sábado, 28 de fevereiro de 2009
O carnaval, os brasileiros não-praticantes e o nacionalismo
Não entendo, às vezes, o mau hábito de brasileiros em acharem que tudo o que o país produz é uma merda. Certo que é bem verdade que as músicas no carnaval são ruins, as bebidas, não as melhores e as condições de habitação e condicionamento físico, terríveis. Mas não podemos negar que se trata de uma típica manifestação saudável e legitimamente brasileira, além de agradar a gregos e troianos.
Nesse ano eu fiz um “meio-carnaval” indo para a cidade paulista de Votuporanga na segunda-feira. O esquema era “cervejada-micareta”. Pela minha vocação de ex-aluno ESPM, gostei mais da primeira parte do esquema e apenas confirmei que não gosto da segunda.
Cervejada dá para conversar com os amigos, se divertir, conhecer gente melhor, enquanto na micareta é aquela guerra, empurra-empurra e selvageria. Tenho faniquito de multidões. Talvez por isso não tenha muito sucesso nesse tipo de evento com a ala feminina, já que sou do tipo que gosta e muitas vezes, passa do ponto, na hora de conversar. Depois de todo esse soneto apenas quero dizer que dá para qualquer tipo de pessoa curtir a festa mais pagã do mundo sem cair em clichês de que “o Brasil não é um país sério” ou que o carnaval é apenas “uma forma dos brasileiros esquecerem tudo de ruim.” Acho que é cultura nacional e que se difere tanto de norte a sul que é algo a se estudar como dá tão certo, mesmo de modo diferente.
Vejo beleza nisso e não escárnio, então borrifo naqueles que pensam que são brasileiros 100% não praticantes. No fim do dia estão apenas perdendo uma belíssima oportunidade de se divertir com seus amigos e de conhecer novas pessoas.
E não pensem que eu gostar de carnaval é questão de nacionalismo, é questão de ter senso crítico para analisar o que é bom e o que é ruim, independentemente do nariz, da cultura, do continente ou da nacionalidade.
E por fim para quem fala mal de nacionalismo, ele é tão importante quanto qualquer senso de civilidade, tem a ver com raizes e com cultura. Nacionalismo é bom pois diz muito sobre como pensa, como vive e como reage um determinado povo em um contexto. Ajuda a integrar e a desenvolver nas pessoas um senso de coletividade e sociedade.O problema é quando vira xenofobia, ufanismo... E o carnaval brasileiro está longe disso...
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A diferença entre Rogério Ceni x Marcos
Nessa semana, naquela pesquisa do Globo Esporte a pergunta era quem era melhor, Marcos ou Rogério Ceni.
O goleiro palestrino ganhou com 66% dos votos a seu favor, enquanto Rogério Ceni mostrou que a torcida do São Paulo é realmente grande, e obteve 34% dos votos. Isso é óbvio, pois aqueles que se dizem rivais, se juntam contra o maior clube da capital, o São Paulo Futebol Clube.
A verdade é que, os números não dizem isso. Rogério Ceni tem muito mais títulos que Marcos. A sua média de gols tomados por jogo é infinitamente melhor que a do careca. E se Marcos foi goleiro titular na Copa do Mundo é por pura preferência do treinador da ocasião, porque caso fosse outro, Rogério seria o melhor goleiro da Copa e não duvido que tivesse feito alguns gols.
Vamos a alguns dados, retirados da revista Placar em uma matéria no começo de 2008.
Jogos pelo clube:
Rogério - 821
Marcos - 392
Quase nada! Só o triplo!
Confronto direto:
17 jogos
8 vitórias de Rogério Ceni
4 vitórias de marcos
5 empates
E pra mim, o dado mais importante para uma comparação, a média de gols sofridos:
Marcos: Gols sofridos: 524 (1,32 / partida)
Rogério: Gols sofridos: 965 (1,17 / partida)
E não adianta dizer que o Rogério teve defesas melhores! Rogério Ceni atuou anos com zagueiros como Amelli, Jean, Julio Santos, Reginaldo Cachorrão, Nem, etc.. etc...
faz uns 4 anos só que a defesa do SPFC tomou jeito!
Podem fazer pesquisas ou o que for, só quem é São Paulino sabe que Rogério Ceni é o maior goleiro da história do Brasil. Os outros tem ravia pelo sequinte motivo:
TODOS TEM GOLEIROS, SÓ NÓS TEMOS ROGÉRIO CENI !
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Ixi, mudou de emissora
Eu sei que não se encaixa na idéia de mudar de emissora, mas Casa dos Artistas era muito mais interessante que Big Brother, ou não?
Pânico na TV, perdeu o Silvio e o Vesgo. A Astrid já teve um programa de entrevistas chamado Pé na cozinha que era relativamente bom se comparado ao que ela faz hoje.
segue aí uma nostalgia de videos.
Debate Bola e Programa Livre
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Bons administradores, maus politicos
As nossas universidades, por mais que estejam anos luz das grandes instituições americanas e européias levam ao mercado, logicamente não de maneira generalizada, profissionais extremamente capacitados e com a sobriedade de desempenharem bons papéis como administradores em empresas privadas. Profissionais da Fundação Getúlio Vargas, IBMEC, ESPM, USP entre outras boas escolas entram no mercado de trabalho sempre almejando serem profissionais de destaque.
Não é à toa que há mais de 20 anos os executivos brasileiros são elogiados pela maneira criativa de administrar, de liderar e se fazerem ouvir mundo a fora. Estes líderes surgem exatamente desta gama de estudantes universitários de escolas de ponta do país, em sua maioria.
