O meu texto de hoje não é particularmente uma borrifada. Talvez seja uma tiração de sarro do comportamento feminino, talvez não seja nada. Mas quis escrever e foda-se! Tá aí a minha borrifada! Não quis escrever uma! .. e ai?
Outro dia me chamou atenção a relação de meninas com seus celulares. Digo de meninas porque foi essa observação que fiz, mas nada impede que esse comportamento seja observado também no público masculino. Não sei. Convido todos a pesquisarem se se aplica. Enfim..
Meninas têm uma relação íntima de amizade e cumplicidade com seu celular. Ele está ali para informá-la e permitir que ela também informe outros das fofocas mais urgentes, está ali caso o pior aconteça e um pneu fure, para que ela possa pedir socorro, e também está ali para cumprir seu papel na vida amorosa de sua dona. Sim, o celular é essencial no relacionamento dessa menina com meninos (ou outras meninas, não sei.. cada um cuida da sua vida). Do contrário, como é que ela daria continuidade a algo que mal foi iniciado numa noite de leve bebedeira e curtição?
O curioso é o que acontece com essa relação sagrada quando a menina se encontra nesse momento da vida: recém iniciando o que pode vir a se tornar um incrível relacionamento sério com o rapaz/garota. Aquele objeto parceiro tem que se preparar para lidar com sentimentos de amor e ódio que serão direcionados a ele sem que ele nada tenha a ver com a história. Como é isso? Explico.
A menina conheceu o(a) garoto(a) numa sexta na festa de um amigo em comum. O menino (para melhor entendimento, vamos supor que a pessoa em quem a menina está interessada seja um menino, tá?) é incrível! É divertido, bonito, seguro, parece inteligente, tem ambições e parece que gostou dela! Ele, mostrando um interesse maior que de apenas uma noite de pegação, pede o telefone da menina, que alegremente o fornece. No dia seguinte começa o drama para o pobre celular. A garota acorda, toma um segundo para recompor os pensamentos e imediatamente olha seu celular. Se enganando, ela finge para si mesma que olhou o celular apenas para ver as horas, mas de verdade, ela esperava ver o sinal de mensagem de texto piscando. Tudo bem.. é realmente muito cedo. A festa foi ontem e eu mal acordei. Ela então levanta e vai viver a vida. Deixa o celular longe, como quem não ligasse pra sua existência, mas o celular sabe da verdade.
Ela toma banho, sai para comer alguma coisa, volta, vê um pouco de TV e tenta aproveitar o sábado. Passadas algumas horas tarde a fora ela cede à sua curiosidade e checa o celular. Nada. Fica com um pouco de ódio de si mesma e algum ódio do celular. Larga o aparelinho onde estava.
O sábado passa e nada. Domingo de manhã, mesma coisa. Ela já não está ligando tanto. Vai ver ele nem é tão incrível assim. Eis que no meio da tarde de domingo, realmente querendo ver as horas, ela pega o celular e vê uma mensagem dele. Já faz tempo que ele mandou! Que droga! Porque não vi antes?! Responde. Aii como seu celular é incrível naquele momento! Querido amiguinho, sem você, o que faria?? Fica alguns minutos olhando a tela. Apagou a luzinha. Clica numa tecla qualquer pra voltar a acender. Nada. Pequeno ódio.. como não vi a mensagem antes?
Deste momento em diante, tentando se controlar mas sendo vencida todas as vezes, a menina volta à dinâmica "finge que não liga mas checa o celular sempre que tem a chance" até que na segunda-feira a noite já está tacando o celular com força na cama quando enfim vê um sinalzinho de mensagem de texto na tela e descobre que era só uma promoção da Vivo.
Depois de algumas idas e vindas, quando enfim eles começam a se comunicar por outros meios, o pobre celular tem um descanso e volta a relação normal entre ele e a menina, do jeito que ele gosta - com um pouco de carinho e atenção, algumas discussões quando não tem sinal ou dá um pau qualquer, mas nada excessivo. Isso até que a menina e seu garotinho tenham sua primeira briga. Aí, pobre celular.
3 Comentários:
" A menina conheceu o(a) garoto(a) numa sexta na festa de um amigo em comum. " - Qualquer relação com outros borrifadores é mera coincidência... n é mesmo ?
Era um sábado e não era a festa de ninguém! Tb não escrevo mais.
significa...
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