sido contra a ditadura com o fato dela ser uma boa presidente.
O fato da Dilma ter lutado contra a ditadura não a faz ser uma boa presidente. Não a faz ser uma boa líder do país, não a faz ser uma boa gestora. Mas a lavagem cerebral da esquerda é tão grande que associam um fato do passado a outro que não tem nenhuma relação. E os amebas militantes boçais acreditam e vomitam essa pandemia a torto e direito.
O fato de eu ser um bom jogador de futebol não me faz ter capacidade gerencial de ser o presidente do país. O fato do meu pai saber jogar baralho não o candidata a ser presidente do Brasil.

O fato da Dilma ter sido perseguida não tem nenhuma relação com uma boa gestão. Ela é uma péssima gestora. É a pior presidente da história moderna deste país. Não importa se ela foi perseguida pela ditadura. Até aí, já disse, Serra, o coxinha, o “fascista”, o monstrinho, também foi...  Ah, mas essa relação ninguém faz. Só fazem quando e com QUEM é conveniente para eles.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Música: pouca gente realmente gosta.

Há alguns meses, conversava com alguns amigos sobre o show do Metallica, e um deles foi crucificado (com razão) ao dizer que Metallica era chato. Para a minha surpresa, após o bombardeio, ele admitiu que não gosta e não entende de música. Foi a primeira pessoa que eu conheço a admitir “não gostar de música”.  Comecei a refletir sobre isso, e, convenhamos, isso não é assim tão raro. Esse meu amigo apenas admitiu o que a grande maioria, talvez 90 % das pessoas, consideram chato, ou até mesmo, vergonhoso de admitir.

Para ilustrar o quero dizer, faço um paralelo com pessoas que gostam de vinhos. Gostar de “beber vinho” é diferente de estudar, conhecer e apreciar vinhos, e tudo o que envolve a sua cultura. Você pode até conhecer uma ou outra marca de vinho, pode até preferir um “Cabernet Sauvignon” a um “Merlot”, mas você definitivamente não sabe diferenciar, e nem se importa, com a safra, as características do local onde o vinho foi fabricado, a história da marca, etc.

Com a música acontece exatamente a mesma coisa. Quem realmente gosta e aprecia música, tem alguns prazeres diferentes de quem geralmente só “escuta por escutar”. O apreciador de música sabe diferenciar estilos, conhece a história de seus artistas favoritos, sabe onde, como, quando e porque aquilo foi feito. Gosta de ouvir a música alta, gosta de itens e histórias raras sobre a banda, e principalmente, tem sensações diferentes, como se aquilo que está a ouvir corresse em suas veias, como estivesse no lugar do sangue.

Para um apreciador de vinhos, é quase um orgasmo conhecer a fábrica e beber um vinho raro sobre o qual ele tanto leu e sempre quis experimentar, sentir o cheiro, pegar a garrafa em mãos, ler o rótulo, apreciar a experiência. Para um bom amante da música, pegar em mãos um disco de vinil raro, ler a história do encarte, entender a arte da capa, e escutar aquilo em seu puro estado, é uma sensação diferenciada. O ciclo da experiência completa com a música só termina ao ver o artista ao vivo, e chega ao ápice quando aquela música que você não esperava que ele tocaria, é executada na sua presença, no momento em que você se esquece das milhares de pessoas estão ao seu redor, fecha os olhos, canta, pula e se emociona.

Existem também aquelas pessoas que são “fãs”, mas não necessariamente de música. Conheci uma garota que possuía tudo que o dinheiro poderia comprar da banda mexicana RBD. Ela chorou ao ver a banda ao vivo pela primeira vez. Hoje em dia ela não apenas se envergonha do seu passado como também se tornou fã tiete de uma banda de pagode. Ela não é uma apreciadora de música, ela é uma apreciadora de... não sei, do fanatismo histérico e tudo que envolve essa doença. Essas pessoas são facilmente identificáveis, vocês podem encontra-las hoje acampadas num estado deplorável, aguardando o show do “One Direction”, no estádio do Morumbi.

Fica bem claro então que, pouca gente realmente gosta de música. A grande maioria das pessoas tem a música como “segundo plano” de sua experiência. Isso explica o sucesso dos “lepos lepos”, “ai se eu te pego”, e outros fenômenos e modismos quase que inexplicáveis. Para quem não é apreciador de música, é mais fácil entender e aceitar essas músicas chicletes, em ambientes onde a música não é o objetivo principal. O engraçado é que essas pessoas curtem muito esse tipo de música enquanto ela está na moda, e depois de um tempo ela sente vergonha de dizer que um dia gostou disso. Vide: Hanson, Backstreet Boys, Parangolé, DJ Casino, Fiuk, Armandinho, Felipe Dylon, Netinho (os dois), Mallu Magalhães, Maria Gadú, Tribalistas.

