Bom, como eu já falei na borrifadinha, quer dizer que agora todo mundo é fã de Michael Jackson! Antes ele era bizarro, ele era ultrapassado... bom era USHER, 50 CENT, BEYONCÉ. É visível como a música pop atual é ruim, cheia de artistas fabricados artificialmente, que não fazem suas músicas, danças, coreografias e não se preocupam com a qualidade do show, e sim com a quantidade deles.
A maioria dos borrifadores pode dizer de boca cheia que sempre apreciou MJ. E temos um vídeo pra provar isso, quando em 2006 imitamos a coreografia de Thriller. Mas tudo bem... não é isso que vim borrifar. Eu vim borrifar nos terríveis anos em que estamos vivendo em relação à música. E talvez a morte de Michael Jackson tenha vindo para resgatar um pouco, aquela que foi a época onde mais surgiram estilos e músicas fora do comum. Os anos 80 e o começo dos anos 90 !
Sim, nos anos 80 é que surgiram os artistas pop e de rock que não tinham medo do exagero. Eu sou um apreciador de grandes eventos, grandes shows, mega-espetáculos, muita luz, som alto. Eu sou frequentador de estádios e de shows a um bom tempo, e ainda me arrepia a movimentação de pessoas na expectativa, na fila, na busca por ingressos, nas concentrações e comentários antes dos eventos. Nos anos 80, principalmente nos EUA, Michael Jackson, Madonna, Van Halen, Iron Maiden, Pink Floyd, Bon Jovi, Twisted Sisters, AC/DC, entre outros grandes nomes da música competiam para fazer o maior show, inovavam em seus palcos monstruosos, com milhões de toneladas de som e luzes. Muitos desses artistas citados estão ainda no topo, e muito se deve aos seus grande espetáculos. Foi assim que aconteceu o primeiro Rock In Rio, quando aquela que talvez melhor soube fazer shows, o Queen, tocou para mais de 300 mil pessoas.
Eu fico extremamente decepcionado quando ouço essa história de limite de altura do som.. show que tem hora pra acabar porque a vizinhança reclama. Ou então, aquelas bandas que vem de fora do Brasil e não trazem nem os próprios instrumentos! Tocam num palco com fundo preto, com um sonzinho que qualquer banda de axé tem acesso, em uma casa de shows pra 2.000 pessoas, metade delas fica gravando com o celular, e é isso. São os pocket shows! Onde os artistas fingem que dão um espetáculo, e os que assistem estão mais preocupados em colocar o vídeo no youtube do que com a experiencia que viveram. Aliás, aqui no Brasil é uma dificuldade imensa pra colocar efeitos de luz e som nos shows. E o som geralmente está péssimo!
Na minha opinião, isso acontece porque os organizadores tem cada vez mais medo de aglomerar tanta gente. Não há estrutura, principalmente aqui no Brasil, aí , já preferem trazer de fora o menos possível, pra tocar em lugares cada vez menores, com menos gente no staff. E o que nós vemos não é nem metade do que apresentam nos shows lá fora.
O Oasis é uma banda que surgiu nos anos 90, e faz tanto shows em grandes palcos, e shows pequenos, dependendo do quanto pagam. Nesse ano fizeram um show no estádio do River na argentina, e um no Canecão no RJ. Após o show no RJ, ele falou que não entende o porque desses shows assim, já que não chegam nem aos pés do que é a sensação e a experincia contagiante de uma superprodução em grandes palcos e estádios.
Eu torço para que a morte de Michael e o seu re-sucesso sirvam de exemplo pra essa geração de The Strokes, The Killers and ALL THE FUCKERS... além dos nacionais NxZero e Los Hermanos, acostumados com músicas de 3 minutos, palcos simples e públicos menores ainda, assista um pouco da grandiosidade das músicas dos anos 80. O cuidado com as danças, com o som, os palcos grandiosos, os solos de guitarra antológicos, os festivais épicos, e etc.
Seguem aqui alguns vídeos pra mostrar a diferença do que estou dizendo:
Espetáculos:
Hoje, apresentações:
ESSE EM HOMENAGEM A DIOGO PETRESCU, QUE NÃO BORRIFOU ESSA SEMANA:
terça-feira, 30 de junho de 2009
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