Há poucas semanas ocorreu o encontro do G20. Os países ricos e os em desenvolvimento de juntaram para discutir e procurar soluções para a crise mundial. Mas esse texto não falará sobre as políticas decididas ou os caminhos propostos pelos líderes. Também não entrarei em juízo de valor sobre os próprios lideres. Falarei sob um viés diferente.
Houve um fator que me chamou mais a atenção do que isso, o bom-humor presente em diversos momentos, principalmente nas falas de Lula e de Obama. Ao se encontrarem, Obama cumprimentou o presidente brasileiro e falou a seguinte frase para o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd “My man, I love this guy” referindo-se à Lula. Ainda falou, em meios a risadas, que Lula era o político mais popular do planeta e que o motivo disso era por causa da “boa pinta” do presidente tupiniquim. Vai falar que você não riu também quando viu essa notícia? Eu achei engraçado.
Até a Dona Beth, aquela senhora agradável, mãe daquele tal de príncipe Charles, estava um pouco mais “solta” que o comum. Ao encontrar Michelle Obama, primeira-dama americana, colocou seus braços em sua cintura, que foi retribuído com o mesmo gesto de Michelle. Esse fato que pode parecer comum quebrou um imenso protocolo, que diz que toques na rainha devem acontecer apenas em apertos de mãos.
Já o senhor Luiz Inácio, um gordinho baixinho, barbudo e simpático, em uma coletiva após o encontro Lula soltou todo seu repertório. Ao falar de Obama, disse que se tratava de uma pessoa comum, e que se o encontrasse no Rio ia achar que ele era carioca ou se o encontrasse na Bahia, ia ter certeza de que ele era baiano. Tudo isso ao som de muitas risadas dos jornalistas. Ao falar da ação do fundo de 1 trilhão que será injetado na economia, disse que o Brasil não só não irá precisar desse dinheiro, como também irá contribuir para a formação do mesmo. Você acha que o senhor Silva perderia essa oportunidade? Nunca. Já rindo, falou que passou a juventude toda na Avenida Paulista com faixas com os dizeres “Fora FMI” e que agora iria emprestar dinheiro para o Fundo. E perguntou aos jornalistas presentes, “vocês não acham isso chique?” Vou te confessar, ao assistir essa coletiva eu ri.
Acho q aí que mora o problema, eu ri em todas essas situações. Será que isso é normal? Concordo que nem tudo precisa ser levado tão a sério. Uma descontração sempre é bom. Mas isso não seria apenas uma postura dos lideres mundiais para amenizar a situação tão complicada que vivemos? Eu acho que sim.
Já ri de muitas coisas, o que não quer dizer que sejam boas. Pra você ver, uma vez assisti “A Praça é Nossa” e dei risada. Vai saber né?
2 Comentários:
Rudolph,
O que eu acho mais assustador de tudo isso é como essas coisas cômicas (porque de fato são e eu tb ri delas) se espalham com tal velocidade e abrangência que mais pessoas sabem do comentário do Bush, do que onde ele foi feito ou o que eles discutiram no encontro.
Eu tb acho que nem tudo precisa ficar sério e formal, mas a graça não sobre sobrepor ou esconder assuntos relevantes, que deveriam ser de interesse público.
Beijo grande queridooo!!
O bom da política é o seu humor.
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