Por isso, quando você pergunta a alguém se ela gosta de música, e ela responde que “gosta um pouco de tudo”, ela definitivamente não gosta de música. Nada te impede de gostar de mais de um estilo, mas tenha certeza de que, quem responde sem pensar que gosta de algum estilo como: Jazz, Rock Clássico, Hard Rock, Música Clássica, Blues, Heavy Metal, Soul, Country, House, Trance, Drum´n Bass, Rockabilly - definitivamente tem mais chances de ser uma pessoa que realmente gosta de música do que alguém que “adora tomar o vinho em alguma ocasião especial”, mas no fundo não sabe 1/10 do sentimento de quem realmente sabe apreciar um vinho.

E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO !?



PS 1: (Não considerei MPB, porque apesar de algumas pessoas realmente gostarem disso, hoje em dia é muito fácil se dizer “fã de Chico e da Tropicália” com uma roupa de Tio Barnabé e uma barba suja para se dizer esquerdista cult. )

PS 2: (Muito cuidado com as bandas coringa. Bandas coringa são aquelas geralmente utilizadas pelas pessoas sugadoras da moda para se mostrarem ecléticas e conhecedoras de outros estilos. As duas bandas coringas mais icônicas são “U2” e “Rolling Stones”. Fazem um rockzinho pau mole, sem muita distorção, um grande trabalho de imagem de seus protagonistas, que deixam a música em segundo plano. O resultado é um show repleto de globais, BBBs, “amigonas da torcida”, atendimentos de agência de publicidade, Amaury Jr., etc.)

Borrifadas anteriores que você também vai gostar:

sexta-feira, 7 de março de 2014

Michael Moore, venha conhecer o SUS!

Há algumas semanas atrás, em uma mesa de bar, discutia com amigos visivelmente bem informados, mas com opiniões politicas diferentes, sobre algo que a maioria das pessoas mais velhas do que nós parece já ter desistido: por onde começar a melhorar nosso país? Tenho a opinião de que, qualquer assunto leva a uma conclusão de que na base de tudo, só a Educação pode resolver a maioria dos problemas do nosso país a longo prazo, mas podemos pensar em maneiras rápidas para deixarmos outros grandes problemas nacionais, no mínimo, menos vergonhosos. 

Durante a nossa discussão, eu sempre colocava exemplo de outros países mais desenvolvidos que os nossos, e fui bombardeado em repúdio quando coloquei em pauta o Sistema de Saúde, que mesmo sendo alvo de críticas pelos americanos, era muito melhor do que o nosso. Devido a forte reação de quem parecia realmente entender do assunto e da sensação de que havia falado uma grande besteira, resolvi ir atrás e conhecer um pouco mais. Porque de fato, na minha opinião, nada poderia ser pior do que a sensação de entrar num hospital público brasileiro, muito menos em um país tido por todos como referência do capitalismo mundial, como os EUA.

Assisti o documentário “Sicko” do cineasta Michael Moore. Como todos sabem, ele é autor de 2 outros documentários muito famosos, Tiros em Columbine e Farenheit, que levantam questões importantes e cutucam a ferida de muitos norte-americanos conservadores. Na minha opinião, todos os seus documentários são propositalmente exagerados, mas em “Sicko”, o exagero beira ao ridículo, com todas as suas reações e edições no maior estilo Pânico na TV, mesmo assim, serve para refletir sobre sistemas de saúde geridos pelo governo ou por empresas privadas.

Mesmo com o documentário mostrando a exemplos de países como a Inglaterra, Canadá e a França, onde os cidadãos tem direito a qualquer tipo de tratamento gratuito como grandes maravilhas do mundo, omitindo cenas de fila de espera ou dificuldades para tratamentos mais complicados, é possível concluir uma coisa. Mesmo com os EUA não possuindo um sistema de sáude universal, ainda assim, a sua população é muito melhor tratada ou tem muito mais chances de sobreviver ou ter saúde do que no Brasil.

Recentemente, tivemos discussões acaloradas, pois o Brasil importou médicos de Cuba para atender cidades, pois o governo acusou os médicos “elitistas capitalistas e desumanos” do país a se recusarem a atender em cidades pequenas ou hospitais públicos. No filme SICKO, médicos ingleses e franceses aparecem elogiando a remuneração que recebem, e dizendo que conseguem até bônus por pacientes que param de fumar ou se curam. Aqui, o que um médico ganharia para ir à rede pública? O que o governo oferece de estrutura e de conforto em um hospital público? Ora. Se o governo quer dar saúde de graça para a população, não adianta esperar a caridade de alguém que precisa pagar uma mensalidade absurdamente cara na faculdade, já que para estudar o governo dá no máximo algumas centenas de vagas públicas para medicina.