O presidente mundial da Nissan é brasileiro, o presidente coorporativo da General Electric para América Latina é brasileiro, entre inúmeros outros casos de bons administradores tupiniquins que fazem sucesso no mundo. Isso sem falar nos empreendedores que construíram verdadeiros impérios como a família Diniz, do Pão de Açúcar e o Clã Morais, da Votorantim. E olha que eu nem mencionei outros inúmeros casos menos megalomaníacos.
Infelizmente este perfil de verdadeiros líderes e cérebros da administração privada não se repetem do outro lado da moeda: a esfera pública.
Não existe este grau de profissionalismo ou até mesmo uma renovação política simplesmente porque o Estado não tem o mesmo dinamismo das empresas privadas, que são cobradas pelos empregados, acionistas, opinião pública e clientes. E muito cobradas, pois se ela é mal administrada, os resultados aparecem rapidamente, ela entra em concordata e, de um dia para o outro, pode deixar milhares de desempregados e acionistas revoltados. Neste contexto, é lógico que a palavra resultados acaba sendo o norte a ser seguido. E isso, de maneira geral funciona muito bem em empresas de alto desempenho.
Já do lado público brasileiro, não existe pressão política por resultados, pois quem deveria cobrar os resultados, de maneira geral, não o fazem. Assim como os funcionários públicos também não tem pretensão ou gana de fazerem mais do que lhes é imposto, diferente do funcionário da empresa privada, ávidos por promoções e meritocracia.
No governo, a opinião pública tenta fazer sua parte (ou quase isso), mas os “clientes”, no caso o povo, não se importam com o que acontece com esta administração, afinal de contas, isso não faz parte da vida deles, não é mesmo?
Esta sociedade alheia sustenta sanguessugas que sugam cargos públicos, prefeituras e licitações suspeitas... Alavancam a corrupção e a má administração, tudo com o consentimento de muitos. O pior é que a sociedade sabe disso e finge que esquece.
Porém, ao contrário da má empresa que entra em concordata, o Estado não pode falir, mas deixa sua população à mercê de serviços públicos pífios, como vemos todos os dias na maioria das cidades brasileiras, para não dizer todas.
Enquanto os atores da administração pública não cumprirem seus papéis e não transformarem a máquina pública em uma instituição dinâmica e onde exista a meritocracia de alguma forma, estaremos sempre nos deparando com os mesmos dinossauros políticos que nos assolam.
Por fim, enquanto as boas escolas do país não abrirem os olhos para a demanda latente de bons administradores públicos, não apenas privados, continuaremos com esta triste contradição de ser um país com um potencial incrível para a formação de ótimos administradores, porém com o revés de possuirmos os piores homens públicos.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
NOTAS DE UMA TORCIDA DECADENTE
Há mais ou menos 5 anos me transformei de um torcedor de sofá para um fanático frequentador de estádio. Sempre fiz e faço questão de acompanhar meu time, quem vai ao estádio de futebol sabe que o esforço é compensador e gratificante.
Convivo desde então com uma média de 10.000 irmãos por jogo (le-se jogos normais, excluindo-se fases finais). Por esse dado você deve ter percebido que sou torcedor do São Paulo Futebol Clube.
É fato que a torcida são paulina tem crescido ano após ano, afinal titulos viraram rotina para nosso tricolor. Mais torcida é mais paixão que é igual a mais amor pelo time que é igual a mais vibração, mais energia positiva. Infelizmente não é a realidade do torcedor do São Paulo Futebol Clube.
Tudo que falam da maioria dos torcedores São Paulo é verdade e isso vem se atenuando ano após ano, conforme a torcida cresce. Torcedor de final, torcedor corneteiro, torcedor playboy, torcedor quieto, torcedor arrogante... é o torcedor do silencio.
Na ultima quarta feira estive num Morumbi longe dos padrões de jogos da liberatores, pouco mais que 30000 pagantes. Logo na fila da revista policial pude presenciar uma briga (le-se pancadaria) entre torcedores normais, digo normais pois estavam com sua familia, parentes e amigos. Nunca saberei o motivo da briga, se é que existe motivo visto que era jogo de uma torcida só.
Frequentado em sua maioria por idosos, pais e filhos, casais, etc... o setor visa localizada na arquibancada vermelha acolhe pessoas que normalmente nao frequentam o estadio e procuram nesse setor um pouco de paz, longe de violencia... aparentemente o oposto ocorreu... passei o 1o tempo inteiro ouvindo pessoas se xingarem, pancadarias em variados pontos...irmão tricolores se ofendendo... uns queriam ficar em pé, outros queriam ficar sentados...e o jogo rolando, e os jogadores tentando dar o seu melhor... e os torcedores discutindo uns com os outros... e nao é soh isso... poucos eram os que cantavam e apoiavam ao time... muitos abriram boca só para cornetar... outros ao invés de cantar "SÃO PAULO" cantavam o nome da torcida...
Vejam as frases mais ditas durante o jogo:
“SEU CUSÃO, SENTA NA CADEIRA FDP !
“IMBECIL, TEM QUE FICAR EM PÉ TORCENDO, AKI EH LIBERTADORES”
‘CALA BOCA, SE QUER FICAR EM PÉ VAI LAH COM OS FAVELADOS DA LARANJA!
“EU E MEU FILHO VAMOS TE QUBERAR SE VOCE NAO SENTA NA CADEIRA”
“LUIS FABIANO, LUIS FABIANO”
"HUGO VTC"
"ZE, PEDE PRA SAI"
"MURICY NAO DA MAIS!"
"MATO UM MATO CEM"
É isso ae pessoal... tenho muita inveja de algumas torcidas... esses sao os torcedores que sujam a imagem do São Paulo... termino essa borrifada com uma sensação muito ruim, triste por esta torcida ser assim... vejo hoje a parte da torcida que se considera “a parte boa” preferindo a violencia e a cornetagem...
