Lula tem 85% de aprovação. É muito difícil um presidente conseguir enorme aprovação popular, ainda mais quando falamos nas exigentes e, ao mesmo tempo, ausentes classes altas da população brasileira.
Adicione esta aprovação a um cara de um partido populista e com enorme rejeição nos bretões mais ricos do Brasil e você verá o fenômeno que Lula e seu alto escalão conseguiram.
Embora haja seus méritos e algumas medidas tomadas pelo governo como a expansão do PAC, entre outras medidas para acabar com a falta de infra-estrutura sejam interessantes e outros governos de centro-direita tomariam as mesmas medidas sem maiores problemas.
Infelizmente há muito o que pensar quando se trata de como o governo Lula conseguiu esta hegemonia tanto popular quanto nos corredores de Brasília.
Sei que se trata de um assunto intragável para muitos leitores do blog, mas é um dever alavancar isso para o máximo de pessoas que conseguirmos, porque todos temos responsabilidades como eleitores e cidadãos, mesmo que sejam alheios a isso.
Lula conseguiu um enorme apoio popular principalmente no final do primeiro mandato como o programa “Bolsa Família”, que foi, de fato, uma espécie de “tapa buraco” popular para o mal sucedido programa “Fome Zero”, lembram dele? Para quem não lembra, foi o maior mote da campanha de 2002, quando Lula bateu Serra.
A partir do Bolsa Família, Lula conseguiu abafar o primeiro escândalo do governo, o Mensalão, que nada mais era que a troca de benefícios econômicos por apoio à base do governo petista.
O fato de Lula ter sido reeleito em 2006 mostrou a fragilidade do eleitor brasileiro e como a imprensa, de uma maneira geral, mesmo apoiando a queda de Lula não conseguiu influenciar a força das medidas populistas de Lula.
Até hoje o Bolsa Família influencia e eleva os níveis de aprovação do governo Lula como nunca se viu na história do Brasil. Some isso ao fato do país ter atingido certa maturidade econômica, e o cenário que se desenha é extremamente favorável ao barbudo.
O que não podemos esconder é que como o Bolsa Família se tornou na maior máquina de compra de votos legalizada da história do Brasil, que se ao mesmo tempo gera renda às famílias paupérrimas, não corta o cordão umbilical de dependência de dinheiro público.
O que deveria ser feito é cortar o cordão umbilical da dependência por meio do acesso à informação e a educação de base, já que não basta termos excelentes universidades públicas se a base está em frangalhos. Mas não é interessante para a perpetuação petista que o povo tenha acesso à educação de qualidade desde o início.
O ponto final que eu borrifo e deixo a vocês refletirem é como Lula e sua base se movimentaram politicamente para conseguir apoio de outros partidos políticos. Interesses de outras legendas em ministérios e cargos estratégicos fizeram com que o PT “loteasse” o poder em Brasília de uma maneira, genericamente falando, a agradar todos. Infelizmente com este agrado, vem a corrupção e pessoal mal preparado para os cargos. Assim o câncer da ineficiência política continua.
Não podemos ceder ao preço da corrupção por apoio político em nosso país. É a principal engrenagem ineficiente do Brasil e que com certeza, se não começarmos a repensá-la, continuaremos sendo vítimas de governos de fachada, onde tudo parece estar indo muito bem, mas o preço a ser pago no futuro é incalculável.
domingo, 8 de março de 2009
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1 Comentário:
No governo Lula ele conseguiu elevar as reservas do país de 26 bilhões (9 já iriam p o FMI)para quase 200 bilhões, sem aumentar impostos, nem gasolina, nem contrair empréstimo do FMI, tirando milhões de miseráveis dessa condição, inaugurando universidades fedrais, gerando milhões de empregos, promovendo a inclusão digital, reativando a indústria naval, transporte ferroviário, etc, etc, etc...são muitos os avanços...Mas eu sei que incomoda os burgueses ver um operário nordestino ser considerado o melhor presidente do país inclusive por líderes do mundo inteiro; e, como burgueses dominam os meios de comunicação, fica essa cena ridícula de uma porcentagem pequena (loiros de olhos azuis) de desengajados politicamente se "reconfortando" em matérias inventadas e manipuladas.
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