O SUS vêm sendo exaltado por ufanistas como um exemplo para o mundo, assim como foram as urnas eletrônicas, mas vamos à realidade. No Brasil, ninguém que possui a mínima condição financeira de pagar um plano de saúde opta pelo SUS. O SUS não é uma opção, é uma falta de opção. Os EUA não possuem um sistema de saúde público, mas possuem Rescue Centers e comunidades que se unem para oferecer saúde popular, como por exemplo maçons, rotarianos, etc. O fato é que, o próprio documentário mostra um táxi vindo de um hospital particular abandonando um paciente em um desses centros de saúde gratuitos, e lá eles são acolhidos e bem tratados sem espera. Ou seja, mesmo lá onde, teoricamente não há um sistema de saúde universal, a pequena porcentagem da população que não tem plano de saúde particular (pequena porcentagem se comparada ao Brasil), consegue ser melhor atendida do que em algum hospital do SUS.

Precisamos parar de pensar que nada aqui “não está tão ruim assim”. Está tudo muito pior do que imaginamos. Tente quebrar um dedo e ser atendido em um hospital público sem ter que suportar horas de dor. Tente conseguir medicamentos gratuitos sem enfrentar filas e um sofrimento ridículo. As condições oferecidas pelo nosso governo para a população beiram ao ridículo. Não podemos cair nessa de achar que somos referência para nada. É preciso exigir MUITO do governo, para que a carga tributária absurda que pagamos se transforme em melhores hospitais e melhores condições para que médicos e profissionais de qualidade trabalhem nesses locais. Enquanto isso não acontecer, acreditem, mesmo um sistema de saúde inexistente, como é o Norte-Americano, ainda é melhor do que o nosso.


E o mundo, o que acha disso!?

Abaixo, um link com alguns fatos ocultos no documentário: http://usatoday30.usatoday.com/life/movies/2007-06-30-sicko-facts_N.htm

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Contra a banalização do nosso sentimento mais forte.

Hoje em dia, entrar em contato com alguém é muito mais fácil do que há alguns anos atrás. Basta clicar no iconezinho verde de 16 bilhões de dólares, começar a digitar alguns verbetes que serão facilmente adivinhados pelo seu smartphone, e você pode magoar ou deixar alguém feliz, não importa a distância. 

As demonstrações públicas quanto a um sentimento, ficaram extremamente fáceis e banais. Uma boa busca de imagens com uma frasezinha de banheiro público do Pedro Bial pode ser estampada em uma timeline, que atrairá uma bela plateia de curtidores hipócritas. Sempre fui um grande defensor da tecnologia e de tudo que facilite a nossa vida, mas vejo hoje que, com tanta facilidade, muita coisa importante acabou ficando subvalorizada.

Se você parar para dar uma olhada em sua timeline do Facebook ou do Instagram, você com certeza encontrará atualizações feitas na última hora com a palavra “amor” ou com emoticons de “coraçõezinhos”. Quantos textos você já leu, acompanhados de uma foto com um belo filtro, cheio de juras de amor eterno a uma amiga “bff”, com alguma citação da Clarice Lispector e com muitos comentários do tipo: “own que lindo! Também te amo muito amiga!” ? Eu não sei se eu fui criado de forma muito diferente de todo o meu círculo de conhecidos, mas “amar” alguém é o sentimento mais forte que pode existir por alguma outra pessoa, ou animal, ou qualquer outra coisa.

Tirando a minha família, eu geralmente penso muito, mas MUITO mesmo para dizer “eu te amo” para alguma pessoa. Eu imagino que, ao dizer isso, a pessoa passará a esperar algumas atitudes muito fortes e verdadeiras vindas de mim. O mais engraçado é quando você não é realmente muito amigo da pessoa de grande coração, e no mês seguinte ela já passou a “amar” outra pessoa, ou simplesmente já elegeu outra pessoa que será a única amiga ou companheira(o) para a eternidade, pois a eternidade da outra provavelmente já deve ter acabado.

Não é só o “amor” que me parece banalizado entre as pessoas, no mundo em que elas querem que nós acreditemos que elas vivem. Está muito fácil “amaaaaaaaaaar”  ou “odiaaaaaaaar” tudo! Pessoas, animais, séries de TV, personagens fictícios, filmes, carnaval, ar condicionado. Vejo as pessoas compartilhando e fazendo comentários rasos sobre temas que envolvem mágoas, tradições, até mesmo a morte de outro ser humano, além de outros temas que mereceriam, no mínimo, mais conhecimento e respeito para que sejam colocadas em público.