O São Paulo Futebol Clube é forte, é grande...dentre os grandes será sempre o primeiro... acorda nação SaoPaulo Futebol Cube... façamos por merecer o time que torcemos...
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Você é um borrifador?
Borrifar não é sair por aí, bem desculpe a repetição da palavra, mas sair por aí borrifando em tudo. Borrifar antes de mais nada deve analisar o outro lado. Ou você acha que é fácil ser juiz de futebol? Argentino? E juiz argentino então nem se fala.
Resolvi fazer um teste aqui, é claro que não foi desenvolvido por cientistas ingleses (reparem são sempre cientistas ingleses que descobrem que avestruzes tem atração sexual pelo homem, um bando de a toa), vamos lá anote as repostas e descubra se você é um borrifador:
1- Você lê o jornal e repara que em época de eleição sempre surge “podres” dos candidatos, você comenta:
a) vamos ter que aceitar o menos pior
b) é o Brasil é assim, agora deixa eu voltar para o meu cafezinho
c) Político é tudo ladrão
d) Todas as anteriores
2- O garçom traz todo errado o pedido, você diz:
a) puxa, coitado não entendeu.
b) por isso que é garçom.
c) será que é tão difícil?
d) é melhor não reclamar porque ele vai cuspir na minha comida. Eu cuspiria.
3- Você entra numa loja e é abordado por uma vendedora sorridente, você pensa:
a) ah lá vem mais uma “melhor amiga”
b) vou dizer que só estou olhando para ela ir embora logo
c) ah, se ferrou. Vou fazer ela mostrar todas as blusas do estoque e desdobrar tudo aqui na minha frente
d) nem entra na loja, já dá meia volta.
4- Você pode retirar um programa da televisão, qual seria?
a) Domingo Legal
b) Faustão
c) Márcia gold alguma coisa
d) Zorra Total
5- Qual notícia é mais “relevante” para você no Jornal Hoje do dia 1º de janeiro:
a) Iemanjá é homenageada na Bahia
b) Enchentes em Minas Gerais
c) A virada pelo mundo, começando com “A Austrália foi uma das primeiras a receber o novo ano com um queima de fogos....”
d) “A festa da virada no RJ foi debaixo de chuva, mas na areia foi tudo quente com uma queima de fogos de 20 minutos.”
6- Qual a frase mais irritante da TV:
a) Galvão Bueno com o seu: estava conversando esses dias com o Felipe Massa e ele me dizia...
b) Chamadas para filmes da sessão da tarde que usam confusão: e a confusão ta armada, juntou esses dois e a confusão tá feita, isso tudo vai dar uma divertida confusão...
c) E no próximo bloco você vai ver.... aguarde
d) Após os reclames do plin plin.
Se você respondeu a 1, 2 e 3 A, você não é um borrifador. Aliás , quem é borrifador borrifa em testes também. Borrifador que é borrifador não faz teste. Afinal “descubra se você colocamentos a frente da sua carreira?” ou "veja se você é estressado" Por favor, um teste vagabundo vai dizer quem você é?
Faça me o favor.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Bronzil - zil - zil!
Bom, estreio hoje minhas borrifações semanais, já que por problemas de tempo e agenda não consegui postar na semana passada.
No carnaval da Globo...
O grande problema é que, ao invés de se aproveitar de sua grandeza, a Rede Globo prefere o comodismo, o terceiro mundismo e a hipocrisia que reflete nos seus telespectadores. E a transmissão do Carnaval reflete bem onde quero chegar.
A quantos anos não é o mesmo esquema? Antes do carnaval, a Globeleza, que parece que está sempre com a mesma pintura. Os puxadores e meia dúzia de mulatas, com a legenda embaixo. A Leci Brandão comentando os desfiles. O Kubrusly fazendo entrevistas. E o que mais me irrita, os 3Ds da globo! Eu acho incrível como a tantos anos os 3Ds da Globo são feitos de forma amadora! Parecem WordArts modificados, e agora colocam também um palhacinho ou um gordinho e falam como se fosse a última maravilha da tecnologia! Qualquer TV de 3º escalão dos EUA, da Europa ou de outro país desenvolvido consegue fazer logos, chamadas e aberturas de programas com qualidade 20 vezes superior ao da Globo, que tem muito mais dinheiro para tal. Essa mesmice me deixa estarrecido! Parece que entra ano e sai ano é a mesma coisa.
Outra coisa que reflete no povo são as atitudes da Globo. Como a Globo pode cobrar do brasileiro a educação, a pontualidade, a organização, se há anos e anos tem os direitos de transmissão do futebol e atrasa propositalmente o início dos jogos para a sua conveniencia. Altera horário de jogos não se importando com as milhares de pessoas envolvidas no espetáculo. Dá uma atrasadinha na novela. E o pior, quem é fanático por futebol sabe como é a véspera de um clássico ou jogo importante, e quer ficar ligado de tudo, da movimentação do estádio, a escalação dos times, os bastidores, chegada dos ônibus, mas a Globo muitas vezes só passa a escalação dos times quando a bola já está rolando! E nós não temos escolha, tem que ser pela Globo ou não assistimos!
As chamadas, teasers e propagandas da própria Globo são as que mais me irritam. Quem não odeiam aquele locutor falando sobre os filmes : “uma turminha do barulho vai fazer o Domingo agitar...”- ou então no futebol: “um jogão de arrepiar! São Paulo e Corinthians!” PQP, pro inferno. Olhem as chamadas da NFL, da NBA, ou mesmo da Champions League ou da Liga Australiana de Rugby. Aquilo emociona, chama público, faz o evento render, cria expectativa, chama anunciantes, cria um clima para uma experiência sem igual. Quando vemos um Morumbi ou Pacaembu em dia de semana com um público de 5 mil pessoas, não devemos culpar aos clubes ou aos torcedores, a real culpada é a Rede Globo!
