right_side

Seguidores

Mais borrifados

hipocrisia (26) Mallu Magalhães (24) brasil (15) São Paulo (13) futebol (11) globo (11) música (8) política (8) PT (6) Rede Globo (6) Rodolover (6) lula (6) malandragem (6) Olimpíadas (5) Rodolover posta aí (5) SPFC (5) corinthians (5) trânsito (5) Abercrombie and Fitch (4) Rodolover o borrifador turista (4) Subcelebridade (4) arte (4) brasileiros (4) che guevara (4) chico buarque (4) cult (4) educação (4) juventude (4) modismo (4) movimento homossexual (4) obama (4) politicamente correto (4) rodolover sumiu daqui (4) rodoponey vo te dar uma porrada (4) 3d (3) Big Brother Brasil (3) MTV (3) Rio de Janeiro (3) Rodolover Agora é espanhol? (3) Rodolover some daqui (3) Toca Raul (3) balada (3) bbb (3) borrifada (3) borrifadinhas (3) brasileiro (3) carnaval (3) cinema (3) esquerdistas (3) gosto música (3) grandes eventos (3) leis (3) los hermanos (3) marketing (3) modinha (3) paulista (3) rodolover to postando (3) rodoponoy some daqui (3) romário (3) shopping (3) sustentabilidade (3) Amy Winehouse (2) Anti-social (2) Dilma (2) Direita (2) Eleições 2014 (2) Esquerda (2) Exército (2) Formula 1 (2) Gloria do Desporto Nacional (2) Inclusão digital (2) Indy (2) MPB (2) Mallu Magalhaes (2) Metallica (2) Michael Jackson (2) Muricy Ramalho (2) Mussum (2) Natal (2) Nelson Piquet (2) NxZero (2) ONGs (2) Olimpíadas 2016 (2) Pink Floyd (2) Politcos (2) Rico (2) Rio (2) Rock (2) Rododrunk (2) Rodolover vai pra Espanha virar Pederasta? (2) Rogério Ceni (2) Rubinho (2) São Paulo FC (2) academia (2) amor (2) ano novo (2) backstreet boys (2) big brother (2) blog (2) bolados de rave (2) burocracia (2) caetano veloso (2) chatice (2) corrupção (2) crise (2) críticos (2) democracia (2) dinâmica de grupo (2) espero que o São Paulo se recupere no Brasileiro (2) essência (2) facebook (2) falsidade (2) força sindical (2) férias (2) gaúcho (2) geração (2) globo.com (2) gordas (2) jazz (2) jeitinho (2) jovens (2) justiça (2) malandros (2) medo (2) mentira (2) moda (2) morumbi (2) mulheres feias (2) mulheres frescas (2) musica ruim (2) naturebas (2) nova geração (2) novela (2) orkut (2) palmeiras (2) periferia (2) playba (2) populismo (2) povo (2) proibição (2) protestos (2) rolezinhos (2) rádio (2) samba (2) sertanejo (2) tecnologia (2) trabalho (2) turismo (2) wwf (2) Ética (2) índia (2) #VaiTerCopa (1) 1000 (1) 17 e mais (1) 2013 (1) 2014 (1) 3G (1) 500 (1) Aquecimento Global (1) Astro (1) Banda Gloria (1) Barrichello (1) Belo Horizonte (1) Beyoncé (1) Billy (1) Black Dog (1) Bohemian Rhapsody (1) Bono vox (1) Brawn GP (1) Brazil (1) Britiain's got talent (1) Bronze (1) CUT (1) Cacildis (1) Camargo Correa (1) Canadá (1) Cansei de Ser Sexy (1) Charlie Brown Jr. (1) Clodovil (1) Clássico (1) Coca-cola (1) Colírios da Capricho (1) Conspiração (1) Copa do Mundo 2014 (1) Daiane dos Santos (1) David after dentist (1) Debate Bola (1) Demônios da Garoa (1) Desenho (1) Desorganização (1) Detroit Rock City (1) Diego Hipólyto (1) Diogo Mainardi (1) Diáspora Romana (1) Dona