Nós nunca sabemos o que pode acontecer amanhã, eu mesmo já errei e me arrependi por me afastar por muito tempo de pessoas a quem eu verdadeiramente gosto e amo. Mas acredito mesmo que se alguém realmente te ama, não é com uma frasezinha brega em uma imagem mais brega ainda que isso deve ser demonstrado. Em um mundo onde, todos os dias, nos deparamos com pessoas mentindo ou tentando nos enganar, fica cada vez mais fácil olhar no olho de alguém, ouvir a voz, e entender se o que está vindo em sua direção é verdadeiro ou não.

Sabe aquela banda que você tinha como favorita quando era pouco conhecida, mas que, quando todo mundo começa a gostar e falar demais dela, você acaba pegando uma certa raiva? Não façam isso com a palavra “amor”. Saibam utilizá-la com parcimônia. Ela significa muito para virar algo tão popular quanto o Psirico e o Lepo Lepo.


E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO!?

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Vai ter Copa, e acreditem, será um sucesso.

Nessa semana, fui me encontrar com uma amiga para ir ao cinema. Quando a encontrei, ela estava tomando café com um holandês, que está a trabalho em São Paulo. Cumprimentei os dois e logo fui puxando papo. Como não poderia ser diferente, a primeira pergunta foi se ele estava ansioso para a Copa do Mundo. Como todo estrangeiro que viaja para cá, a resposta não foi em relação ao país dele, mas sim sobre as chances do Brasil vencer a Copa, até por uma questão de respeito. Conversa vai, conversa vem, falei que conhecia a cidade de onde ele vinha devido ao FC Utrecht, e quando deu a hora de irmos ao cinema, nos despedimos do rapaz, que estava aguardando outra pessoa que o levaria para jantar, e o desejamos uma ótima estadia no Brasil. O rapaz parecia encantado com toda a nossa gentileza.

Contei o episódio acima, porque ele me fez pensar: é engraçado como os estrangeiros se sentem tão felizes quando damos atenção a eles. É engraçado como nós brasileiros, adoramos receber visitantes de outros países. Minha amiga me contou que o holandês tinha sido levado para almoçar nos melhores restaurantes e hamburguerias de São Paulo. Ele estava achando tudo uma maravilha, a comida, o povo, o ambiente. E não é à toa. O brasileiro é de fato, muito mais esforçado com quem é de fora do que na nossa própria convivência. É como quando vamos receber alguém importante para jantar em casa. Se é o vizinho que vem filar a bóia, requentamos qualquer coisa e ele come com o prato de vidro que acabamos de lavar. Se é alguém de longe, que raramente vemos, tiramos a poeira dos nossos melhores talheres e pratos, e fazemos uma recepção de luxo, como se sempre nos portássemos daquela maneira.

Os europeus não costumam ter muita paciência com gente que não fala a língua deles, talvez até mesmo porque muitos estrangeiros vão para lá para ganhar um troquinho e de fato tumultuam a coisa toda, mas eles não fazem a mínima questão de mostrar o lugar onde moram como algo fantástico. Bem diferente do que acontece por aqui. Aqui nós falamos muito mal do brasileiro, mas quando viajamos, saímos com uma cara de superioridade vestindo a amarelinha, fazendo questão de mostrar ao mundo que somos brasileiros. Tive um tio americano que me disse exatamente o contrário. Ele só vestia roupas verde e amarelas e chapéus ridículos escritos Brasil. Para ele seria um desrespeito vir ao meu país querendo mostrar o orgulho de ser americano. Se ele estava aqui, para ele era importante mostrar que estava tentando entrar no clima do Brasil.

Pensando em como o holandês estava feliz por estar vivendo esse curto período em São Paulo, cheguei à conclusão de que essa Copa não tem como ser ruim para os gringos. Nós aqui estamos diariamente preocupados em mostrar para o mundo que somos minimamente civilizados e comprometidos com prazos, infra-estrutura, pontualidade, segurança, mas todo o mundo sabe que nós não somos bons nisso.Não adianta acreditar que, pelo menos por um mês, seremos um país sério e civilizado. Não seremos, e nem esperam isso de nós. O mundo vem ao Brasil por um simples motivo: diversão. E nisso, não há como negar, nós somos muito bons. Muito melhores do que eles.

