Não foi fácil ver o time perder do Fluminense no último minuto no ano passado. Não foi fácil fazer contas por quase 5 meses até o triunfo contra o Goiás na última rodada do brasileiro de 2008. Não foi fácil aquela semana em que empatamos com o Fluminense no Morumbi e toda a imprensa cantava uma reviravolta do Grêmio. Também foi terrível a eliminação contra o Internacional em 2006 e em 2004 contra o Once Caldas. Voltar a ser freguês do Corinthians no paulista, ver o Rogério Ceni, nosso maior expoente se machucar e nos desfalcar para nossa maior obsessão. Entre outros fatos mais ou menos marcantes para um ou outro torcedor.
Então eu digo que existem, ao contrário de recalcados por aí, são paulinos de verdade em escala muito maior do que vocês imaginam. É só ver que o São Paulo Futebol Clube é o time que mais coloca gente dentro de casa na Libertadores na frente de qualquer time. Boca, Grêmio, Cruzeiro, uruguaios. E incentivamos até onde podemos.
Foi o que fizeram 53 mil são paulinos nesta quinta (acho que tinha mais do que anunciaram, mas...) até a iminente desclassificação. Aí não deu. Após meio ano sem entrar em campo e sendo eliminado de maneira covarde tanto do Paulista como da Libertadores, salvo alguns atletas como o André Dias, os tricolores chegaram ao seu limite, mas como sempre, de maneira classuda e sem desmerecer o passado gritaram o nome do Muricy até o fim. Tenho certeza de que todos estavam doídos e amargurados, muitos, talvez, até pensam que o Muricy fora seria melhor, mas naquele momento o grito de alento ao Muricy era muito mais uma forma de gratidão e muito obrigado do que satisfação com o que vimos dentro de campo.
E ele caiu. Mas não sei até que ponto a culpa é do cara vestido com agasalho esportivo e barriga cavalar, dos dirigentes ou dos atletas. O fato é que não deu certo pela primeira vez (ou pela 4ª) o esquema vitorioso. E precisamos mudar. Os brasileiros, de maneira geral, tem medo da mudança, mas às vezes ela é positiva. Precisamos nos reinventar para conquistar de novo a América. Apenas tenho um medo enorme de um jejum sem ir à Libertadores consumir o meu time de coração e eu ter que me privar de ver aquilo que mais gosto: Frio, Quarta-Feira a noite, Morumbi Lotado e Felicidade por vitória em nosso torneio favorito. Desejo sorte ao próximo treinador do São Paulo e que ele entenda corretamente qual é o papel que esperamos dele.
Temos a obrigação de manter nosso nível e jamais quebrar o paradigma imposto de que, factualmente, somos diferentes e soberanos. Esta é a hora da diretoria mostrar o que canta aos quatro ventos ou se é só discurso. Tenho medo porque já vi esse time ficar dez anos sem ir ao nosso Eldorado. E foi um período extremamente difícil. 1995 a 2003 foram anos de vacas tão magras que nosso título mais comemorado foi um paulista em cima do Corinthians. E nesse meio tempo perdemos uma final de Copa do Brasil para o Cruzeiro. Muitos dizem que este período foi para a reconstrução do Morumbi e que a prioridade era o patrimônio acima do time. Hoje algo parecido parece se construir conforme Juvenal Juvêncio tem uma extrema obsessão para o Morumbi ser sede da Copa de 2014. Eu não quero ver meu time sendo pouco competitivo por causa de um mundial de um mês. Podem falar que é falta de visão, mas eu acredito que podemos sim conciliar as duas coisas. Podemos sim voltar ao topo do mundo e alavancar a reforma no nosso querido estádio, aliás, acho que ambas andam integradas. Por isso nós, torcedores, não podemos vivenciar o fim de uma era. A era de títulos e de um time que luta sempre por vitórias, porque nós somos o maior consumidor do São Paulo F.C., não a CBF.
Vamos cobrar e exigir que continuemos a altura de nossas glórias, não podemos cair no ostracismo, podemos exigir ambos os focos. Se essa diretoria que se diz tão diferenciada não conseguir fazer este trabalho, ela não é tão competente quanto nós imaginamos.
Novamente insisto, vamos cobrar, ficar de olhos abertos, porque sofremos muito por 12 anos sem títulos importantes e vocês, são paulinos, sabem tanto quanto eu, o quanto isso dói. Portanto minha borrifada é em não destruírem o que com tanto esforço nossa história nos conduziu.
Abçs,
Petrescu
Novamente insisto, vamos cobrar, ficar de olhos abertos, porque sofremos muito por 12 anos sem títulos importantes e vocês, são paulinos, sabem tanto quanto eu, o quanto isso dói. Portanto minha borrifada é em não destruírem o que com tanto esforço nossa história nos conduziu.
Abçs,
Petrescu
3 Comentários:
Obrigado, Muricy Ramalho: Ninguém te tira da história do São Paulo Futebol Clube!
Pra mim foi uma tremenda burrice tirar o muricy agr, ele ganhou tds os brasileiros ki disputou no comando no SPFC! A cobrança vai ser pesada em cima do novo tecnico
Brasileiro é assim mesmo, nunca está satisfeito! Parem de reclamar de barriga cheia porque o último time que conseguiu o tricampeonato nacional foi o Santos de Pelé!
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