Primeiramente gostaria de parabenizar os textos do meu xará Pedro Caramuru, e dos nossos queridos Kiko e Paulo.
olha essa agora:
É o STF diz que não é preciso ter diploma de jornalista para exercer a profissão. Vamos a declaração do presidente do STF Gilmar Mendes:
"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade (aaahhh!) tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão".
O presidente da Federação dos Jornalistas comentou não acreditar na decisão do Supremo tribunal não exigir estudo, e reforçou: “Vamos usar a criatividade para garantir que a profissão seja exercida com ética”.
Hoje muitos trabalham com jornalismo e não possuem o diploma, mas as frases dos dois discursos chegam a levantar uma questão já muito discutida: a ética.
Graças ao curso de jornalismo é possível não só aprender a realizar investigação, buscas por informações,etc. Mas também, o mais importante, como passar informação. As notícias, sejam elas na TV, rádio ou jornais são para as pessoas o que há de maior aceitação quanto a sua veracidade. Tornando assim os jornalistas como principais influenciadores da opinião pública. Esse é um dos maiores poderes que há. Como o cidadão presidente do STF diz que não há interferência no coletivo?
É um exemplo clichê, mas ainda assim expõe as questões sobre o poder da notícia, é o caso da Escola de Base. Vários setores da imprensa publicaram o caso de haver abuso de menores. Pronto acabou a vida dos donos da escola, acusados de molestar criancinhas. No fim não aconteceu nada disso. Mas foi o suficiente para os velhinhos donos da escola ficarem loucos e apedrejados. Veja a história completa aqui.
Mas esse é o típico exemplo do porque deve haver formação e capacitação dos profissionais.
O jornalismo não é só notícias, é uma utilidade pública. O caso Watergate, e recentemente o Mensalão são exemplos de coisas positivas que o jornalismo trouxe.
Espero que os jornalistas de formação continuem como sendo os preferidos para a vaga de jornalismo, e que essa profissão consiga se reerguer e fazer valer o juramento de ser jornalista.
Deixo aqui um trecho de uma jornalista que trabalha no Profissão Repórter da Rede Bobo, Globo. Aliás, se puderem acompanhem o programa que é muito bom e visitem o site que é bem legal. Por meio desse programa é possível ver que não é nada simples e quantas coisas exigem ser um bom jornalista.
abaixo o depoimento da repórter Mariane Salerno sobre a reportagem de Curitiba para o programa “Um ano da lei seca”:
Quando se chega a uma cobertura um mês depois do ocorrido, corre-se o risco de ter de enfrentar certos incômodos. No caso do acidente com o ex-deputado Fernando Carli Filho, que matou dois meninos em Curitiba, em maio deste ano, encontramos alguns.
O caso teve muita repercussão e foi bastante noticiado e, apesar de eu nunca ter pisado na cidade, ouvi muitos: “vocês de novo”, “vocês não cansam, não?”, “você não pode usar a entrevista do jornal local?”, “mas todo mundo já divulgou isso”, “usa o arquivo da Rede Globo” etc. A única testemunha do acidente não queria ser incomodada. O delegado do caso se incomodou com as perguntas. O dono do restaurante, onde o então deputado bebeu antes do acidente, também ficou extremamente incomodado com a nossa presença. De uma forma geral, pessoas importantes para o esclarecimento dos fatos estavam incomodadas por receber jornalistas mais uma vez, repetir entrevistas, coisa e tal.
Mas, por outro lado, tinha o incômodo das famílias das vítimas. Eles, pais e irmãos de Rafael Gilmar e de Carlos Murilo, estavam muito incomodados com os quartos vazios, com os objetos encaixotados, com os planos interrompidos, com a falta daqueles abraços, com os lugares sobrando na mesa do jantar, nos almoços de família, com as perdas irreversíveis. E foi com esse incômodo que eu me incomodei. E, por ele, eu enfrentei todos os outros incômodos e seus incomodados.
Video de dep. defendendo o diploma
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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2 Comentários:
Cara , é por essas e outras que eu digo, e repito que o nosso país não tem jeito!
Juro, imagina a quanto tempo isso ta sendo discutido? 4 horas no supremo pra tomar a decisão. ISSO NÃO DEVERIA NEM SER COGITADO!
tanta coisa muito mais importante a ser resolvida... e cada vez mais eles conseguem piorar o que já era ruim !
Imagina agora se eu resolvo transformar o borrifando em um jornal impresso. TEmos o direito de entrar para o sindicato dos jornalistas! E caso algum de voces briguem comigo, podem entrar na justiça e me processar dizendo q eu nao pagava salários!
Sério.. é um absurdo esse país! Eu não vejo a hora de me mandar daqui de novo...
Eu vi essa reportagem sobre 1 ano de lei seca na sexta passada. Foi muito boa e de fato, a cada vez que assisto, gosto mais do programa. Em geral sao reporteres recem formados, que ainda tem a vontade de ir atras sa historia verdadeira, de mostrar ao publico um novo angulo, enfim..
E sobre essa reportagem, é imperdível a entrevista com o delegado. Imperdível.
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