Bom dia meus amigos, segunda-feira, sinônimo de ausência do Rodolover, que diz estar preparando o seu texto há mais ou menos 3 meses. Acredito que quando postar, terá mais ou menos uns 200 parágrafos e ganhará um prêmio Nobel de borrifagem. Enquanto isso postarei aqui um ótimo texto de nossa amiga Debi Gorgulho, que já contribuiu outras vezes. Assim como ela, borrife você também! Mande seu texto para borrifandoblog@gmail.com . Enjoy !!!
Há muito penso em coisas que queria postar nesse blog, mas não posto. Planejo e planejo cada post e acabo não escrevendo nenhum. A idéia que na sua concepção parecia tão legal, acaba passando por dias de crítica e sendo jogada pra escanteio depois de uma semana. Pois bem, enchi. Agora vou falar sem me dar ao trabalho de pensar duas vezes. Isso porque adotei uma nova filosofia de vida – só se vive a vida, vivendo. Entende? Menos planejamento, mais ação.
Gosto do blog e sempre gostei do conceito de “borrifar” porque ele mexe com a gente. Nos faz reconsiderar pensamentos já consolidados, e é por isso que vale qualquer assunto aqui: porque não há idéia que não possa (e muitas vezes deva) ser repensada.
Um dos posts que tinha planejado escrever era sobre nossa suscetibilidade. Como é fácil ouvir/ver algo e tomá-lo como certo sem criticá-lo antes. Ou por falta de autoconfiança ou do interesse em ir atrás para checar, é comum adotarmos o outro – outra moda, outra idéia, outro modo de falar.
É assim que vemos maneirismos ou outros vícios lingüísticos surgirem do nada em todas as bocas pela rua, pelo seu trabalho e até na sua casa. Não sei se fui só eu, mas ultimamente a mania de todos em usar sempre a forma curta de “pagar” e “ganhar” estava me irritando absurdos.
“Eu falei pra ela que já tinha pago”, “O Palmeiras nunca tinha ganho antes”. Que ódio! Cadê o “ganhado”, “pagado”? São formas que não só também existem (além da forma curta), mas também são a forma correta para se usar com os verbos ter/haver. Sim, lembram das aulas de Português?
Ser/Estar – forma curta (pago, pego, ganho, etc)
Ter/ Haver – forma longa (pagado, pegado, ganhado, etc)
Ouvi frases como as do exemplo de colegas de trabalho, amigos, na rua e até de pessoas da minha família, e quase enlouqueci por pensar que ninguém estava se dando ao trabalho de questionar se essa era forma correta quando a vida toda falamos “Eu falei pra ela que já tinha pagado”!
Eis que resolvi ir pesquisar para poder explicar corretamente para todo mundo porque se deve usar a forma longa e, para minha surpresa, não é errado usar a forma curta com ter/haver. Aparentemente, gramáticas modernas reconhecem como certo o uso da forma curta com todos os auxiliares (ser/estar/ter/haver).
Por mais que ache bizarro (será que podemos manter pelo menos um pouquinho da língua Portuguesa com sempre conhecemos?), tenho que dar o braço a torcer e me desculpar com todos que já critiquei. Por outro lado, minha critica maior ainda é válida. Duvido muito que todos que começaram a falar dessa maneira o tenham feito porque sabiam que a gramática moderna reconhece esse uso. Nos falta – a todos, inclusive nos círculos sociais em que andamos - o senso de crítica para questionar antes de fazer. Então se nós, que tivemos uma boa educação e formação, nos permitimos abrir mão dessa qualidade, como a podemos exigir do resto da sociedade?
por Débora Gorgulho
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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1 Comentário:
mto bom Debi, vc será mto bem vinda sempre.
e aviso, tentarei voltar semana que vem, não garanto. Mas não esperem mta coisa não.
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