Teremos atrasos, teremos aeroportos lotados, teremos manifestações, teremos assaltos. E isso será noticiado em toda parte. Mas quem vêm pra cá já está esperando pelo pior. Ainda assim, tenho certeza absoluta de que quem vier para cá terá uma experiência incrível, com muita festa, muita cachaça comprada por preços absurdos e muita gente receptiva (inclusive muitas mulheres, pois admitam, mulher brasileira adora gringo), que, por interesse financeiro ou não, vão adorar ensinar esse povo a sambar, encher a cara, ficar vermelho que nem pimentão, e sorrir como se não houvesse amanhã.

Evidentemente que, nesse texto estou me referindo sobre a recepção que faremos a seres humanos, não a Argentinos!



E o mundo, o que acha disso!?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Truculência é a vovózinha



Vejam o homem ao lado. Este é o Senhor Lamar Bone, homem sério, sábio e educador, sabe botar ordem na casa. Uma pena que, nos dias atuais, Lamar Bone seria chamado de fascista, ditador, figura truculenta, e por aí vai...


E isso me leva a fazer as seguintes perguntas: Mas o que é isso!? O que é isso!?

Nos últimos anos (sim senhor! coincide com o governo PT, quer você queira ou não!) a tradicional falta de educação do povo brasileiro, sua costumeira dificuldade em convier civilizadamente, bem como a falta de compreensão da palavra “ética” se destacaram internacionalmente.

E como nada é tão ruim que não possa piorar, parece que de um dia para o outro nos tornamos uma nação onde todo mundo exige seus direitos, mas se esquecem de seus respectivos deveres.

Após breve reflexão no assento sanitário do escritório e, seguindo a cartilha do “truculento” Senhor Bone, segue abaixo alguns pontos importantes que justificariam o uso da cacetada como método corretivo para nossa patética situação:  

Educação se aprende em casa
Crianças decentes costumam apanhar na bunda, levar cintadas ou ate mesmo serem postas de castigo (às vezes no escuro) quando fazem alguma mal criação. Este sempre foi o lema da vida e, de fato, tem fedelho que só aprende na pancadaria. Qual o problema em aplicar os mesmos corretivos a baderneiros adultos ou “de menor”?  Se no passado não tiveram pais presentes que lhes ensinassem as boas maneiras, merecem SIM levar bordoadas e ficarem de castigo (lê-se CADEIA), seja pela policia ou por terceiros que se sintam lesados por suas atitudes irresponsáveis.

Devemos aprender a compartilhar nossas coisas
Somos uma manada de búfalos. Sim, corremos por aí desembestados, sem se importar com quem esteja na nossa frente, sempre pensando no “eu sozinho”. É o famoso esfrega sovaco no transporte publico, a TV de LED disputada a tapa numa liquidação de loja popular, a selvageria pra pegar uma bebida no bar da boate, o desespero para pegar a mala durante o desembarque do avião, o prazer duvidoso em explodir morteiros sem se importar com quem esta em volta. Teríamos que encomendar borrachadas eternas para todos aqueles que não respeitassem o espaço do outro.

Ética, para que te quero?
Não temos ética, é cultural, nunca seremos. Um país sem ética merece tomar pau todos os dias, sem exceção. É a famosa pancadaria generalizada, sem pena, todo mundo contra todo mundo. Olho por olho – dente por dente, barbárie, bla bla bla, chamem do que for...

Alguém aí ainda tem dúvida se precisamos de alguma dose de truculência?

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A escolha para o Draft

Após o SuperBowl, os fãs de futebol americano voltam seus olhos para o Draft. O Draft é quando os times profissionais selecionam promessas, principalmente de faculdades, para seus times. Ontem uma das grandes promessas e candidato a ser escolhido nas primeiras rodadas do Draft, Michael Sam, revelou ser gay. Ele pode ser o primeiro jogador a tornar público que é gay e jogar profissionalmente. Muitos ex-jogadores já assumiram que são gays nos esportes coletivos americanos, mas eles só o fizeram depois que pararam de jogar.

Mas ainda estamos no pode.
Em entrevista ao New York Times e à ESPN Michael Sam afirmou que “só quero contar a minha própia verdade”, “tenho orgulho de ser gay”. De acordo com o Times, Michael contou ao seu time da faculdade no ano passado. E seus companheiros de jogo não apenas aceitaram, como também elegeram Michael um dos melhores jogadores do time. O jovem de 24 anos detém alguns números impressionantes além de jogar em posições variadas, o que faz ser um jogador cobiçado. Ou seja temos um jogador talentoso que quer virar profissional, e daí que ele é gay?

Após a declaração, uma chuva de tweets com frases de apoio e admiração vieram de jogadores e ex-jogadores. A liga de futebol americano, NFL, declarou o seu apoio e que “aguarda para dar as boas vindas e suporte em 2014”. Em mesas redondas nas redes de TV americanas fala-se que há muitos gays nos times, mas que o vestiário não deixa essa informação sair a público.