Mas você acha que eles estão ligando? O pensamento lá é o seguinte, fazemos isso a anos e a nossa audiência continua incrível, pra que mudar então? Pra que mandar o cara dos 3D embora? Aliás, peguem os logos das telenovelas dos últimos 20 anos. Vocês verão que no máximo 3 ou 4 fontes foram usadas. Não muda! È sempre a mesma bosta. E tanta gente boa de criação e design sem emprego por aí...
É meus caros, a Globo reflete o Brasil pela quantidade de gente que atinge. E eu não disse que ia ter um monte de gente procurando fantasia de indiano? Aqui no blog um monte de gente entra porque procura isso no google e acha o meu texto sobre a modinha das ´”Índias”.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Até tu Rodolfus? - A copa do mundo é nossa
Volto algumas semanas atrás quando assistia ao Super Bowl e fiquei impressionado. Toda organização, desde a divulgação, venda de espaços publicitarios que teve seu recorde, mesmo em tempos de crise, shows antes do jogo na entrada do estádio, o jogo em si e o ponto alto o intervalo com um show espetacular do Bruce Springsteen em um palco montado em 5 minutos, com pessoas assistindo ao show no gramado e ao final dele, tudo é desmontado na mesma rapidez e o gramado não sofre nenhum arranhão.
Já aqui no Brasil o máximo que temos é o Zezé di Camargo gemendo e estragando nosso hino num jogo da seleçao. Mas como todos sabem em 2014 iremos sediar nossa segunda Copa do Mundo e faço uma pergunta a você que está lendo esse post, o Brasil tem estrutura suficiente para sediar um evento dessa grandeza?
Uma Copa não se trata apenas de jogos de futebol, mas sim de um dos maiores eventos do mundo, se não o maior, e diversos pontos devem ser considerados, vou levantar alguns e vcs tomem suas próprias conclusões:
- Segurança: não apenas nos estadios, mas como também no restante dos dias. Temos isso aqui?
- Transporte: Público? Mas e se alugar um carro ou usar taxi, como é o transito?
- Sáude: e se ocorrer algum acidente em algum jogo, temos estrutura para atender os feridos?
- Infraestrutura de turismo: Temos hoteís suficiente para delegaçoes e visitantes? Transporte aereo, é organizado? E o transporte rodoviário, como são as estradas Brasil a fora? Trens? Temos estabelecimentos, como restaurantes e lanchonetes suficiente para todos os turistas?
- Infraestrutura esportiva: Algum estadio brasileiro está habilitado para receber um jogo de copa do mundo, com estacionamento, lanchonetes, etc? Há locais de treinamentos decente para todas as delegaçoes nas cidades sede?
Poderia ficar mais algum tempo citando algumas premissas necessárias para que um país seja sede de uma Copa. Muitos pensam que a realizaçao de um evento desse em nosso país resolveria todos nosso problemas, já ditos acima e ainda fomentaria nosso turismo durante muitos anos. Nao acho isso de todo errado, creio que até poderia ajudar, mas o problema é q mtos mantém isso como uma unica esperança e enganam o povo não fazendo nada de realmente efetivo para sanar nossos problemas. Para esses esperançosos eu pergunto, que herança de tão valiosa o pan deixou para rio além de uma vila pan-americana abandonada?
Termino com uma frase que já ouvi algumas vezes e creio que cabe totalmente a esse post: “O Brasil não é o país do futebol, mas sim o país dos jogadores de futebol.”
Deixo aqui um vídeo com um pouco do show do Bruce Springsteen no Super Bowl XLIII e um outro com o tal filho do franscisco.
Covidada Especial - Nervos à flor do asfalto.
Por isso, o post além de fazer sentido, também serve de alerta! Pessoal, vamos valorizar as boas regras que ainda temos no trânsito! É como na chegada da marginal à ponte da Cidade Jardim que obriga todos os carros que vão entrar na ponte, se manterem nas faixas da direita desde a ponte da Rebouças. É assim! Vamos respeitar! Sem querer dar de malandro cortando pelas faixas da esquerda e depois xingar o bobo que ficou 20 minutos na fila apenas para ser respeitoso com os outros bobos no trânsito por que ele não quer te deixar entrar. Essa também é uma boa regra – vamos mantê-la. Assim, o dia que você de fato precisar entrar em cima da hora nas faixas da direita, cortando toda a fila, as pessoas vão te dar passagem, acreditando que você tenha simplesmente descuidado do caminho.
Por Debi Gorgulho*.
Debi Gorgulho, é publicitária, acompanha o borrifando a um tempinho e conhece os borrifadores a um tempão! É a primeira a mandar a sua borrifada para nós.
Gostaria de lembrar que domingo é o dia em que publicaremos textos de convidados especiais, borrife você também.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
"It´s a full time job being a Brazilian girl"
Mais especificamente ainda nas mulheres do estado de São Paulo para baixo.
Para Andy, Ben, Gastón e Nicholas, respectivamente escocês, britânico e dois argentinos, ficou claro que as brasileiras do cone sul são sim, lindíssimas, porém absolutamente posers, não permitindo abertura para nenhum tipo de conversação mais franca. Também compartilho da mesma opinião.
Logicamente que não estou generalizando, porém a capacidade de conseguir algum tipo de sucesso com esse tipo de mulher é baixa se você não lhe pagar uma bebida (ou várias) ou tiver menos que 37 cm de braço.