Zuleica é o nome da Mãe do Popó (1) Doug Funnie (1) Doug Funnie bixa (1) ENADE (1) El Salvador (1) Engenhão (1) Estados Unidos (1) Exclusão social (1) Fake (1) Felipe Massa (1) Folha Online (1) Fora Sarney (1) França (1) Fresno (1) Galvão Bueno (1) Gene Simmons (1) Gilberto Gil (1) Gostosas da Globo dão a bunda sem pudor (1) Grunge (1) Heavy Metal (1) Hermes e Renato (1) Holanda (1) Inglaterra (1) JK iguatemi (1) Jacarés (1) Jack Johnson (1) Jean Willys (1) Jennifer Aniston (1) Jeremias (1) Jesus Luz (1) John Mayer (1) Jon Lord (1) Juca Ferreira (1) Justin Bieber (1) Keisha (1) Kiss (1) Kurt Cobain (1) Lei Rouanet (1) Lei Seca (1) Licitações (1) Linhares (1) Lobão (1) Locaweb (1) Lotus (1) Luciano Huck (1) Luiz Felipe Pondé (1) MS-DOS (1) MSN (1) Madonna (1) Mais Médicos (1) Mamonas Assassinas (1) Manaus (1) Marcos (1) Meio-ambiente (1) Merda (1) Mestre Tele (1) Mexicanos são feios (1) Michael Moore (1) Michel Teló (1) Movimento Passe Livre (1) Mudhoney (1) Museum (1) Myspace (1) Nacionalismo (1) Nana Gouvêa (1) Nelson Priquet (1) Nevermind (1) Nirvana (1) O talentoso Ripley (1) PSOL (1) Pacha (1) Pan 2007 (1) Parabéns Lorena (1) Parangolé (1) Paris (1) Paul Stanley (1) Pearl Jam (1) Pedro Bial (1) Perua (1) Políca Federal (1) Putaria (1) Pânico na TV (1) Quadrinhos (1) Rebolation (1) Rei do Pop (1) Ricardo Gomes (1) Rock Progressivo (1) Rodolover sai pra lá (1) Rodolover vai embora (1) Rodolover voltando (1) Rodolover volte a escrever! (1) Rodonasty e as russas (1) Rogério (1) Ronaldinho Gaúcho (1) Ronaldo (1) Rubinho Barrichelle (1) SUS (1) SWU (1) Selton Mello (1) Show me your genitals (1) Sicko (1) Simonal (1) Sintetizador (1) Snack Culture (1) Susan Boyle (1) TI (1) Tempo (1) Tenho amigos putanheiros (1) Tupiniquim (1) Twitter (1) Uniban (1) Urso polar (1) Usain Bolt (1) VMB (1) Vice (1) Victor Fasano (1) Virada Cultura (1) Wikipedia (1) World Cup (1) Xuxa (1) YouTube (1) Zeca Camargo (1) aba reta (1) acessibilidade (1) administradores (1) aeroporto (1) agência (1) alcool (1) animais (1) aniversário (1) ansiedade (1) aperto (1) artistas subestimados (1) asas (1) avião (1) bacon (1) banalização (1) bananas (1) bang (1) bebado (1) bebês (1) bla (1) blasé (1) blogueiros (1) bob marley (1) bolsa família (1) bolívia (1) borrifada maluca (1) borrifador ausente (1) borrifadores (1) borrifando (1) botafogo (1) branding (1) brega (1) briguinha (1) buffet (1) cantoras (1) caos (1) capitalismo (1) capitão nascimento (1) carioca (1) carro (1) carroceiros (1) casper (1) celebridades (1) chilli beans (1) chocolover (1) cigarro (1) classe (1) clichês (1) coca (1) coldplay (1) coletividade (1) combie (1) comunicação (1) condescendência (1) contigo (1) contradição (1) copa do mundo (1) cotidiano (1) crianças (1) crítica (1) culpados (1) death magnetic (1) deputado (1) desenvolvimento sustentável (1) diego alemão (1) dinheiro (1) dionisio (1) direitos (1) discos voadores (1) discurso vazio (1) dislexia (1) divulgação (1) drogas (1) eco 92 (1) ecochato (1) edmundo (1) egoísmo (1) elite (1) emburrece (1) emissora (1) emos (1) empregada (1) entretenimento (1) espetáculo (1) espm (1) estilista (1) estética (1) evo (1) exposição (1) extremismo (1) faap (1) fabio porchat (1) falta de classe (1) falta de paciência (1) favela (1) figurinhas (1) fim de ano (1) flamengo (1) flanelinhas (1) fluminense (1) formaturas (1) frase do Senna (1) funk (1) futebol americano (1) gal costa (1) games (1) gay (1) geeks (1) geleiras (1) google (1) grafite (1) greenpeace (1) gringos (1) gugu (1) gv (1) healthcare (1) helloween (1) hipsters (1) história (1) homer (1) homofobia (1) honda (1) humor (1) hype (1) id (1) igualdade (1) impunidade (1) incentivo fiscal (1) incompetência (1) individuaismo (1) industria fonográfica (1) informação (1) injustiça social (1) inovação tecnológica (1) internet (1) iron maiden (1) irresponsabilidade (1) irritação (1) joel (1) jon e kate + 8 (1) jovem pan (1) juliana paes (1) juscelino (1) katilce (1) king curtis (1) leci brandão (1) legado (1) lemmy (1) lepo lepo (1) liberdade de expressão (1) limitação mental (1) lindos são os passarinhos (1) live 8 (1) live aid (1) livros da fuvest (1) logos (1) loiras (1) loudness war (1) lula vieira (1) luxemburgo (1) mackenzie (1) macunaíma (1) maioria (1) mal humor (1) manifestações (1) marcelo dourado (1) marcelo tas (1) marimoon (1) mau humor (1) maus politicos (1) maísa (1) meirelles (1) melhor do Brasil é o brasileiro (1) melhores posts (1) mesmice (1) metrô (1) mondo entretenimento (1) monty phyton (1) morre (1) motorhead (1) mudar (1) musculação (1) musica boa (1) mãozinha (1) nardoni (1) natural step (1) neo-liberalismo (1) nerds (1) netinho (1) nostalgia (1) nyt (1) pablo (1) padrão de beleza (1) pais bundões (1) palhaçada (1) panda (1) paris hilton (1) patriotismo (1) paulistas (1) pc do b (1) pelé (1) pena sentimento pior (1) pessoas efusivas (1) phil barros (1) pobreza (1) poesia (1) polícia (1) ponte estaiada (1) português (1) posers (1) preconceito (1) premiação (1) promessas (1) protesto (1) psirico (1) publicidade (1) puc (1) punheta (1) qualidade (1) rabo (1) racismo (1) radiohead (1) reality show (1) record (1) red bull (1) reformulação (1) reggae (1) relacionamento (1) religiao (1) religião (1) repórteres folgados (1) respeito (1) rivalidade (1) robei o dia de alguém porque eu devia ter postado ontem (1) roberts (1) rodízio (1) roupas (1) ruas (1) saco (1) santa (1) sassaricar (1) saúde (1) selos (1) sem partido (1) semana (1) senso de humor (1) sentimentos (1) separatismo (1) serginho groisman (1) sexo oral (1) shows (1) silêncio (1) sistema de saúde (1) some daqui. (1) sos mata atlântica (1) status (1) stress (1) subúrbio (1) sucesso (1) sujeira (1) super legais (1) surf (1) telemarketing (1) torcida (1) track and field (1) transporte público (1) troca (1) tropa de elite (1) truculência (1) tráfico (1) universidades (1) vagabunda (1) vasco (1) velocidade (1) venda de CDs (1) verdade absoluta (1) vida (1) vinhos (1) violência (1) vôo (1) war (1) whatsapp (1) workshop (1) xixi no banho (1) zanola (1)