As discussões em programas de TV norte-americanos não focam muito na questão de um time contratar um jogador gay, e sim em como um time irá receber o novo companheiro. A “cultura do vestiário” é muito citada. Ex-jogadores opinam que há 10 anos ninguém sobreviveria num time sendo homossexual, era um tabu, um problema. E citam a dificuldade que isso pode trazer mesmo hoje, com uma sociedade que avançou nessa questão.

A homossexualidade é algo muito difícil ainda no mundo. Fazendo o paralelo com o Brasil, vemos de maneira crescente a violência contra homossexuais. Algo comum em conversas de heterossexuais é usar a palavra gay, e suas derivações, de forma pejorativa. Como algo ruim. Sim, infelizmente essa é uma verdade triste quando queremos ver uma sociedade que trate todos de maneira igual e justa. Se você diz que não tem preconceito, repare nos seus diálogos e veja se você não utiliza a palavra gay de forma pejorativa.

A maior rede de televisão brasileira deu um passo inédito em sua história recentemente ao exibir um beijo gay. Por outro lado, a Folha de S.Paulo publicou uma matéria assustadora, em que divulga como um gay deve agir. Tiveram a oportunidade de criticar a falta de segurança pública, mas preferiram dar dicas como quem dá para se proteger do Sol neste verão. Ao ler essa matéria, em um dos maiores veículos de comunicação do País, não é de se estranhar que no nosso futebol exista um preconceito também, basta relembrar o caso do jogador Emerson Sheik quando postou uma foto beijando um homem.

O site da ESPN americana deixou no ar uma enquete, como faz diariamente, perguntando se a liga de futebol americano está pronta para um jogador gay. Os resultados, até a hora do almoço, apontavam que 63% achavam que sim. Outros 37% dizem o contrário. O estado do Mississipi é o mais dividido: 51% sim e 49% não. Um estado que historicamente sofreu com questões de preconceito entre brancos e afro-descendentes pode ter uma leitura de que é um estado preconceituoso, ou que sabe melhor que outros como é difícil vencer o preconceito.

O esporte é uma das formas mais incríveis que já conseguiram criar para demonstrar o que um ser humano é capaz. Mas não apenas capaz de romper barreiras em milisegundos, mas barreiras da sociedade. Como não lembrar de Hitler vendo o pódio erguer o punho?

Acredito que o corajoso Michael Sam, coragem porque ninguém o fez até hoje, será escolhido por um time, mas vamos ter que esperar para saber se o esporte norte-americano conseguirá romper essa barreira e, quem sabe, seja um marco para outras ligas.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

12 conclusões sobre as Manifestações Populares de 2013.



No dia 17 de Junho de 2013 eu percorri o Largo da Batata, a Avenida Faria Lima, a Avenida Berrini e depois atravessei a ponte Estaiada com uma única certeza: estava fazendo parte da história. Cantei o hino nacional a plenos pulmões! Pessoas pobres, pessoas ricas, pessoas empregadas ou desempregadas, negras ou brancas, todas juntas! Pessoas acenavam panos brancos da janela, centenas repudiavam atos de vandalismo e gritavam para quem quisesse ouvir: estamos cansados de sofrer sem falar nada! O povo acordou! 
Hoje, quase um ano depois, a sensação que tenho é muito mais de uma derrota do que de uma vitória popular. De qualquer forma, tudo aquilo que gerou pânico e euforia em muitos, serviu para tirar 12 conclusões. Listo elas aqui:

1 - No Brasil, tudo sempre acaba em festa.
Depois que Geraldo Alckmin e Fernando Haddad foram para a TV dizer que o aumento não aconteceria mas que depois essa conta teria que ser paga por nós, veio a sensação de uma grande vitória. Eaí a população resolveu sair para “comemorar”. Os protestos já estavam popularizados Brasil afora, e saíram de qualquer controle. Qualquer coisa agora, era protesto. Foi aí que apareceu a, tão cantada por nossos poetas, “criatividade” do povo brasileiro. Cartazes engraçadinhos, fantasias, vendedores ambulantes... um verdadeiro carnaval fora de época! Galera bebendo na rua, sites fazendo galerias sobre os protestos mais engraçados. Não tinha mais foco, e com isso, os protestos perderam a sua importância. Como ali não havia uma causa, não havia porque prestar atenção naquela palhaçada. Na internet circulava um vídeo do Anonymous, com 5 causas que a população deveria exigir um retorno imediato do governo, com a festa que virou, as causas estavam lá no meio, mas ninguém conseguiu se organizar para fazer grandes eventos em prol de uma causa de cada vez.

