Olá simpatizantes do borrifando. Segue abaixo texto do nosso amigo borrifador Pedro Caramaru! Have fun!
Seguindo o exemplo dos redatores desse blog, acredito que me ausentei pelos últimos 18 meses. Nesse meio tempo muita coisa aconteceu, inclusive a décima edição do Big Brother Brasil. E, pela décima vez, eu consegui (sem grandes esforços) passar completamente batido e à parte de tudo o que aconteceu nesse, que considero o pior e mais inútil programa da história da televisão mundial.
Da última vez, só fui saber quem era alemão através das capas de revista e comerciais ridículos no canal default da NET. Já nessa ocasião, acho que por estar namorando, acabei conhecendo um pouco mais do que gostaria, mesmo sem nunca ter assistido a um capítulo sequer. Obs: minha namorada não acompanha, mas o grupo de suas amigas comenta sobre o assunto o dia inteiro, ficando assim impossível manufaturar uma blindagem nível 3 nesse caso.
Seguem então, abaixo, alguns tópicos para nossa discussão, reflexão, apoio, críticas ou apenas entretenimento:
1) quantas das participantes posaram nuas nessa edição? Tive a impressão que, ao menos, a metade! O curioso é que todas só aceitam se o job for batizado de “trabalho artístico” – tipo achando que de alguma forma elas não estão expondo o corpo por troca de dinheiro.
- Destino final: um dos mais cruéis. As moças acabam se tornando “socialights” (hahaha, isso existe mesmo?), fazendo aparições repentinas em eventos falidos e “colunáveis” das revistas Caras e Quem (tipo “aniversário de Vitinho Siqueira no Bardot”) e vez ou outra também aparecendo em algum programinha matinal, pasmem, tentando passar alguma mensagem positiva para o espectador (ex: incentivando a busca pela cultura, estudos ou prática de exercícios). Apenas uma delas (10% da amostra) tira a sorte grande e vai parar em alguma novela / campanha publicitária.
2) já venho dizendo isso há algum tempo: a moda agora é ser bicha! (homossexual, ou livre de preconceitos, àqueles que se sentirem ofendidos com o termo). E é ridículo como a rede Globo, hipócrita e manipuladora como sempre foi, agora querer pregar a igualdade entre todos os seres. Vejam, não critico a participação dos indivíduos. Pelo contrário, eu realmente não tenho preconceitos, mas sim condeno a forma como a rede Globo explora essa nova tendência urbana de forma superficial. Em suma: não achem que a Globo agora é um grupo de boa índole interessada nos direitos sociais e igualdade mundial.
- Destino final: a popularidade desse grupo deve perdurar enquanto a moda da confusão dos sexos se mantiver. Serão jurados de auditório para concursos de baixa relevância (ex. dança no gelo do Faustão) e “repórteres por um dia” em matérias que tenham a ver com moda, cabelo ou vale tudo (quando a Globo quiser fazer uma gracinha). Eu, particularmente, ainda mantenho as esperanças que homens voltem a ser homens e mulheres, mulheres.
3) A lista de participantes desse ano não deve ter sido muito diferente das anteriores. Por favor, busquem aqui mesmo nesse blog meu primeiro post sobre Big Brother, com a fórmula mágica: boladinhos, “dançarinas” malhadas, “modelos”, homossexuais, negros descoladinhos e pessoas com cultura (mas alternativas) oriundas de estados de baixa relevância para o PIB tupiniquim.
- Destino final: a grande leva dos participantes tenderá a cair no esquecimento numa progressão geométrica, talvez de maneira mais rápida e voraz do que sua “ascensão” e popularidade. São os típicos casos nos quais nos sentiremos extramamente constrangidos de presenciar: aparições em festas de 15 anos, namoricos com artistas da malhação, filmes pornôs e também “repórteres por um dia” – mas de assuntos diversos / e também irrelevantes.
4) Me espantou um bocado saber que houve, durante o programa, um casal que praticou sexo oral ao vivo e à cores (vi no youtube, mesmo em baixo do edredom é possível presenciar e ouvir integralmente a ação). Não sou o novo Jesus H. Cristo ou um missionário, mas existem riscos gigantescos por trás disso, que não foram levados em consideração. A) como se sente a família da moça vendo tudo de fora, junto com o Brasil e Tokyo? (japoneses são os mais fanáticos por sex search na internet). Ela ainda possui uma filha pequena! O que esperar da criança e a atitude de seus colegas de sala? Seria esse um exemplo a seguir? Por enquanto, aposto minhas fichas que a criança acredita que sim, afinal é a sua mãe que está fazendo, por que não a seguir? B) o rapaz mantinha um namoro (em estado de noivado, se não me engano) fora da casa. Como se sente a pessoa e todos que estão à sua volta e estiveram à volta do próprio casal durante anos?
- Destino final: quanto à moça, ela seguirá o destino do resto dos participantes, porém com uma inclinação maior ao item “filmes pornôs”. Já ao rapaz, provavelmente restará a lamentação eterna de ter trocado um relacionamento sólido com uma pessoa interessante e que confiava nele, disposta a construir um futuro e família juntos, por absolutamente nada. Esse é o que preencherá as páginas policiais da globo.com dentro de alguns meses (“Michel ex-BBB é preso em festa no Paraná portando 15 comprimidos de ecstasy e maconha”).
5) Ah sim, o vencedor! Rei por alguns meses, fadado ao esquecimento na próxima edição. Apesar de eu realmente não ter nada a ver ou me importar com isso, fiquei um pouco com o sentimento de injustiça ao saber que Marcelo “Dourado” participara pela 2ª vez do programa. Não seria um tanto quanto desleal aos concorrentes de primeira viagem? O fato é que por algum motivo, o participante nessa edição conseguiu sensibilizar o povo brasileiro (que sendo chucro do jeito que é, só consegue se motivar e reagir quando há alguma manifestação emocional por trás da causa). Sem muita base para dizer, ainda acho que ele estampou um grande símbolo de “Otário” na testa de sei lá quantos muitos milhões de eleitores!
- Destino final: um pouco preocupante. “Do lixo ao luxo” é um termo bonito, mas que abriga margens arriscadas de manobra. Acredito que o novo “Dourado” terá uma vida dupla: a bonitinha, com algum cargo fixo na rede Globo (comentarista de esportes ou conduzindo algum programa de personal training para celebridades na Multishow) e a real: se afundando nas drogas, baladas, bebidas e acompanhantes de luxo, afinal o dinheiro vai permitir manter esse ritmo por algum tempo. A história terá seu final no momento em que o custo da vida nº2 ultrapassar o custo da vida º1. Não tenho como precisar um período de acontecimento, mas diria entre 1 e meio a 2 anos.
Forte abraço e espero que todos tenham ido ao show do AC/DC no final de 2009 – simplesmente o melhor show de toda a minha vida!
Pedro Caramuru
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