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Após minha última viagem ao Nordeste a serviço do Ron Montilla, juntei alguns cacos para retratar como é (ou como pode ser) dolorosa e cansativa uma viagem de avião em terras tupiniquins.
Capítulo I – Check in: me considero um cara prático. Isso quer dizer que sempre darei um jeito de enfiar todas as minhas coisas em mochilas e assim, evitar a primeira das filas, fazendo o check in automático nas estações disponíveis. Ouso dizer que consigo me manter apenas à base de mochilas por até 7 ou 8 dias corridos! Enfim, não posso deixar de notar o caos e atraso que é ter de despachar suas malas antes da viagem. Sempre temos os exagerados carregando seus armários de roupas durante a viagem, os oportunistas levando suas compras do atacado (geralmente eletroeletrônicos / utilitários para a cozinha) embaladas por milhares de pacotes de papel pardo e presos com aquela fita crepe porca dos correios. Com menor frequência, porém também presentes, há aqueles(as) com cargas proibidas ou problemáticas, tipo animais, alimentos, etc.
Capitulo II – Embarque: o povo não costuma dar ouvidos às atendentes de apoio, que insistem em pedir para tirarem seus objetos metálicos do bolso: moedas, chaves, cinto com fivela, celulares. A consequência é que um(a) em três acaba sendo barrado(a) e o resultado se reverte em mais atrasos. A pessoa é obrigada a voltar, tirar os sapatos (que inconveniência, não?) e passar novamente pela máquina. Se apitar de novo e ninguém achar nada, o passageiro acaba seguindo em frente de qualquer maneira, esteja ele carregando uma arma ou qualquer artefato nocivo em suas cuecas.
Capítulo III – Decolagem: Após finalmente você chegar à aeronave, é aplicado mais um teste de paciência. Primeiro todos devem se sentar, claro, nunca respeitando a ordem lógica do embarque (assentos do fundo primeiro). Assim que a porta de embarque se abre, a multidão de animais se aglomera no mesmo espaço, como se estivessem em busca de alimento (talvez achem que o avião vai partir sem eles, sei lá) e entram desordenadamente. Voltando à aeronave: neste momento você já percebeu que a gostosa nunca estará sentada ao seu lado, mas sim algum gordo maloqueiro, velha religiosa ou adolescente espinhudo do sexo masculino (nada contra ninguém, pessoal, mas não podemos negar que seria mais agradável viajar ao lado daquela loirinha show que você estava secando desde a sala de embarque). Bom, feito isso inicia-se então o rito das informações: métodos de segurança (haha, alguém acredita nisso?) + anúncio dos patrocinadores e companhia aérea, além da cautelosa manobra do avião à pista. Nessa brincadeira perdemos mais algumas dezenas de minutos.
Capítulo V – Lanche: ridículo! Essa é a palavra que expressa toda minha decepção quando é servido aquele que seria o trunfo, ou o grande momento de um vôo. As passagens não são baratas e tenho plena convicção de que as companhias poderiam servir algo mais elaborado e farto do que uma barrinha de cereais, saquinho de amendoim ou qualquer porcaria de lanche frio feito à base de bisnaguinha Seven Boys, uma fatia de apresuntado e meia colherinha de requeijão. Mais ridículo ainda é a ênfase que a TAM coloca quando inventam de pagar de regionais ou apoio à cultura. Recentemente vivenciei a modinha das comidas regionais. Ou seja, se voce viajasse para o Sul, degustaria o “Tradicional Churrasco Gaúcho” – nada mais que uns cubos de coxão duro mal cozidos e meia colher de vinagrete. Indo para o Norte/Nordeste, você teria a fantástica oportunidade de degustar a “Galinhada com arroz amarelo” – arroz cozido com uma pitada de sazon e fiapos de frango com ervilha. E por aí vai... Ah sim! Todos os pratos servidos em porções-degustação, target mulheres 30 –
Capítulo VI – Desembarque: novamente a corja de animais selvagens ugabuga entra em ação neste momento! Reparem como a ansiedade toma conta de todos assim que o piloto anuncia o “preparar para o pouso”. Já posicionados em suas cadeiras, assim que o avião toca as rodas ao solo e começa a frear você já começa a ouvir os “clicks” dos cintos se abrindo e celulares sendo ligados (mesmo que por regra de segurança isso não pudesse acontecer). Quando a aeronave reduz sua velocidade e parte em direção à sua plataforma designada para desembarque, os vorazes passageiros se levantam (todos ao mesmo tempo) e começam a disputar a tapas um espaço no corredor para ver quem vai ficar mais tempo parado. Entre o avião pousar e chegar à sua plataforma com a porta aberta para desembarque temos pelo menos uns 10 minutos. Será que só eu não vejo sentido em ficar esse tempo todo de pé, com malas na sua cara e passageiros se espremendo? Fica aí a dica: todos vão descer!
Aderindo ao clichê, me despeço hoje com a famosa frase de nossa ilustre sra. Ex-prefeita petista, Marta Suplicy: Relaxa e Goza! (referindo-se ao caos dos aeroportos).
Obrigado e boa tarde a todos!
Pedro Caramuru
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