2 - O povo brasileiro é altamente influenciável. (I)
De repente, virou moda falar de política. Todo mundo resolveu saber o que eram as PECs, de repente, todo mundo sabia o que era o Ministério Público, e pouco a pouco, as pessoas viram que não era assim tão perigoso ir às ruas lutar por algo. Mas precisou muita gente tomar borrachada primeiro, para que alguns tomassem coragem e vissem que algo estava errado. Era ótimo ver como todo mundo estava querendo se informar sobre coisas que todos deveríamos saber! Mas hoje, parece que as pessoas leram muitas manchetes e se aprofundaram muito pouco. Alguns casos gravíssimos, mais graves do que aconteceram na época, estão acontecendo hoje; mensaleiros e suas vaquinhas, o aumento da carga tributária, a volta da inflação, a bolha imobiliária... mas ninguém parece preocupado ou motivado a ir às ruas mostrar sua indignação! Foi só pelo R$ 3,20 mesmo?

3 - O povo brasileiro é altamente influenciável. (II)
Antes de os protestos começarem, a aprovação do governo de Dilma Rousseff era de  65%. Logo após a onda de protestos, essa aprovação chegou a cair para 30% e hoje ela praticamente volta ao número de março do ano passado. Mas o que diabos ela fez nesse tempo que mudou tanto a opinião desse povo todo!?!? O povo não lê, o povo vê manchetes e vai pelo que “ouve de um ou de outro”. Infelizmente, essa é a realidade da maioria da população brasileira.

4 - A polícia não sabe fazer contas.
No dia 17 de junho, tinha gente saindo do bueiro, simultaneamente, em 3 das maiores vias da cidade de São Paulo. Além de grandes concentrações no Lgo. Da Batata e na Ponte Estaiada. A estimativa da Polícia foi de 60.000 pessoas!!! COMO ASSIM!? Isso não lota um Morumbi! Só por onde eu passei, eu vi gente suficiente pra encher uns 20 Morumbis! Não fazia sentido nenhum aquela conta. Hoje, toda vez que ouço estimativas sobre concentrações populares eu dou risada. Fico imaginando o comandante Hamilton olhando de cima falando do helicóptero: “Ah acho que deve ter umas 2 mil pessoas...” Eaí sai um comunicado oficial da PM via fax, falando sobre a presença de 2 mil “populares”. Piada.

5 - A maioria silenciosa pode calar a minoria barulhenta.
Vocês já perceberam que dificilmente sai na mídia alguma pesquisa sobre a preferência do povo brasileiro sobre a pena de morte, sobre prisão perpétua, ou legalização das drogas? Apesar de a Globo esquecer que a discussão desses temas existem, se essas questões fossem colocadas na urna eletrônica, muita gente se surpreenderia com o resultado, assim como foi com aquele referendo das armas, em que o povo votou “não” ao desarmamento. É o que eu chamo de “maioria silenciosa”. A minoria barulhenta fica pelada na rua, bota fogo em ônibus, faz teatro... e balança bandeiras vermelhas! Durante os protestos, o grito e atitude dos “sem partido” mostrou a presença esmagadora dessa maioria silenciosa, que dessa vez foi para as ruas e mostrou que não quer PSDB, não quer ditadura, não quer petismo e não quer o “politicamente correto”. A maioria silenciosa, se acordar, pode mostrar a verdadeira opinião do Brasil.

6 - Assim como no futebol, maioria da população não tem preferência partidária.
Poucos sabem, mas a maior torcida do Brasil é a dos “Sem time”. Isso mesmo, assim como a maioria prefere novela à futebol, a maioria prefere novela à política. E mesmo quem se importa com a política não gosta de nenhuma das “ideologias” de nenhum dos 37 partidos políticos que disputarão as próximas eleições. É “social” pra cá “liberal” pra lá, “democrático” no meio, e no fim é tudo farinha do mesmo saco. Isso ficou muito claro quando o maior movimento que surgiu nas ruas foi o movimento dos “sem partido”, que causou revolta nos esquerdistas que achavam que estavam no estopim de uma nova “revolución”.

7 - As redes sociais servem para divulgar eventos, mas não para criar organizações.
Assim como acontece no caso dos rolezinhos, as redes sociais se mostraram eficientes para aglomerar multidões e desesperar os desinformados. Serviu também para mostrar que não adianta tentar encontrar uma organização iluminati orquestrando tudo quanto é movimento, porque até agora, tudo o que o Facebook fez foi avisar a um monte de gente sobre algum evento. Quando entrávamos nas discussões dos eventos oficiais dos protestos, víamos pessoas com visões e opiniões totalmente diferentes! Até tentavam organizar algo, fazendo enquetes como “Você acha que devemos quebrar tudo?” “Devemos proibir bandeiras de partidos?” mas no fundo, ninguém via ali algo oficial! Logo, você ia pra rua, via um monte de gente junta, gritava e marchava para algum lugar ! Rolezinhos são coisas parecidas só que sem nenhuma ideologia a não ser se encontrar, ostentar, pegar umas minas, ouvir um funk e ser vítima “dos polícia” caso alguém venha te entrevistar.

