O carnaval é a época mais fanfarrona do país mais fanfarrão do mundo. Espera-se então um belo colosso bebedeiras, mulheres, amigos, rodolovers e rodoponeys. Eu, muito particularmente, sou um brasileiro não muito praticante, com a exceção que eu adoro o futebol e aprecio o carnaval.
Não entendo, às vezes, o mau hábito de brasileiros em acharem que tudo o que o país produz é uma merda. Certo que é bem verdade que as músicas no carnaval são ruins, as bebidas, não as melhores e as condições de habitação e condicionamento físico, terríveis. Mas não podemos negar que se trata de uma típica manifestação saudável e legitimamente brasileira, além de agradar a gregos e troianos.
Nesse ano eu fiz um “meio-carnaval” indo para a cidade paulista de Votuporanga na segunda-feira. O esquema era “cervejada-micareta”. Pela minha vocação de ex-aluno ESPM, gostei mais da primeira parte do esquema e apenas confirmei que não gosto da segunda.
Cervejada dá para conversar com os amigos, se divertir, conhecer gente melhor, enquanto na micareta é aquela guerra, empurra-empurra e selvageria. Tenho faniquito de multidões. Talvez por isso não tenha muito sucesso nesse tipo de evento com a ala feminina, já que sou do tipo que gosta e muitas vezes, passa do ponto, na hora de conversar. Depois de todo esse soneto apenas quero dizer que dá para qualquer tipo de pessoa curtir a festa mais pagã do mundo sem cair em clichês de que “o Brasil não é um país sério” ou que o carnaval é apenas “uma forma dos brasileiros esquecerem tudo de ruim.” Acho que é cultura nacional e que se difere tanto de norte a sul que é algo a se estudar como dá tão certo, mesmo de modo diferente.
Vejo beleza nisso e não escárnio, então borrifo naqueles que pensam que são brasileiros 100% não praticantes. No fim do dia estão apenas perdendo uma belíssima oportunidade de se divertir com seus amigos e de conhecer novas pessoas.
E não pensem que eu gostar de carnaval é questão de nacionalismo, é questão de ter senso crítico para analisar o que é bom e o que é ruim, independentemente do nariz, da cultura, do continente ou da nacionalidade.
E por fim para quem fala mal de nacionalismo, ele é tão importante quanto qualquer senso de civilidade, tem a ver com raizes e com cultura. Nacionalismo é bom pois diz muito sobre como pensa, como vive e como reage um determinado povo em um contexto. Ajuda a integrar e a desenvolver nas pessoas um senso de coletividade e sociedade.O problema é quando vira xenofobia, ufanismo... E o carnaval brasileiro está longe disso...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
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9 Comentários:
Cara, na boa......sem ofensas, mas todos os seus posts levam a pensar que você é um PEGA-NINGUÉM!!
Agora com ofensas, SEU LIXO!!
Respondendo ao Sérgio pegador:
Ora rapaz, noossa, sou mto bom... E digo mais! Sou MUITO bom no beijo na boca.
Meu apelido É BOKA LOKA!
Abre o corredor....abre o corredor!!!!!
AUHHAUAH Borrifou mto bem Sérgio!!!
BOKA LOKA ou RASGA TANGA?
http://www.youtube.com/watch?v=4ISgmwFBDTY
todo mundo foi pra Votuporanga!!
So essa pobre alma nao...
Eu borrifo os que adoram a opera e não a macumba, cincunstância já borrifada pelo nosso saudoso Glauber Rocha.
Parabéns pelos textos mulecada!
Saudações Jeréca (Rodolfo) !!!
Marcelo Laguna
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