Confesso que mesmo escrevendo o texto abaixo criticando a candidatura, logicamente que com um quê de blasé e ironia, gostei do rumo que as coisas tomaram. Da vitória em cima de três países de ponta e em cima de cidades incríveis. Chicago é talvez a mais organizada cidade do nordeste americano. Limpa, tem um lago limpo onde se vêem veleiros a navegando. Outra é Tóquio, ícone do Japão e de tudo o que aquele país representa: Tecnologia, serviços, modernidade, vanguarda, cérebro e, no meu caso especificamente, muita sensualidade.
Madrid, por sua vez, é a capital do país que mais recebe turistas no Mundo. É uma Meca de culturas e a porta da Europa ocidental. Pois o Rio de Janeiro venceu todas elas com certa facilidade.
Não estou entrando aqui no mérito de que se é um bom negócio realizar as Olimpíadas, mas sim da maneira como conseguimos.
Primeiramente, pela primeira vez na história, o Rio de Janeiro não se utilizou de clichês para autopromoção. Você não via bundas ou mulatas no vídeo. Mas sim uma cidade democrática racialmente, que se utilizou da sua inegável beleza natural e símbolos mundiais, como o Cristo Redentor, para se elevar.
Nova Iorque tem um transito caótico, mas os americanos continuam a exaltar o lado romântico do Rockfeller Center, por exemplo. Não fizemos nada além de mostrar nossos pontos fortes como todo o resto do mundo faz. E bons lados o Rio de Janeiro tem. É uma cidade extremamente encantadora. Não precisamos apenas mostrar o morro e as balas. Temos isso também, não vamos negar, mas há o outro lado.
Outro ponto que me deixou impressionado na candidatura do Rio foi a capacidade que tivemos de lutar por um objetivo comum e a qualidade profissional da candidatura. Os filmes foram bem executados. As propostas de instalações são plausíveis. Mas sem dúvida o que venceu foi um discurso muito bem alinhado e fechado. Era nítido que sabíamos do que estávamos falando. Sabíamos pela primeira vez, talvez em muito tempo, lutar em pé de igualdade com qualquer outra nação. Mostramos-nos elegantes, poliglotas e confiantes no nosso próprio potencial. Em nenhum momento nos comportamos como primos pobres ou como coitados. E todos sabem que temos esta mania. Ou tínhamos.
A capacidade de síntese do que era o povo brasileiro naquele grupo foi espetacular. Até o Lula mandou bem em seu discurso. O que eu critiquei e ainda critico no meu texto é se vamos ter a capacidade de não extrapolar um budget. De não desviar verbas. De não atravancar dinheiro público como aconteceu no Pan Americano.
Espero que esta Olimpíada seja um novo marco na administração de eventos no Brasil. Que seja a virada para mostrar a capacidade do país em também realizar, e com maestria, tão bem como o alemão ou o americano.
Eu não tenho dúvida que possa dar certo. O que me deixa com a pulga atrás da orelha é que também não tenho dúvidas de que pode ser um fiasco.
Mas como disse a delegação brasileira ontem em Copenhagen, dêem a chance. Só assim nós brasileiros e o mundo saberemos se, de fato, nós conseguiremos.
Abcs,
Petrescu
2 Comentários:
O pior tópico já aqui redigido! Lixo! Vergonha!
como você pode apoiar o país e rio de janeiro + lula?
estou muito decepcionado. (é sério)
Faço minhas as palavras acima...Inaceitável puta parada eleitoreira do Lula. E houve sim apelo de coitadinho a atleta = chorando, Lula idem, Pelé...
Perguntaram pra Hortência: o que seria feito de bom pra estruturar o país de forma que possamos ter atletas competitivos e sermos um pais top em esporte.
Resposta: Agora é hora de festejar.
É óbvio que não há plano nem estrutura.
Já que ganhamos, a meu particular contragosto, basta torcer pra dar certo.
Mas é triste ver que somos um país com condições precárias e temos milhões de outras prioridades, ver o Sr Lula emprestando dinheiro e destinando um recurso que podeira investir no básico...
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