8 - Podem nos roubar, desde que não mexam no nosso cofrinho!
O povo se sentiu lesado com os 20 centavos a mais no transporte público porque a maioria dos usuários paga lá, em nota e moedas, ou por um bilhete, ou para recarregar um cartão. Se o aumento no transporte público tivesse acontecido por meio de tributo, no IR ou diretamente na fonte, ninguém ia se sentir tão lesado. Praticamente todo dia temos reajustes em impostos cujas siglas desconhecemos, e perdemos muito mais do que 20 centavos com isso! Mas ninguém enxerga, só conseguimos ver algo se mexem em nossa conta ou no nosso cofrinho . Na época do Collor foi assim também. Ele mexeu na poupança, devolveu tudo depois, mas até hoje é visto como Lúcifer por ter ousado tocar no cofrinho da galera! FHC, Lula e Dilma foram mais espertos em relação a como tirar mais dinheiro de nós.

9 - Você só pode ser 2 coisas: Reaça ou Porco Comunista.
As pessoas com algum conhecimento político adoram rotular qualquer medida ou opinião como sendo de esquerda ou de direita. Ok, algumas situações podem ser rotuladas, o problema é que hoje em dia ninguém mais quer a Ditadura Militar de volta, e ninguém mais quer uma Revolução Comunista. O mundo mudou, nenhum desses cenários é possível, aceitável ou muito menos imaginável! Mesmo assim, foi muito engraçado ver o desespero de militantes do PSTU, PT e afins afirmando que quem gritava por um protesto “Sem Partido” era fascista! Seguidor de Hitler. Um exagero ignorante e que contribuiu para que a desunião aumentasse durante a revolta popular.

10 - São Paulo é a locomotiva do Brasil.
Certa vez o Governo Federal tirou a capital do Rio de Janeiro por conta dos protestos populares, para fingir que tudo que estava a sua volta acontecendo não os atingia. Aí vieram os protestos pelas “diretas já” e o Impeachment do Collor. As imagens emblemáticas foram as do povo tomando à frente do Palácio do Planalto, e ficaram para a história. Hoje, após milhares de protestos que passaram em branco em Brasília, parece que o Brasil todo só entrou na onda depois que viu a cidade de São Paulo tomada pela população. Ficou claro que, para algum grande movimento tomar dimensões nacionais novamente, é São Paulo que deve começar e liderar isso.

11 - O Movimento Passe Livre teve a oportunidade de fazer história, e não o “quis”.
Tudo começou por causa dos famosos R$ 0,20 de aumento no transporte público de São Paulo. O grupo, junto com partidos que fazem protesto até contra Miss Bum Bum, PSTUs e  PCOs da vida, foram os primeiros a sair às ruas por conta do aumento inaceitável. Aos poucos, a maioria silenciosa e desinformada, começou a perceber o quanto era ridículo ter que pagar mais por um serviço tão ridículo, e a se comover com as imagens daquelas pessoas que estavam na rua dizendo o óbvio, apanhando de forma covarde. Os eventos criados no FB pelo Movimento Passe Livre tomaram dimensões jamais esperadas e eles, de forma até correta, tentaram não impor limites ou regras para quem comparecesse às passeatas. O link oficial do evento no FB sempre tinha muito mais gente do que as presentes nas ruas, os veículos de comunicação foram então atrás daqueles que começaram e “lideravam” tudo isso.  A princípio, eles preferiram não mostrar a cara , e tinham a ideia correta de não desvirtuar o foco do protesto, que era o transporte público.
Depois que tudo virou festa, a verdade apareceu. Eles apareceram no fantástico, e se mostraram claramente um grupo esquerdista e que não concordava com muito do que a população passou a reivindicar em seus próprios protestos. Hoje, nunca mais ouvi falar do tal MPL. Suspeito... será que algum companheiro vermelho se aproximou deles e pediu essa retirada estratégica? Porque o MPL não mudou de nome e seguiu as tais 5 causas do “Anonymous” que tinham grande aprovação popular ?  Amarelaram ou foram amarelados?
O fato é que, não fizemos história, podemos até fazer... mas não vejo o povo indo à rua de maneira tão grandiosa tão cedo.

12 - As Manifestações ao menos, ganharam um link no Wikipedia!



E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO !?