Essa semana eu fiquei em dúvida sobre o que escrever. Pensava em dois temas completamente
diferentes: o desespero do turista brasileiro em busca de um serviço razoável
ou a banalização do verbo “amar”. A minha dúvida acabou depois que vi uma
matéria seguida de alguns comentários e posts de pessoas aparentemente "estudadas" acusando o Shopping JK de ser preconceituoso e
elitista por proibir o tal do “rolezinho”.
O negócio é bem simples. Basta você não querer achar pêlo em
ovo para entender o que são esses “rolezinhos”.
Não tem protesto, não tem causa social, não tem política, não tem nada
envolvido nisso a não ser um evento bem sucedido no Facebook que teve mais
convidados e confirmados do que se esperava, e que se transformou em um monte de
gente reunida num só lugar. Não existem “líderes”
ou um “grito da juventude pobre para frequentar lugares aos quais não tem acesso”
(leia essa última frase ao som de uma música triste e uma lágrima escorrerá).
É claro que quando tudo começou, eram apenas jovens querendo
se divertir. E quando falamos jovens (de periferia ou não) querendo se
divertir, falamos em música alta de péssima qualidade, bebidas, drogas e sexo.
Enquanto tudo isso acontece, quanto mais gente e menos organização, maior a
probabilidade de brigas, assaltos, etc. Veja que não estou falando que isso só
acontece com jovens negros pobres... isso acontece com qualquer aglomeração desorganizada.
Os "rolezinhos" ganharam fama depois que muita gente apareceu
no estacionamento do Shopping de Itaquera, e a situação fugiu ao controle,
bandidos infiltrados resolveram se aproveitar da “desorganização”, roubaram
lojas, quebraram coisas, etc. Nada muito diferente do que aconteceu quando os
protestos estavam na moda e as pessoas começaram a sair por aí sem liderança ou
sem causa definida.
Basta enxergar a situação sem hipocrisia para ver que não há
absolutamente NADA de errado em proprietários de qualquer estabelecimento
privado vetarem um “rolezinho” dentro de sua propriedade. Quando você quer
organizar um evento, um show, ou uma festa, você geralmente aluga um lugar e
paga por isso, certo? Porque é que agora o JK virou uma ameaça nazista à
liberdade da juventude pobre, por tentar proteger o seu patrimônio de uma
indesejada aglomeração desorganizada de pessoas, sem nenhum motivo aparente, e
que nada tem a ver com o público-alvo do JK Iguatemi?
Vamos parar com hipocrisia. Não há nenhuma manifestação
cultural ou grito da juventude surgindo! Ou você acha que o jovem que confirmou
presença no facebook estará realizando um sonho de criança ao ver as vitrines
de lojas de grife do JK ? Ele vai é transar com alguma menina de 13 anos dentro
de um Citroen fumando um baseado, e esperando a polícia sair batendo em todo
mundo pra se fazer de coitado no estacionamento do JK! Simples assim!
5 Comentários:
Análise perfeita. E outra, rolezinho em propriedade particular, lugar de você levar sua família pra jantar e se entreter com suposta segurança, é o caralho! Tem é que descer o cacete mesmo nos arruaceiros e também em 2 ou 3 da mídia que defendem essa porra!
Achei o texto muito raso. Claramente você não se preocupou em entender a causa de uma forma mais ampla, buscando argumentos e entendimentos de todas as partes. Sugiro essa leitura:
http://rosanapinheiromachado.wordpress.com/2013/12/30/etngrafia-do-rolezinho/
http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/01/shopping-que-proibiu-rolezinho-acata-invasao-de-alunos-da-usp-4719.html
Abração. ;)
Fernando Lima, então você tem um estabelecimento comercial , e vai achar muito bonito ver uma cena dessas: http://www.youtube.com/watch?v=H4oRqmLGDd8&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DH4oRqmLGDd8&app=desktop ? E não vai querer intervir e nem fazer nada porque pode parecer preconceituoso ?
Os caras da USP protagonizaram alguma cena parecida com essa?
Texto preconceituoso e sem profundidade. Não gostei.
"preconceituoso" AHHAHAHAAHH ah anônimo! você é a cara da nossa sociedade hipócrita atual!
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