domingo, 30 de março de 2014

Não importa

Vivemos na terra do nunca. No país da propaganda política, no país dos comerciais onde parece que realmente estamos evoluindo. Ah, como estamos, viu. Antes disso queria dizer que somos um país bem complexo. Daqueles que dá vontade de estudar a fundo, mas que no fim das contas você nunca será capaz de entender. Mas voltando, somos o país onde a terra da fantasia se vê pela TV, onde o governo gasta mais em publicidade do que qualquer coisa para mostrar os "avanços". Queria realmente entender para onde avançamos. Eu não vejo nada de melhor no Brasil desde 2010. O Lula da Silva foi o maior câncer da história deste país.

Ok, houve atos positivos como a retirada de brasileiros da miséria, mas a que preço? O preço que pagamos até hoje é de inflação, de jovens sem um pingo de educação. Um país perdido. Lula também foi um câncer porque simplesmente acabou com a oposição. A esquerda brasileira tomou para si as universidades, as escolas. O debate político não existe. Se você não concorda com esse “socialismo” barato, sem plano sustentável para a galera que saiu da pobreza, você é um reaça. Aliás, esse modelo de neo-socialismo, Estado mãe inchado e ineficiente é bancado por impostos de empresas e cidadãos que produzem e geram riqueza, não existe divisão de riqueza se não existe quem a produza. E quem bota a mão na massa, gera empregos e desenvolvimento, ah meus amigos, é a iniciativa privada, ambiente de negócios, cérebro, país produtivo, competitivo e eficiente. Chegamos num ponto onde não há estrutura para gerar mais riqueza. E criançada... se não se gera riqueza, não se tira país nenhum da pobreza. Posso dizer que o neo-liberalismo, a livre iniciativa é o que mais tirou gente da pobreza. Muito mais que esses esquerdistas. 
Voltando ao câncer Lula, além de acabar com o debate político, ele plantou, com um trabalho enorme de militância destes partidos como PT a ideia de que se você é de direita, você é automaticamente a favor da ditadura, de borrachada, de censura e repressão. Isso é uma mentira. Aliás, e a Venezuela e sua ditadura de esquerda? E Cuba? Então ditadura é só de direita? Ah... entendi.
Outra mentira que foi muito bem produzida pelo câncer Lula foi a de acharem que o PT e os partidos de esquerda são os grandes responsáveis pela volta da democracia ao Brasil.  Como FHC, Serra e os falecidos Covas e Montoro, caras que hoje essa galera chama de “coxinha” e que fundaram partidos que não são de esquerda, mas mais voltados à social democracia, não tivessem participado das Diretas, da luta contra a ditadura. Que eu me lembre o Serra teve que se exilar no Chile.
Mas no Brasil há a ideia de só Dilma e outros esquerdistas é que foram os grandes mártires do país na época da repressão. Tem até esse vídeo patético do PT claramente associando a imagem desse câncer de partido à luta contra a ditadura, novamente insisto... como fossem só eles os responsáveis pela volta da democracia ao Brasil. Confiram:
O mais patético desse vídeo foi um comentário de um petista militante: “Força presidente. #naovaitersegundoturno”.
Então o cara é tão ameba, tão pouco inteligente, tão incapaz de raciocinar, tão burro, tão imbecil que associa o fato da Dilma ter sido contra a ditadura com o fato dela ser uma boa presidente.
O fato da Dilma ter lutado contra a ditadura não a faz ser uma boa presidente. Não a faz ser uma boa líder do país, não a faz ser uma boa gestora. Mas a lavagem cerebral da esquerda é tão grande que associam um fato do passado a outro que não tem nenhuma relação. E os amebas militantes boçais acreditam e vomitam essa pandemia a torto e direito.
O fato de eu ser um bom jogador de futebol não me faz ter capacidade gerencial de ser o presidente do país. O fato do meu pai saber jogar baralho não o candidata a ser presidente do Brasil.

O fato da Dilma ter sido perseguida não tem nenhuma relação com uma boa gestão. Ela é uma péssima gestora. É a pior presidente da história moderna deste país. Não importa se ela foi perseguida pela ditadura. Até aí, já disse, Serra, o coxinha, o “fascista”, o monstrinho, também foi...  Ah, mas essa relação ninguém faz. Só fazem quando e com QUEM é conveniente para eles.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Música: pouca gente realmente gosta.

Há alguns meses, conversava com alguns amigos sobre o show do Metallica, e um deles foi crucificado (com razão) ao dizer que Metallica era chato. Para a minha surpresa, após o bombardeio, ele admitiu que não gosta e não entende de música. Foi a primeira pessoa que eu conheço a admitir “não gostar de música”.  Comecei a refletir sobre isso, e, convenhamos, isso não é assim tão raro. Esse meu amigo apenas admitiu o que a grande maioria, talvez 90 % das pessoas, consideram chato, ou até mesmo, vergonhoso de admitir.

Para ilustrar o quero dizer, faço um paralelo com pessoas que gostam de vinhos. Gostar de “beber vinho” é diferente de estudar, conhecer e apreciar vinhos, e tudo o que envolve a sua cultura. Você pode até conhecer uma ou outra marca de vinho, pode até preferir um “Cabernet Sauvignon” a um “Merlot”, mas você definitivamente não sabe diferenciar, e nem se importa, com a safra, as características do local onde o vinho foi fabricado, a história da marca, etc.

Com a música acontece exatamente a mesma coisa. Quem realmente gosta e aprecia música, tem alguns prazeres diferentes de quem geralmente só “escuta por escutar”. O apreciador de música sabe diferenciar estilos, conhece a história de seus artistas favoritos, sabe onde, como, quando e porque aquilo foi feito. Gosta de ouvir a música alta, gosta de itens e histórias raras sobre a banda, e principalmente, tem sensações diferentes, como se aquilo que está a ouvir corresse em suas veias, como estivesse no lugar do sangue.