Você chega dançando, como quem não quer nada, elas olham, subestimam, aí se viram e continuam matando baratas, porque no fim do dia, elas não estão dançando, estão apenas desfilando e fazendo os mesmos passinhos malucos. Os gringos até faziam piada dessa atitude falando: “It´s a full time job being a Brazilian girl”, a respeito da preocupação extrema das brasileiras em estarem sempre impecáveis por fora e totalmente intransponíveis por dentro. Se existe aquela campanha da Dove pela real beleza, eu lanço aqui o meu desafio da "Campanha Petrescu pelas mulheres acessíveis"...
Mas até aí tudo bem, até dou pausa para tomar um nobre whisky, porque eu estou extremamente familiarizado com este estilo de mulher, afinal, eu sou de São Paulo! A capital mundial das mulheres metidas a besta. O que me surpreendeu mesmo foi quando fui falar com argentinas ou com mulheres de outros países, que lá não era assim uma raridade de se encontrar.
Conheci uma argentina na balada, infelizmente já com o namorado. Aquilo sim era uma pessoa simpática e diferente. Conversava, dava abertura, ria, dançava de verdade e estava pouco lixando se a maquiagem estava indo para o espaço. Resumo da ópera: Estava se divertindo, conhecendo gente nova e não deixava, contudo, de ser extremamente charmosa.
A coisa só mudou um pouco em Florianópolis. Eu fiquei em um albergue com diversos argentinos, afinal eu talvez fosse o único brasileiro da praia, sem brincadeira. Conheci argentinas e uruguaias em menos de 3 horas no albergue e já saímos para nos divertir. Foi uma experiência bacana ver como é diferente a relação entre mulheres e homens em outros lugares e que não precisa existir este extremo joguinho de arrogância que existe de São Paulo para baixo.
Eu disse que “a coisa tinha mudado um pouco em Floripa” porque conheci uma ou outra catarinense na balada, mas se eu for somar as mulheres simpáticas que conheci, as gringas são maioria.
Eu até entendo que as catarinenses sejam um pouco deslumbradas, já que elas são realmente muito bonitas e fazem questão de cuidar do corpo como todas as brasileiras, ficando assim extremamente elegantes, bonitas e interessantes. Porém igualmente “intransponíveis” quando não se é de nenhuma panelinha local ou o boy maromba da rave.
Mas não entendo de maneira nenhuma as paulistanas serem extremamente arrogantes e complicadas na hora de se conhecer, porque além de não serem exatamente as mulheres mais bonitas do mundo, elas se sentem como fossem.
Gostaria de ter alavancado minha experiência com outras argentinas ou pessoas de outra parte do Brasil, porque quando um britânico acusa os brasileiros de serem arrogantes, alguma coisa está muito errada na ordem mundial. Mas quem sabe algum dia, se eu tiver meus 40 cm de braço...
Por fim, para acabar com o soneto de hoje e objetivando mostrar o meu extremo respeito a este tipo de mulher e o que a maioria de nós, homens, apenas queremos com vocês, convido todos a assistir e gozar de 2 minutos bastante divertidos com o clipe de meu grande amigo americano, o mano Jon Lajoie. Ele é bom porque além da letra, manda muito bem na dancinha do refrão. Para quem não sabe, sou um grande entusiasta de dancinhas. Favor todos treinarem em casa. Eu estou.
Espero que gostem tanto do clipe quanto eu gostei de borrifar neste tipo de perua.
Abçs,
Petrescu
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Vestibular, o inútil necessário
*aluno estudiosos que geralmente tem seu lanche roubado por outros alunos ou são obrigados a pagar coxinhas e pães de queijo para toda a turma na lanchonete da escola.
Segunda Parte – A prova - já pegou sua barra de cereal?
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Bushit
O que não faltou foram críticas ao ex Presidente George W. Bush. Aliás é W do que?
Os 8 anos de Bush foram marcados por muitas polêmicas como armas de destruição em massa, pessoas com barba e bigodes escondidos no Oriente Médio, etc. Mas se há algo que também marcou foram as lambanças.
Bom segue aí um vídeo do Top Ten do David Letterman, aquele que o Jô Soares copia. Esse “top 10” tem sempre um tema diferente. Vale uma busca no you tube por outros.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Borrifada de Quinta
Bom, lá vai minha borrifada que é sempre destinada as quinta-feiras.
Em breve teremos eleições. Acompanhando o jornal, agora com novas presidências na câmara no senado, a corrida presidencial parece que vai ficar muito interessante. O PSDB precisa escolher ainda entre Serra e Aécio qual será o candidato a presidente. A princípio algumas pesquisas mostram que o Serra é muito melhor aceito, e é aí que fica interessante o negócio.
Há uma proposta de lei, que veta a reeleição e garante governos de 5 em 5 anos.
A capa da Veja, que só pude ler agora, trouxe uma matéria sobre o fato de jogadores de futebol, no caso Robinho dentre outros, agirem como crianças e só querem festejar. E ta borrifando porque?
Queria ver se você tivesse 25 anos e ganhasse 1 milhão por mês, morando na Europa sendo famoso. Ia sim ficar em casa tomando chá das 5. também não podemos ser radicais e borrifar em tudo. A falta de profissionalismo atrapalha o desempenho dos atletas em campo.
Esses caras precisam assistir a palestra:
"Como fazer putaria apenas fora de campo"
Palestrante Denilson.
Aliás acho que ele devia fazer isso da vida ao invés de jogar bola com o vereador Túlio antes Maravilha.
