quarta-feira, 22 de abril de 2009
Smells like teen spirit
Após pedir uma autorização para o Diogo Petrescu, borrifarei hoje usando como base seu texto: "Superestimados. Subestimados", seguindo com a coluna musical toda semana.
Na borrifação em questão, do Diogo, uma discussão se estendeu pelos comentários, após o borrifador referir-se a Kurt Cobain como um artista superestimado. Eu concordo com isso, e farei o post de hoje sobre essa idolatria, na minha opinião, desmedida, à Nirvana e Kurt Cobain.
Compreendo perfeitamente a relevância de Nirvana para o Rock, principalmente nos anos 90, quando a turma de Seattle deu um novo gás, principalmente com o Grunge, movimento no qual o Nirvana é usualmente enquadrado, assim como Pearl Jam, entre outras bandas.
Aí é que está a questão.
O Nirvana muitas vezes é visto como sinônimo deste movimento, mas creio que essas outras bandas tenham tido importância no mínimo igual para o desenvolvimento do rock no início dos anos 90.
Fico feliz de olhar para essa época e ver que a juventude teve mais "atitude" ao idolatrar Kurt do que hoje em dia, quando os miguxos choram juntos ao ouvir emocore, mas acho que até hoje Cobain só tem essa projeção pela tragédia que marcou sua morte.
Afinal, o que era o Nirvana?
Um som simples, técnica e melodicamente falando, mas não por isso um som ruim. Assim como foi o punk, uma música forte, simples e objetiva pra mim foram as marcas do grunge. O resultado: músicas legais. (O borrifador que vos escreve inclusive considera o Nevermind um dos grandes álbuns do rock)
Mas isso, pra mim, não difere o Nirvana de outras bandas da época. O que eles tinham a mais?
Kurt quebrava guitarras no palco... e o que era sinônimo de rebeldia virou marca registrada. Será que essas pessoas nunca viram um show do The Who da década de 70 ou o show California Jam, do Deep Purple?
Tudo bem... a década de 90 precisava dessa rebeldia.
Mas o que marcou mesmo a história do Nirvana foi a tragetória de seu líder. Seu comportamento muitas vezes depressivo, era evidente nas músicas, entrevistas, etc, e Kurt acabou sendo vítima de sua tristeza, cometendo suicídio e entrando para a história como mais um mártir do rock.
Quase não se falam das mortes trágicas de Janis, Jimi, Jim, Bon, Bonham, entre outros, ou, quando falam, é para usar o sermão de como drogas, bebidas e remédios podem acabar com você. Mas com Kurt não. Ele é endeusado e símbolo de uma geração carente de rebeldia. Até hoje, adolescentes pseudo-deprimidos, que deveriam agradecer a vida que têm, se espelham em Kurt por sua tragédia, o que pode soar até como pena desse astro que ainda teria muito a oferecer para o rock.
Por fim, vejo que outras bandas da década de 90 merecem mais atenção, como Mudhoney, e a tragetória de Nirvana e Kurt devam ser vistas de forma um pouco mais criteriosa.
Se bem que... antes Nirvana do que Emocore.
Obs: Valeu Paulo pelo "Abraço Borrifadores!" no final do MTV Debate!
tags:
Grunge,
Kurt Cobain,
Mallu Magalhaes,
Mudhoney,
Nevermind,
Nirvana,
Pearl Jam
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 Comentários:
Eu acho que você foi até bonzinho de pensar que o Nirvana foi realmente importante e que o Kurt foi um mártir! Pra mim ele é sinômino de um cara que foi um bosta, a atitude dele que todos dizem foi: "Usar drogas a valer, tentando fugir dos problemas da vida, e depois desistir dela se matando !" ISSO é atitude???
Além disso, eu acho que ele quebrava as guitarras porque ficou bravo por não saber tocá-las! Kurt foi o primeiro grande EMO! Concordo com vc, Mudhoney eh mto mais elgal.. e o Foo Fighters então??? Tem muito mais álbuns e músicas de sucesso e os shows são mto melhores do que eram os do Nirvana! Esse foi o grande favor que Kurt fez ao se matar, o surgimento do Foo Fighters! Uma banda de rock sem frescura!
A cena de Seattle só ganhou toda essa aura, pelo fato de o Kurt ter morrido quando estava no auge. Existiram muitos movimentos muito mais importantes no rock, e que influenciam e atuam até hoje, como as bandas de Hard dos anos 80, o punk dos Ramones e THe Clash, a New Wave of Brittish Heavy Metal com o Iron e Judas...
Vou dar um exemplo de pessoa muito mais importante e competente para o Rock do que Kurt Cobain: David Coverdale! Ao invés de ficar cheirando e falando besteira... David prefere se concentrar em duas coisas: Cantar muito bem, participar de albuns importantes e fazer hits que entraram para a história do rock, comer mulheres e pronto!!
Isso é rock!
Ai meu deus do ceu, como tem gente que cospe merda pela boca sem ter o minimo de conhecimento. Primeiramente, Kurt tem uma historia de vida trágica, teve uma mãe muito mais do que filha da puta. Kurt sofria de uma doença gravissima e sem cura no estomago, doença essa que lhe causava muita dor, dai começou o seu vicio por fortíssimos analgésicos, coma sua doença em uma crescente definitiva, ele começou assim a usar a heroina, que é a mãe da morfina. Por inicio começou a usar para aliviar a dor, mas sendo a heroína uma droga altamente viciante, em pouco tempo ele se viu dependente dela. Quanto ao talento de Kurt com a guitarra, se alguem diz que ele não tem talento, nunca deve ter tocado o instrumento, sou guitarrista e baixista a 14 anos, e lhes digo, tocar as musicas do nirvana é mt fácil, mas faze-lo com a garra e peada de kurt é impossível. Quanto a sua importância para a musica da década de 90, concordo que tiveram outras muitas bandas importantes, como soundgardem, RATM, Mudhoney, Soundgardem entre outras, mas o comportamento no palco que o Nirvana tinha era incomparável, e a sua guerra particular contra os Guns 'n Roses colocava mais lenha ainda na fogueira. Não estou discutindo gosto musical, e sim fatos. Nirvana foi a banda mais relevante dos anos 90, isso é fato, e não sejamos hipócritas ao negar issom, gostando ou não, essa é a verdade. E quanto ao Foo Figthers, acho a melhor banda do mundo meu caro, sou muito fã, mas a importância comparada à banda Nirvana, é pífia.
Ótimo blog cara.
Postar um comentário