Para um apreciador de vinhos, é quase um orgasmo conhecer a fábrica e beber um vinho raro sobre o qual ele tanto leu e sempre quis experimentar, sentir o cheiro, pegar a garrafa em mãos, ler o rótulo, apreciar a experiência. Para um bom amante da música, pegar em mãos um disco de vinil raro, ler a história do encarte, entender a arte da capa, e escutar aquilo em seu puro estado, é uma sensação diferenciada. O ciclo da experiência completa com a música só termina ao ver o artista ao vivo, e chega ao ápice quando aquela música que você não esperava que ele tocaria, é executada na sua presença, no momento em que você se esquece das milhares de pessoas estão ao seu redor, fecha os olhos, canta, pula e se emociona.

Existem também aquelas pessoas que são “fãs”, mas não necessariamente de música. Conheci uma garota que possuía tudo que o dinheiro poderia comprar da banda mexicana RBD. Ela chorou ao ver a banda ao vivo pela primeira vez. Hoje em dia ela não apenas se envergonha do seu passado como também se tornou fã tiete de uma banda de pagode. Ela não é uma apreciadora de música, ela é uma apreciadora de... não sei, do fanatismo histérico e tudo que envolve essa doença. Essas pessoas são facilmente identificáveis, vocês podem encontra-las hoje acampadas num estado deplorável, aguardando o show do “One Direction”, no estádio do Morumbi.

Fica bem claro então que, pouca gente realmente gosta de música. A grande maioria das pessoas tem a música como “segundo plano” de sua experiência. Isso explica o sucesso dos “lepos lepos”, “ai se eu te pego”, e outros fenômenos e modismos quase que inexplicáveis. Para quem não é apreciador de música, é mais fácil entender e aceitar essas músicas chicletes, em ambientes onde a música não é o objetivo principal. O engraçado é que essas pessoas curtem muito esse tipo de música enquanto ela está na moda, e depois de um tempo ela sente vergonha de dizer que um dia gostou disso. Vide: Hanson, Backstreet Boys, Parangolé, DJ Casino, Fiuk, Armandinho, Felipe Dylon, Netinho (os dois), Mallu Magalhães, Maria Gadú, Tribalistas.

Por isso, quando você pergunta a alguém se ela gosta de música, e ela responde que “gosta um pouco de tudo”, ela definitivamente não gosta de música. Nada te impede de gostar de mais de um estilo, mas tenha certeza de que, quem responde sem pensar que gosta de algum estilo como: Jazz, Rock Clássico, Hard Rock, Música Clássica, Blues, Heavy Metal, Soul, Country, House, Trance, Drum´n Bass, Rockabilly - definitivamente tem mais chances de ser uma pessoa que realmente gosta de música do que alguém que “adora tomar o vinho em alguma ocasião especial”, mas no fundo não sabe 1/10 do sentimento de quem realmente sabe apreciar um vinho.

E O MUNDO, O QUE ACHA DISSO !?



PS 1: (Não considerei MPB, porque apesar de algumas pessoas realmente gostarem disso, hoje em dia é muito fácil se dizer “fã de Chico e da Tropicália” com uma roupa de Tio Barnabé e uma barba suja para se dizer esquerdista cult. )

PS 2: (Muito cuidado com as bandas coringa. Bandas coringa são aquelas geralmente utilizadas pelas pessoas sugadoras da moda para se mostrarem ecléticas e conhecedoras de outros estilos. As duas bandas coringas mais icônicas são “U2” e “Rolling Stones”. Fazem um rockzinho pau mole, sem muita distorção, um grande trabalho de imagem de seus protagonistas, que deixam a música em segundo plano. O resultado é um show repleto de globais, BBBs, “amigonas da torcida”, atendimentos de agência de publicidade, Amaury Jr., etc.)

Borrifadas anteriores que você também vai gostar:

sexta-feira, 7 de março de 2014

Michael Moore, venha conhecer o SUS!

Há algumas semanas atrás, em uma mesa de bar, discutia com amigos visivelmente bem informados, mas com opiniões politicas diferentes, sobre algo que a maioria das pessoas mais velhas do que nós parece já ter desistido: por onde começar a melhorar nosso país? Tenho a opinião de que, qualquer assunto leva a uma conclusão de que na base de tudo, só a Educação pode resolver a maioria dos problemas do nosso país a longo prazo, mas podemos pensar em maneiras rápidas para deixarmos outros grandes problemas nacionais, no mínimo, menos vergonhosos. 