E para terminar essa semana de borrifações, tive uma experiência muito engraçada no shopping. Eu não sou o tipo de pessoa que gosta de vendedores. Todos sorridentes como se fossem seus melhores amigos e acordassem na melhro dia de suas vidas. Bom, mas aí vai uma experiência para você ver o poder da falsidade que o ser humano é capaz para ganhar dinheiro.
A começar pelos jargões:
- Qualquer coisa é só me chamar, eu sou o Anderson
Tradução: olha, o sistema aqui é rotativo você deu azar de cair comigo, quero ficar com a sua comissão.
- Mas a pessoa é meio fortinha? Tem ombros largos?
Tradução: é gorda?
Escolhia presente e fiquei na dúvida. Um era azul e o outro era verde. Experimentei dizer que gostei do azul, veio rapidamente a vendedora:
- Nossa, eu gosto muito do azul. Acho que ele fica bem para usar com qualquer roupa, a noite para sair assim.
Foi como ouvir elogio de mãe sobre a sua roupa, não vale nada. Resolvi falar:
- Mas acho que gostei mais do verde.
Veio a resposta:
- Ah, mas esse verde é muito bonito, gosto bastante dele. Acho que fica bom para qualquer ocasião.
E é claro que veio seguido aquela clássica de vendedor que acha a gente rico:
- Mas se tiver na dúvida, leva os dois.
Acho que eles fazem isso para deixar a gente desconfortável.
Acabei escolhendo, achei que tinha acabado. Porém essas coisas de fazer compras só acabam quando ouvimos:
- e pra você não vai levar mais nada? Eu tenho aqui....
Bom, mas experimentem, ir a uma loja falar que gostou do produto X, veja vendedores falarem super bem dele. Depois diga que é o Y que você gostou, e ouça o mesmo discurso.
Ah, uma dica também, para homens: fiquem longe de lojas com atendentes muito bonitas. Sabe como são mulheres bonitas, é difícil dizer não.
Borrifada de quarta adiada
Quero dar uma borrifadinha então nos corinthianos. Estão revoltados com o fato de terem apenas 10% dos ingressos do clássico contra o SPFC. O que representa 6.800 ingressos.
Do jeito que estão falando parece que sempre estão com uma torcida gigante no morumbi , que dividiam com o São Paulo, mas não é isso que se vê no vídeo abaixo. Imagens do último jogo entre SPFC x Corinthians em 2007.
Será que tinham 6.800 corinthianos ali? Tirem suas conclusões:
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Grafite: arte ou hipocrisia urbana ?
A minha primeira recuperação na escola foi
Até hoje eu nunca vi uma definição convincente sobre o que pode ser considerado arte e o que não deve, e com isso, a malandragem brasileira aparece novamente, e chego então a um grupo grande que se esconde por trás dessa indefinição da arte, os grafiteiros.
Eis a definição que achei sobre o grafite: “A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos.” – O erro já começa por aí. Duas indefinições em uma definição só, além de “manifestação artística” , como pode ser definido o “espaço público’ ? Espaço público pertence à prefeitura, a todos os habitantes ou somente aos habitantes engajados com uma cultura superior aos outros e que portanto tem o direito manifestar a sua ideologia?
O engraçado é quando os grafiteiros não vêm do suburbio, pelo contrário, estudam em faculdades caríssimas. Em junho de 2008 um episódio me revoltou. Seis jovens entraram no prédio da Belas Artes
Fazendo desenhos nas paredes da faculdade em que eram bolsistas, esses jovens queriam conscientizar a população sobre as pessoas que estavam passando frio lá fora e com isso mudar um pouco a situação que se encontra o nosso país, nem que para isso tivessem que agredir os seguranças e a secretária, que com certeza são burgueses , pagadores de impostos, e portanto culpados pela situação do país!
Aposto que vai ter gente vindo aqui pra dizer que eles não eram grafiteiros, eram pichadores. Tudo bem, vamos atravessar a rua e entrar em outra faculdade onde a mensalidade é ainda mais cara, a ESPM. Nela existe um cidadão que se auto-denomina como “Mundano”.
Ele alega que a sua luta principal é contra o cinza. Que o cinza é feio e a cidade precisa de cores. Defendendo a sua teoria, ele desenha e pinta em prédios públicos, obras de arte, prédios privados, e até em frente ao glorioso estádio do Morumbi. Seus desenhos são de seres com o nariz gigante, olhos vesgos e boca de monstro. Se orgulha por ter pintado mais de 20 vezes uma obra no ibirapuera, em que um outro artista fez um quadrado cinza, e ele não concordou com a representação e portanto acha que a dele é mais importante, assim, pinta toda vez que a prefeitura gasta o nosso dinheiro com tinta cinza pra arrumar a obra.
O que esse imbecil tem na cabeça pra achar que todo mundo prefere o desenho escroto dele na cidade inteira do que a cor cinza? Ele fez alguma pesquisa de mercado? Será que ele acha que as pessoas ficam tocadas com as suas reivindicações baratas e sem profundidade?
Na teoria é muito bonito dizer que o grafite é ligado à cultura Hip Hop, que o grafite é a manifestação dos jovens do subúrbio, que grafiteiro não é bandido, é artista. E é aí que a nossa imprensa politicamente correta erra. Erra em não dizer o que acontece na prática, erra ao pisar em ovos ao divulgar notícias de vandalismo, erra ao pensar que esses jovens são politicamente engajados e se inspiram na arte pra não cometer crimes ou usar drogas. Na prática o que vemos é uma cidade cada vez com mais letras ilegíveis, dinheiro público sendo gasto na pintura dos locais. E muito cidadão de bem se fudendo pra limpar a porta da sua loja ganha pão do dia a dia, porque algum maluquinho cheirado escreveu : “Descaso” na sua fachada.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Até tu Rodolfus?
