Analisando friamente alguns eventos ocorridos nesta semana, eu tenho que concordar com o Paulo. O Brasil não tem mais jeito. Esse país é um câncer sem cura, que esbarra em gargalos inalteráveis e que jamais poderemos, pelo menos dentro de um prazo de 100 anos, conseguir resolver.
Deixo claro que sou um brasileiro que gosta do Brasil, de seus pontos positivos e da maneira com alguns levam a vida com certa leveza mesmo acorrentados pelos inúmeros problemas. (até certo ponto, veja mais a frente)
Mas sejamos sinceros com a gente mesmo. Alguém tem alguma dúvida de que o problema do Brasil é a educação? Acho que não. O início de todo o câncer é a falta de ensino de base. E é por isso que eu não acredito neste país e na sua corja de malandros. Nunca teremos uma educação de base e as crianças que nascem a todo momento, filho de ventres muitas vezes sem condições para as mais básicas das necessidades, estarão desamparadas por 10, 20 anos da condição primária de conseguir competir para uma vida melhor. Lembram do que o Pelé falou em 1968? “Salvem as criancinhas”. Pois bem, mesmo sendo um cara meio trapaceiro, ele tinha razão naquela época. Se as coisas tivessem mudado desde então, teríamos hoje quarenta anos de gerações que competiria talvez com igualdade de condições com qualquer sueco, alemão ou japonês no mercado de trabalho porque podemos ser melhores. Mas isso não irá acontecer. E os anos passam. E passam. E passam. Mais uma geração foi perdida. A educação faz falta. Mas o problema não é só esse.
Somos um país sem solução porque jamais conseguiremos nos organizar de uma maneira sustentável. Somos um desastre. Não damos importância a coisas simples, mas que fazem toda a diferença como votar ou ter algum tipo de educação em público. Somos condicionados, todos os brasileiros, não só os pobres dos rincões do país, a querer ser esperto, tirar vantagem, conseguir com jeitinho. Enfim, a ser malandro. São coisas simples, mas não conseguimos fazer uma fila. Não conseguimos entrar no transporte coletivo de maneira organizada. Não jogamos o lixo no lixo. Não mijamos dentro da privada. Não respeitamos leis. Enfim, além da questão educação, princípios simples e que todos poderiam seguir sem ter que ficar 10 anos na escola para aprender são jogados dia após dia na lata do lixo, ou melhor, no chão da rua, se tratando de brasileiros. Somos um povo muito indisciplinado, talvez por ter influência de todo lugar do mundo e virar um bolo estranho no produto final.
O exemplo de que só a educação formal não basta é a Coréia do Sul. Lá a disciplina do pessoal ajudou o país a sair de um rincão de pobreza e hoje ser um dos países mais prósperos do mundo. Logicamente investiram pesado em educação, mas não foi só apenas isto que os fez bem sucedido.
Se o mesmo investimento fosse feito no Brasil, a zueira, a falta de compromisso, o comodismo e a falta de capacidade de enxergar cinco metros a frente faria toda a estratégia educacional ir por água abaixo. Somos um povo fanfarrão, para resumir. Sem comprometimento com nós mesmos.
É por isso que eu não acredito no Brasil. É por isso que não tem jeito. Mas muito mais pelo povinho que aqui habita. O Rio de Janeiro é um grande exemplo disso. Não preciso dizer porque. Então diferente daquele papinho velho que todos ouvimos falando das grandes virtudes do povo brasileiro, acho que é exatamente aí que mora o problema. Para mim o pior do Brasil é o brasileiro.
sábado, 9 de maio de 2009
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4 Comentários:
excelente texto... falou tudo
A Russia é o país do mundo que mais lê livros e olha a maravilha da qualidade de vida lá
Educação não é uma bolsa mágica que resolve todos os problemas, é bem como vc falou mesmo
Gostei muito do fato de você ter se incluido entre os brasileiros.
Acho muito engraçado as pessoas que criticam o povo brasileiro colocando-o na terceira pessoa, como se elas não mijassem fora da privada e jogassem a latinha na rua.
Na minha opinião temos que apontar o dedo para o espelho para criticar o brasileiro e feitas as considerações MUDAR de atitude.
de pleno acordo
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