Durante a nossa discussão, eu sempre colocava exemplo de outros países mais desenvolvidos que os nossos, e fui bombardeado em repúdio quando coloquei em pauta o Sistema de Saúde, que mesmo sendo alvo de críticas pelos americanos, era muito melhor do que o nosso. Devido a forte reação de quem parecia realmente entender do assunto e da sensação de que havia falado uma grande besteira, resolvi ir atrás e conhecer um pouco mais. Porque de fato, na minha opinião, nada poderia ser pior do que a sensação de entrar num hospital público brasileiro, muito menos em um país tido por todos como referência do capitalismo mundial, como os EUA.

Assisti o documentário “Sicko” do cineasta Michael Moore. Como todos sabem, ele é autor de 2 outros documentários muito famosos, Tiros em Columbine e Farenheit, que levantam questões importantes e cutucam a ferida de muitos norte-americanos conservadores. Na minha opinião, todos os seus documentários são propositalmente exagerados, mas em “Sicko”, o exagero beira ao ridículo, com todas as suas reações e edições no maior estilo Pânico na TV, mesmo assim, serve para refletir sobre sistemas de saúde geridos pelo governo ou por empresas privadas.

Mesmo com o documentário mostrando a exemplos de países como a Inglaterra, Canadá e a França, onde os cidadãos tem direito a qualquer tipo de tratamento gratuito como grandes maravilhas do mundo, omitindo cenas de fila de espera ou dificuldades para tratamentos mais complicados, é possível concluir uma coisa. Mesmo com os EUA não possuindo um sistema de sáude universal, ainda assim, a sua população é muito melhor tratada ou tem muito mais chances de sobreviver ou ter saúde do que no Brasil.

Recentemente, tivemos discussões acaloradas, pois o Brasil importou médicos de Cuba para atender cidades, pois o governo acusou os médicos “elitistas capitalistas e desumanos” do país a se recusarem a atender em cidades pequenas ou hospitais públicos. No filme SICKO, médicos ingleses e franceses aparecem elogiando a remuneração que recebem, e dizendo que conseguem até bônus por pacientes que param de fumar ou se curam. Aqui, o que um médico ganharia para ir à rede pública? O que o governo oferece de estrutura e de conforto em um hospital público? Ora. Se o governo quer dar saúde de graça para a população, não adianta esperar a caridade de alguém que precisa pagar uma mensalidade absurdamente cara na faculdade, já que para estudar o governo dá no máximo algumas centenas de vagas públicas para medicina.

O SUS vêm sendo exaltado por ufanistas como um exemplo para o mundo, assim como foram as urnas eletrônicas, mas vamos à realidade. No Brasil, ninguém que possui a mínima condição financeira de pagar um plano de saúde opta pelo SUS. O SUS não é uma opção, é uma falta de opção. Os EUA não possuem um sistema de saúde público, mas possuem Rescue Centers e comunidades que se unem para oferecer saúde popular, como por exemplo maçons, rotarianos, etc. O fato é que, o próprio documentário mostra um táxi vindo de um hospital particular abandonando um paciente em um desses centros de saúde gratuitos, e lá eles são acolhidos e bem tratados sem espera. Ou seja, mesmo lá onde, teoricamente não há um sistema de saúde universal, a pequena porcentagem da população que não tem plano de saúde particular (pequena porcentagem se comparada ao Brasil), consegue ser melhor atendida do que em algum hospital do SUS.

Precisamos parar de pensar que nada aqui “não está tão ruim assim”. Está tudo muito pior do que imaginamos. Tente quebrar um dedo e ser atendido em um hospital público sem ter que suportar horas de dor. Tente conseguir medicamentos gratuitos sem enfrentar filas e um sofrimento ridículo. As condições oferecidas pelo nosso governo para a população beiram ao ridículo. Não podemos cair nessa de achar que somos referência para nada. É preciso exigir MUITO do governo, para que a carga tributária absurda que pagamos se transforme em melhores hospitais e melhores condições para que médicos e profissionais de qualidade trabalhem nesses locais. Enquanto isso não acontecer, acreditem, mesmo um sistema de saúde inexistente, como é o Norte-Americano, ainda é melhor do que o nosso.


E o mundo, o que acha disso!?

Abaixo, um link com alguns fatos ocultos no documentário: http://usatoday30.usatoday.com/life/movies/2007-06-30-sicko-facts_N.htm