Tenho o prazer de iniciar essa nova fase do borrifando.
“Motivador” (do latim eu era preguiçosus)
“Surpreendente” (do latim não esperava porras nenhumas)
“Educativo” (do latim eu sou burros)
A minha resposta: “Chato”
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Vós borrifais...
Borrifar é a arte de falar mal daquilo que te incomoda, sem meias palavras, sem hipocrisia, dizer a verdade! E botar pra fora tudo aquilo que ninguém tem coragem de falar. Borrifar é ser azedo, sarcástico e nervoso ao mesmo tempo! Borrifar é cutucar para gerar discussão.
Gostaria de lembrar que todos nós temos opiniões diferentes e nem sempre concordamos com o que o outro escreve, e se isso acontecer, borrifaremos nos comentários! Aliás, gostaria de agradecer e incentivar para que façam de novo, todos os que nos xingaram ou discordaram veementemente de nossas palavras. Fiquei muito feliz quando alguns de nossos posts tiveram enorme repercussão no orkut, e é essa a intenção do blog, gerar discussão, sem hipocrisia!
A rigor a semana vai ficar assim:
Segunda - Rodolfus
Terça - Paulo Dragocinovic
Quarta - Phill Barros
Quinta - Pedro Tadashi
Sexta - Kiko Botones
Sábado - Diogo Petrescu
Domingo - Convidados especiais... se você quer escrever ou tem algum amigo que quer escrever, manifeste o seu interesse por meio de comentário que entraremos em contato.
Morte aos politicamente corretos, e obrigado aos simpáticos militares do exército brasileiro! Serão sempre bem vindos. Um dia faremos outro texto falando sobre as incríveis missões que o Lula dá pra vocês !
Deixo aqui para a diversão de todos, um vídeo do tricampeão Nelson Piquet, em que o conceito de borrifação está implícito! Uma semana sem hipocrisia a todos!!
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Mau humor
Borrifo naquelas pessoas que comentam o Fantástico na segunda como se fosse a maior verdade do mundo, que o homem não pousou na lua. Borrifo também nas pessoas que insistem ficar nas portas do mêtro, e mais ainda quando ficam paradas no lado esquerdo da escada rolante.
Motoqueiros que não são motoqueiros e vivem atrapalhando o trânsito com suas Hondas Biz, carrocinhas de papelão, adolescentes e crianças em sala de cinema, pais que lêem legenda para filhos no cinema, pô pq não leva em filme dublado!
Borrifo em taxista quando estão com passageiros e fazem questão de parar em qualquer sinal amarelo.
Borrifo nas matérias do Globo Esporte que querem sempre fazer metáforas, “ A lua estava cheia (imagem da lua sendo focada), para iluminar um jogo de estrelas”; nos 3Ds ridículos da Globo, e mais ainda quando eles adquirem uma nova tecnologia e ficam meia hora explicando o que é a “câmera de ângulo invertido”.
Borrifo em época de copa do mundo, quando quem nunca vê futebol além de cornetar não entende a regra do impedimento e fica "ah por que parou a jogada?". Pessoas que apertam enter a cada frase feita no MSN, sem falar nos q eskrevem axim huahuahua, borrifo nos emaisl de trabalho com o “para seu conhecimento”, isso quando não vem um FYI.
Borrifo a poça d’ água que fica invisível dentro de casa e insiste em molhar a meia, nos potes de sorvete que guardam feijão congelado, na avó que acha que o telefone da tv é o mesmo de casa. Borrifo no idiota que fica fazendo emails com PowerPoint que chegam na minha mãe, que além de alugar o computador por 30 min, ouço som de Celine Dion; isso quando não é um email avisando de um novo golpe que ela insiste revelar (escandalizada) na mesa de jantar.
Borrifo nas capas “imparciais” da Veja, como “7 motivos para votar sim ao referendo”; em carioca que acredita que o Flamengo é um time muito bom e que vai ser campeão da Libertadores, nas pessoas que fazem sinal positivo avisando que querem cortar a sua frente, e nós como pessoas educadas deixamos. Poderia passar 3 dias borrifando em telemarketing, mas quero borrifar em nós que insistimos nos bons modos e não desligamos na cara logo.
Borrifo naquele que fala do político que rouba, mas leva copo de bar (sem o bar saber, é claro) para casa. Borrifo em gente que carrega livro do Dosteivski debaixo do braço, e nunca lendo, é claro; borrifo muito em estudante de faculdade particular de mais de R$2500 com camiseta do Che Guevara; borrifo em gente que diz só bebo Brahma , mas não sabe distinguir de uma Skol.
Borrifo em moleque que quer pagar de malandro com cigarro de canela, em mina que acha que temos drogas e fica dando em cima da gente; o que me faz lembrar mina no exteriro que transa com roupa com a gente e não quando vamos beijas diz F* off; em pessoas que tem asas e não sabem voar, onde já se viu o Kaka casar virgem?
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Outdoor da vez: Abercrombie & Fitch
Este mundo cíclico dá sustentabilidade a fenômenos como os modismos. E todos sabem que nosso mundo é focado e voltado principalmente para a imagem e para nosso estranho hábito de querer ser o galo do pedaço. Se você não tem um corpo bacana e um rosto bonito, tem que provar ao que veio e porque veio. Posso entrar no mérito da relação “beleza vs. poder”, mas vou borrifar a respeito deste assunto uma outra hora.
O meu caso hoje é falar das marcas da moda. Vou dizer que gosto de roupas e tento seguir uma linha de vestimenta que reflita as coisas que gosto, como, por exemplo, vestimentas antigas. Mas dentro do modo de enxergar a moda e as roupas, nunca passou na minha cabeça virar outdoor de grifezinhas de marca.
Vou fazer uma linha cronológica:
1998: Ralph Lauren e suas camisas pólos
2000: Guess
2002: Quicksilver
2005: Von Dutch
2006: Armani Exchange ou A/E nas baladas
2008: Abercrombie & Fitch
Por que todo boy gosta de ficar fazendo propaganda de marca que não existe no Brasil? Só para mostrar quanta grana tem? Fui para praia no fim do ano num lugar onde a concentração de playboy era maior do que a de corintianos em Itaquera. Era todo lado a mesma coisa. Abercrombie & Fitch.
Fico imaginando que se eu fizer uma marca, digamos que se chame “Petrescu & Barros” com estampas garrafais em camisetas lisas e colocar a um preço ridiculamente caro para os padrões brasileiros. Bingo! Vou ser a nova sensação da balada. Um monte de paulistanos de cabelinho cacheado, estudante da FAAP, ouvidor de Jack Johnson e que ganhou um SUV coreano do pai estará me vestindo!
A fórmula é a mesma, só muda o nome. Podem ver.
Eu só fico imaginando qual será a nova marca que os outdoors ambulantes endinheirados estamparão em seus corpos no próximo verão.
O mais contraditório é que são os mesmos caras que subestimam o poder das próprias marcas hoje, que adoravam elas outrora. Tente achar um boy com um boné Von Dutch agora. No mínimo ele vai dar risada da sua cara e falar que virou “coisa de baiano”.
Isso só serve para mostrar como esse pessoal tem cabeça de ostra e vai na onda do que está abalando. No fundo, não passam de jovens desesperados por atenção e por auto-afirmação. Provavelmente tenham o órgão reprodutor masculino com tamanho abaixo da média.
Você pode facilmente encontrá-los nas baladinhas cools de São Paulo como Museu e Hotel. Como identificá-los? Eles usam roupas dois números menores para ficarem com os músculos, recém-comprados por anabrochantes, aparentes.
Afinal, quanto maior o carro dado pelo papai e menor o tamanho das roupinhas da moda usada pelo Caco, personagem que reflete essa filosofia, menor o tamanho de ambas as cabeças do rapaz... E maior a visibilidade desses outdoors endinheirados ambulantes.
Ps. 1 A camisa da foto eu fiz para ilustrar a marca Petrescu & Barros de maneira irônica, mas ficou tão legal que eu vou produzir só para borrifar.
Ps. 2 Estou indo para o sul do Brasil contando os centavos, torçam por mim. Relaxem, não vou para o Rio Grande do Sul.
Ps. 3 Pessoal, alavanquem o blog com seus amigos e conhecidos, estamos com planos ousados e em breve teremos novidades. Fiquem atentos...
Ps. 4 Estarei levando um caderno e maquina fotográfica porque provavelmente meu próximo texto é borrifando nas mulheres paulistanas. E nenhum lugar melhor para tirar conclusões do que Santa Catarina. Ou Minas.
Até mais.
D. Petrescu
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Verdade seja dita: O Brasil não tem mais jeito.
Antes de qualquer coisa, eu sou brasileiro e defendo meu país em tudo que é possível, além disso torço como um louco em qualquer tipo de competição ou comparação com outros países, seja no esporte ou seja num ranking de IDH. Mas depois de tudo que vivi, aqui e no exterior, cheguei a uma conclusão: É preciso encarar a verdade, o Brasil não tem jeito.
O Brasil não tem jeito porque as “vitórias” trabalhistas e democráticas que tivemos nos últimos anos abriram brechas para atender a diversos direitos de públicos diferentes, com isso diversas leis, emendas e brechas foram criadas e a comlexidade de tudo que pode e não pode transformou o Brasil num país tão burocrático que somos o país livre onde é mais difícil de se fazer qualquer coisa!
Talvez não tenha ficado muito claro, mas a rigor se você é assaltado por um cara na porta da sua casa, não adianta processá-lo porque o cara nunca vai ser preso e você vai gastar dinheiro e tempo durante anos com o processo. Outro exemplo é que, se você possui um pequeno negócio, não vale a pena contratar um funcionário para executar funções básicas porque se um dia você precisar mandá-lo embora vai ter que fechar o seu negócio.
A burocracia que é maior no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo e a alta carga tributária pra mim são reflexos de um sistema político que começou errado e que acontece por um simples motivo: O BRASIL TEM MUITA GENTE! E isso que achamos bonito de falar lá fora, que no Brasil tem gente de todo tipo, pra todos os gostos, que nossa cultura é uma grande miscigenação, talvez tenha sido o começo de nossa desgraça. É impossível atender às necessidades e direitos tão diferentes de tanta gente. E isso ganha forças quando vemos um sistema político burro e complicado, onde para se colocar um poste em uma rua são necessárias aprovações da câmara, do senado, do secretário, do sub-prefeito, do prefeito, da esposa do prefeito, do amante da prefeita e do jornal regional da rede globo.
Não é tão difícil assim entender o porquê do meu raciocínio. Tente ir a um lugar próximo, que sejam 2km,
E é por isso que eu prefiro falar que desisto, que pretendo começar a minha carreira aqui e se possível, um dia trabalhar e morar no exterior, do que dizer que acredito no Brasil e não me filiar a um partido político e me engajar em campanhas para um dia ser um líder público e mudar isso. Mesmo porque, existem bons políticos, mas mesmo sendo presidente ou governador, o seu poder é muito restrito. Ninguém manda no Brasil! Punks e rebeldes sem causa, comemorem! Nós vivemos em uma anarquia mascarada! Onde todo mundo pode tudo e ninguém pode nada.